terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nas telas da tevê ...

     Alguns analistas de televisão - não os de O Globo e Extra, é claro - estão festejando a perda de pontos registrada pela Rede Globo, domingo passado, atribuída ao recesso do futebol, que tem cadeira cativa da grade da emissora. Os números foram, de fato, impiedosos com a turma que já foi apenas lá do Jardim Botânico.
     Mas entre registrar essa queda vertiginosa e, de algum modo, festejar o crescimento dos concorrentes, Record em especial, há um enorme abismo, no qual eu me recuso a mergulhar. Reconheço que não sou um bom 'observador' das tevês abertas - não tenho a presunção de me considerar um 'analista', porque, além de conhecimento específco, simplesmente não as assisto, com as exceções já confessadas aqui.
     O Jornal Nacional, não 'só' pela beleza das antiga e atual apresentadoras, é uma delas. Não para orientar pensamentos ou coisa que o valha. Mas por ser o mais importante telejornal brasileiro, com as melhores imagens, com a maior abrangência. Quem já trabalhou em redação, como eu, sabe que o JN é uma referência.
     Não havia editor que saísse da redação do velho Jornal do Brasil antes de saber o que iria ao ar na Globo. Haveria, sempre, a possibilidade de corrigir alguma falha na apuração. Nossos leitores não nos perdoariam se vissem na tevê algo que não leriam no seu jornal no dia seguinte.
     Não vejo, por óbvio, o tal do Faustão. Como também não vejo, de maneira alguma, Gugu e Sílvio Santos, embora saiba quem são, o que fazem e quando. Já nem falo num tal de Ratinho, que - confesso - não sei se ainda existe. Meu controle remoto tem um bloqueador sanitário que impede a parada em determinados canais - Record, Bandeirantes e SBT, em especial.
     Na falta de opções, há sempre um jornal largado no sofá ou um livro iniciado. Quando não há jeito, quando não há séries dignas do olhar e a compulsão por imagens é mais forte, há o Discovery, ou um dos canais de esporte.
     Eu festejaria, sim, uma redução nos 'índices faustanianos', desde que fosse acompanhada pelo repúdio à limitação que também prolifera nas concorrentes. Do jeito que o fato é apresentado, sou obrigado a concluir que caminhamos inexoravelmente para um denominador comum: a medicocridade.
     Nada a comemorar.

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