sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Uma defesa lamentável

     É lamentável. Lamentável, sim, que a presidente do Brasil use de argumentos tão canhestros e medíocres para justificar a defesa do indefensável ainda ministro do Desenvolvimento e outras coisas, Fernando Pimentel, do PT. De um presidente, seja ele de um clube de esquina, espera-se, sempre, um comportamento superior, pelo menos tão digno quanto o da maioria que o elegeu para o cargo. Não tem sido o caso, infelizmente.
     Ao dizer - durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto - que as acusações amplamente divulgadas, especialmente por O Globo, "Não têm nada a ver com o meu governo. O que estão acusando, não tem nada a ver com meu governo", a presidente subestima a capacidade de julgamento dos seus cidadãos e agride ouvidos e olhos, com construções tão primárias. Tem, sim, presidente.
     O comportamento duvidosíssimo (recebeu R$ 2 milhões para prestar 'consultorias' jamais comprovadas) do ainda ministro, no curtíssimo espaço de tempo entre deixar a Prefeitura de Belo Horizonte e assumir, de fato, a coordenação política da campanha vitoriosa da atual presidente tem tudo a ver com o governo. Ou Fernandinho Beira-Mar, se solto amanhã, poderia ser seu ministro ou secretário particular.
     O país esbarra, mais uma vez, na desfaçatez companheira, marca registrada dessa 'Era Lula de indignidades' que - pelo que os fatos indicam - não acabou e não vai acabar tão cedo. Vem sendo assim desde o malfadado Mensalão, acobertado pelo ex-presidente, que dele conseguiu escapar. Continuou com os 'aloprados', com os cuequeiros, com a 'base', com ongueiros vagabundos e ministros corruptos. Tudo em nome desse ignominioso projeto de poder que corrompeu todo o sistema governamental.

2 comentários:

  1. Lastimável que uma pessoa do mais alto escalão do poder reaja dessa fora..Não votei nela e não a queria na presidência,mas ela conseguiu e até agora só confrmo a minha opinião perante a postura que ela anda tomando.. Triste isso..triste para todos os cidadãos.

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  2. Eu lamento muito, sim, Patrícia. Embora também não tenha votado na atual presidente - como não votei no antecessor -,tendo a me desarmar a partir do momento do fim da disputa E passo a 'torcer', naturalmente, para o sucesso do eleito. Infelizmente ...

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