quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ranking da corrupção

     Não houve surpresas na lista de nações mais corruptas do mundo, divulgada pela ONG Transparência Internacional e publicada por Veja. O Brasil continua lá no meio da turma sem caráter, em 73º lugar entre 183 países avaliados, com uma nota capaz de reprovar qualquer candidato a um lugar no pódio da dignidade: 3,7 pontos, numa escala que vai de zero (pior) a dez.
     Para se ter uma ideia da vergonha, o Chile desponta nessa lista como o mais bem classificado entre os países sul-americanos, em 22º lugar, seguido de perto pelo nosso vizinho mais ao Sul, o Uruguai, que está em 25º, na lista liderada por Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia e Suécia.
     Esse ranking mostra que não é necessariamente fundamental que um país seja do 'primeiro mundo' para ser menos corrupto. E comprova que estamos em muito má companhia. Sem perdão, a pesquisa mostra que somos mais corruptos do que Gana, Namíbia e Cuba, que não podem ser apontados exatamente como 'exemplos de desenvolvimento'.
     O resultado não ficou longe do que poderíamos esperar. O país vem passando, nos últimos tempos, por um processo nunca visto de corrupção e desrespeito aos mais simples princípios de dignidade, especialmente no setor público. Os casos de corrupção tomaram conta do noticiário durante todo o ano e já provocaram a demissão de cinco ministros e o aviso précio de outro, esse incorrigível Carlos Lupi (PDT), da pasta do Trabalho.
     Temos tudo para encerrar o ano com a histórica marca de um ministro demitido por corrupção a cada dois meses. E isso, sem levar em conta as safadezas descobertas nos escalões subalternos. Com um pouco mais de 'esforço', poderemos nos igualar em breve ao que há de pior, mesmo, no mundo, como Somália, Coreia do Norte e Afeganistão, líderes absolutos dessa copa da indignidade.

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