sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal em Cuba

     O 'espírito natalino' desceu sobre aquela ilha do Caribe, governada por uma gerontocracia que ainda vive nos anos 1960. A Folha nos conta que o 'liberal' ditador de plantão, Raul Castro, decidiu libertar quase três mil presos - dissidentes políticos, na maioria absoluta - por "razões humanitárias": idade avançada, doenças etc. Alguns, segundo depreende-se da notícia, voltam à vida livre por terem feito uma espécie de mea culpa e estarem recuperados para servir à revolução. Nada mais patético.
     Para o mundo, além de saber que há menos três mil casos pendentes de perseguidos por divergências ideológicas, fica a constatação que a prática de prender por delitos do pensamento é comum na terra dos irmãos Castro, um exemplo acabado de mediocridade e atraso político-social.
     Cuba, ao lado de Irã e alguns países do Oriente Médio, professa um governo distanciado ao máximo do ideal democrático. Não há liberdade de expressão, muito menos imprensa livre. Os direitos individuais foram eliminados há décadas, em benefício de uma falsa predominância do coletivo, condenado a uma vida sem perspectivas, isolado culturamente, incapaz de exercitar o contraditório, pois há muito está encapsulado em uma falsa realidade, alijado das conquistas da humanidade.
     Apesar de tudo isso, o modelo cubano de estupidez política ainda é uma referência para dirigentes bananeiros, como o venezuelano Hugo Chavez e - sou obrigado a constatar - a argentina Cristina Kirchner. Lamentável.

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