sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Do fumódromo ao JB - Novas lembranças

     Essas lembranças da campanha que eu e o excelente Jamari França lideramos no Jornal do Brasil, contra o fumo na redação, e que desembocou na construção de um fumódromo e no folclore criado em torno (texto publicado ontem, no Blog: 'Do fim dos fumódromos ao JB'), geraram novas histórias, provocadas pela saudável irreverência de um jovem amigo que conviveu comigo no Caderno Carro e Moto (na verdade, começou lá, como estagiário de destaque naqueles anos 1993), o ótimo jornalista João Marcello Hertal, atualmente editor da Veja On Line.
     João Marcelo sempre foi brincalhão, gozador, apesar da timidez anunciada pelo constante rubor no rosto. Suas imitações dos cuidados de Alexandre Carauta - que completava nossa equipe no 'Carro' - com a bela cabeleira eram muito engraçadas e disputadas.
     Pois fiquei sabendo que não escapo, ainda hoje, da irreverência desse torcedor tricolor que, além de ser meu amigo, transformou-se, também, em amigo de minha filha Flávia e do meu genro, Fábio, ambos também jornalistas, pelas afinidades profissional e etária.
     Em jantares que reúnem um grupo de jovens ex-funcionários do JB da minha época (hoje, maduros quarentões, ou quase), João Marcello, aproveitando a presença de Flávia, desfila algumas imitações, destaque para uma em que eu sou o personagem. Conta casos, aumenta alguns, floreia outros, tudo no meu ritmo apressado de falar, tom de voz, meneios. É um show. O tema: minha 'briga' com os fumantes.
     Na última de suas apresentações, Marcello relembrou um episódio certamente caricato, que desapareceu da minha memória, mas é provável que tenha acontecido, pelo que eu me conheço. Segundo ele, estávamos (um grupo de jornalistas que cobriam a área automotiva) em um microônibus, a caminho de um teste, quando um dos passageiros resolveu acender um cigarro, mesmo advertido da proibição expressa, estampada no veículo.
     Segundo ele, para gargalhadas da plateia - Flávia, em especial -, eu mandei parar o ônibus e fiquei do lado de fora, discursando (e ele imitava tudo isso, no restaurante), até que o tal fumante acabasse sua sessão de desrespeito aos demais. O motorista, coitado, não sabia o que fazer, envolvido naquela disputa folclórica.
     João Marcello Hertal é, certamente, um dos jornalistas que eu tenho orgulho de ter ajudado a orientar, no começo de sua vida, nessa profissão ainda encantadora.

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