sábado, 15 de agosto de 2015

O fim da impunidade

     Pode ser apenas uma esperança, um sonho, um presente há muito esperado. Mas eu quase aposto que a prisão do ex-presidente Lula está muito próxima. Tudo se encaminha, afinal, para o resgate da verdade e da dignidade nacional. Basta ler as notícias que surgem em abundância, de todas as partes, nos mais diversos veículos de comunicação. A canalhice dos acordos espúrios, as negociatas escandalosas, o uso da máquina estatal para beneficiar asseclas e o mais rasteiro enriquecimeto ilícito, pessoal e familiar, não deixam outro caminho para a Justiça, exceto o encarceramento do personagem mais nefasto da vida pública nacional, em todos os tempos.
     O homem que conspurcou o mais alto posto da Nação não pode sair ileso, mais uma vez, como se todo o mal dessa lastimável era de trevas pudesse ser atribuído, apenas, ao ex-ministro José Dirceu e a um par de figurantes de menor protagonismo. Basta acompanhar o noticiário, com um mínimo de isenção, para concluir que a prisão e a posterior condenação de Lula são uma exigência moral. O País precisa se redimir e se afirmar como um ente de respeito no mundo.
     Hoje, a redenção nacional passa inexoravelmente pela punição exemplar dessa quadrilha que se instalou no poder e que vem fazendo tudo - literalmente tudo - para se eternizar no comando. O verbo no presente não é apenas retórico. Flagrados no mais deplorável esquema de assalto aos cofres públicos, enlameados, execrados, repudiados pela maioria absoluta da população, continuam tramando, comprando consciências e teclados, ameaçando, criando um clima de confronto inaceitável, tentando dividir o país utilizando o lastimável apelo ao 'nós e eles'.
     O impeachment da presidente Dilma Rousseff, se vier, como esperado, será apenas um componente a mais desse grande reencontro do Brasil com ele mesmo. Um reencontro que deve passar pela Justiça.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Pelo fim de uma tragédia

     Se alguém minimamente decente ainda tinha alguma dúvida quanto à enorme ameaça à democracia e à dignidade do país, representada por esse grupo que tomou de assalto o poder há doze anos, sete meses e quatorze dias, acredito que já não tenha. Pelo menos para isso – para dissipar qualquer resquício de inibição em relação à expectativa sobre o fim dessa era trágica da nossa história – serviram as recentes declarações de dois energúmenos, os presidentes da CUT, um tal de Wagner Freitas, e da Venezuela, o estúpido aprendiz de ditador Nicolás Maduro, em ‘defesa’ do desastrado e corrupto governo Dilma Rousseff.
     O caso do pelego da CUT, nada mais do que o braço sindical do PT, beirou a insanidade e exibiu claramente a fisionomia fascista que impera nesses grupos que dão sustentação ao projeto de poder desenvolvido pelo partido governista. A ameaça de armar exércitos de ‘trabalhadores’ e tomar as ruas, por si só, constitui-se em crime. Crime que já havia sido anunciado antes, pelo desqualificado que coordena o MST, um movimento responsável por atos que poderiam ser enquadrados facilmente na Lei de Segurança Nacional, por terroristas (invasões, assassinatos, destruição de propriedades privadas e públicas).
     O governo, corroído pelos maiores escândalos da história moderna mundial, sabe que acabou, mesmo que consiga se arrastar melancolicamente por mais algum tempo. A cada etapa da Operação Lava-Jato, menores a credibilidade e o apoio. Esse grupo – seria injusto focar apenas na figura patética da presidente -  é alvo da maior taxa de rejeição de todos os tempos. Dilma Rousseff, refém de sua constrangedora mediocridade, já não governa há muito tempo. Apenas equilibra-se no trono, escorando-se no resto de popularidade de seu mentor, o ex-presidente Lula, e na voluptuosa troca de favores e cargos com expoentes do que seria sua ‘base política’.
     Essa última tentativa de mostrar poder – estimulada, é evidente, pelas suas mais recentes canastrices (“Envergo mas não quebro”, “Tenho a legitimidade dos votos” e assemelhadas) – exibiu, apenas o grau de desespero que toma conta de todos que gravitam em torno do Palácio e que, direta e indiretamente, vêm locupletando-se das investidas vagabundas nos cofres das Nação.

     As ameaças, internas e externas, acredito, darão ainda mais combustível para a explosão de insatisfação que deve sacudir o país dia 16. Essa gente já era. Torço para que o Brasil consiga se recuperar dessa quadra trágica, colocando, num futuro próximo, seus responsáveis no devido lugar na história. Hoje, o que esse grupo merece, mesmo, é ir para a cadeia.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O momento de decisão

     A desfaçatez com que os atuais donos do poder tratam o desencanto da Nação não tem parâmetros na nossa história. Esmagados sob o peso de uma década de mentiras, subornos, assaltos aos cofres públicos e desprezo aos mais elementares padrões de comportamento, governantes e seus acólitos tentam, mais uma vez, manipular os fatos, transformando seus pecados mortais em veniais.
Não há desculpas para a devastação institucional da Petrobras, um patrimônio do país colocado a serviço dos interesses ‘políticos’ e bolsos particulares de uma quadrilha indiscutivelmente formatada e dirigida pelo esquema que dá sustentação ao deplorável projeto de poder petista, alicerçado na compra e venda de apoios, na distribuição de benesses, na dilapidação moral das instituições.
     Vivemos o momento mais vergonhoso da nossa história recente. Um governo desastroso, incapaz, que se sustenta apelando para os golpes baixos imaginados pelos magos da empulhação que há doze anos tiram coelhos da cartola, exercendo ao extremo sua capacidade ilusionista.
Num cenário repleto de personagens deletérios, todos, em algum momento, cúmplices do estelionato protagonizado pelo grupo encastelado em Brasília, a mágica da vez é a mais simplória de todas: eleger um inimigo comum para chamar de seu. E ninguém poderia ocupar esse lugar com mais desenvoltura do que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
     De quebra, a velha cantilena de que “eles”, golpistas, (na verdade, todos nós, maioria absoluta da população brasileira) querem o mal do país, só pensam em si mesmos. Paralelamente, meia dúzia de expressões que não significam absolutamente nada, como a tal ‘agenda positiva’, ou ‘propositiva’. Como se tudo que vem acontecendo no país não fosse culpa exclusiva do somatório da extrema incompetência com a devastadora cupidez companheiras.
     Se pudessem – e não podem!!! -, petistas e afins teriam sufocado todas as investigações que vêm expondo as vísceras desse esquema pútrido, desde o agora ‘simplório’ Mensalão do Governo Lula. Essa é única e insofismável verdade. Tudo o mais que surge no entorno desse catastrófico grupo de assalto ao poder não passa de vigarice retórica, empulhação. Uma grande e vagabunda aposta na eventual simplicidade da população, que estaria sempre disponível para ser manobrada, manipulada, comprada.

     Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor, Michel Temer e assemelhados são apenas e tão-somente peões nesse jogo que vem sendo travado. O verdadeiro protagonista é a patológica ambição de poder liderada pelo ex-presidente Lula, o mais medíocre de todos, em todos os tempos. E só há um caminho para livrar o país dessa geração deletéria: a Justiça. O Brasil precisa enfrentar esse desafio e dar um basta à impunidade, colocando no ostracismo e na cadeia todos os responsáveis por essa quadra lastimável da nossa vida. Todos, sem exceção. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Linchamento covarde

     Não conheço pessoalmente o outro repórter. Conheço Leslie Leitão, filho de um amigo que nos deixou há pouco tempo. Conheço Leslie desde menino, quando começou no jonalismo, na primeira equipe do jornal Lance!, ao lado de minha filha mais velha. De lá para cá, o jornalismo investigativo e corajoso ganhou um profissional diferenciado, autor de reportagens que marcaram os veículos por onde passou. 
     Pode ser - todos os que fazem jornalismo sabem disso, ou deveriam saber! - que ele tenha sido envolvido por alguma trama, por alguém com interesses escusos. Pode ser que tenha sido levado a alguma conclusão equivocada. Estou me referindo à denúncia sobre uma conta milionária do senador Romário, em um banco suíço. Ainda acho que não. O tal 'carimbo' de 'falso', no documento, é, ele mesmo, falso. O importante, no entanto, é que Leslie jamais agiria de má fé, tenho absoluta certeza. 
     O linchamento que o vem vitimando, por parte de alguns 'jornalistas', em especial, deve-se ao fato de ele trabalhar na Veja, a inimiga número 1 dos canalhas que assaltam o país há pouco mais de uma década. Através dele, pretendem atingir a Veja e a todos os que têm coragem de apontar o dedo para a nojeira que transborda do Palácio do Planalto e adjacências.