O Globo nos diz, em manchete, que um juiz do
Supremo Tribunal de Justiça (STJ) classificou a roubalheira que vitimou a
Petrobras, em especial, e a dignidade das Nação em geral, como “uma das maiores
vergonhas da humanidade”. Ele certamente sabe do que está falando, por ter
acesso a entranhas da Operação Lava-Jato ainda restritas a determinado grupo de
pessoas.
Não
satisfeito, o ministro Newton Trisotto, relator do processo que pedia a soltura
do doleiro petista Alberto Yussef – e que foi negada!!! -, conclamou o juiz
Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, a não vacilar a ter coragem de
continuar na luta que vem travando. Segundo o jornal, Trisotto se remeteu a Ruy
Barbosa, ao ressaltar que um juiz não pode ser covarde: “Não há salvação para o
juiz covarde”, recitou.
Pelo que vem
demonstrando até agora, não há esse risco. O juiz Sérgio Moro tem se mostrado inflexível
na busca dos responsáveis por mais esse escândalo dessa lastimável e perdulária
Era Lula, que chega aos doze anos e ameaça a todos nós com mais quatro.
Espero que a
Justiça puna exemplarmente todos os envolvidos, de qualquer partido; os de hoje
e os de ontem. Os desdobramentos do julgamento do Mensalão - um momento
emblemático relatado e presidido pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, um
magistrado que sobreviveu a chantagens e pressões inimagináveis - vêm se
mostrando frustrantes.
Os grandes
canalhas, os artífices e executores da maior vigarice institucional até então,
estão circulando fora da cadeia, que ficou reservada apenas a um enorme bobo da
corte, um malandro de segunda classe que apostou na solidariedade dos asseclas
e está pagando pela, digamos, ‘inocência’.
Dessa vez,
escaldados pelos mais de 40 anos de cadeia impostos a um simples intermediário
das pilantragens que beneficiaram o governo petista, a turma do andar de baixo
da ladroagem oficial optou por salvar o que ainda restava da pele e decidiu
contar o que sabia do esquema de assalto ao país, patrocinado pela turma do
poder, ávida por assegurar a sobrevivência do seu esquema de eternização no
comando do país.
Como em
todas as ocasiões anteriores – em todas, é preciso frisar! – a sujeirada está
sendo exposta por gente de dentro, do convívio de políticos e assemelhados. Não
há uma acusação, sequer, que tenha vindo de fora do círculo oficial de
gatunagem. Para nossa sorte, ainda temos uma imprensa livre, desvinculada do
poder, corajosa a ponto de denunciar semanalmente as bandalheiras palacianas.
Sorte, sim.
Mas uma sorte construída pela geração que enfrentou e venceu as limitações de
uma época de arbítrio. Pois se dependesse dessa gente que gravita em torno do lastimável
ex-presidente Lula (o mais medíocre e ignorante da nossa história, insisto),
viveríamos, no Brasil, não a fantasia, mas a dura realidade de ditaduras
desclassificadas como a cubana e afins.