terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vigarices e coerência

     Duas vigarices explícitas e uma demonstração de postura independente e coragem, mostradas para todo o Brasil, no primeiro Jornal Nacional sem Fátima Bernardes. Vamos a elas:
     A primeira delas foi a enorme 'preocupação' dos nossos senadores na votação do novo Código Florestal. As imagens não mostraram - não entendi bem a razão - o plenário absolutamente vazio, alguém falando (não consegui distinguir quem), a senadora Marta Suplicy de costas e um ou outro gato pingado falando ao telefone.
     Todos sabem que as decisões são tomadas nos bastidores, entre as lideranças, mas um pouco de decoro não faria mal. Assistimos a um deboche, principalmente em função da importância do tema, tratado como galhofa até mesmo pelos seus supostos defensores, um grupinho de 'palhaços' fazendo macaquices para as câmeras.
     Mais impacto e determinação mostrou a 'jovem cientista' que foi receber seu prêmio das mãos da presidente Dilma Rousseff e exibiu sua posição - equivocada, para mim, como já comentei anteriormente - contrária à construção da usina de Belo Monte, no Xingu. Essa jovem mostrou como ser coerente, sem apelar para o comportamento fácil.
     O segundo momento de desrespeito à inteligência teve como astro o ainda ministro do Desenvolvimento etc, Fernando Pimentel, do PT mineiro. A reportagem exibe as denúncias, sim, mas não escapa do lugar comum, ao deixar que o ex-prefeito de Belo Horizonte agrida o país com afirmações ridículas sobre seus ganhos estratosféricos prestando 'consultoria'.
     Não é possível ouvir calado alguém dizer que seus ganhos - R$ 2 milhões em pouco mais de um ano de 'trabalho' para empresas e indústrias diretamente interessadas em projetos oficiais - sejam compatíveis com a decência. Não são.
     O ainda ministro Pimentel começou a trilhar o caminho para o olho da rua.

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