segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A morte de um ditador

     Não comemoro mortes. Mas não absolvo criminosos, apenas pelo fato de não mais estarem entre nós. Escrevi algo parecido quando Muammar Kadafi foi 'justiçado'. E quando o terrorista Osdama Bin Laden foi executado. Certamente vou expor um sentimento semelhante em relação a outros ditadores assassinos, ou assassinos ditadores, indepedentemente do 'matiz'. Lamento, na morte do 'líder' norte-coreano Kim Jong II, que sua presença nefasta ainda vai se prolongar por algum tempo, infelicitando um dos povos mais miseráveis e ignorantes do mundo, em contraste com seus vizinhos e irmãos do Sul.
     Seguindo uma tradição que já não cabe num mundo que avança pelo século 21, o lugar de Kim, que já sucedera o pai, vai ser ocupado por seu filho, Kim Jong-un, numa passagem de bastão que preserva, apenas, o interesse da cúpula dirigente desse país, formada por uma linhagem de militares que assumiu o poder, estabelecido à imagem dos últimos mentores e mantido à força da chibata e da eliminação de qualquer vestígio de liberdade.
     A morte do ditador é lastimável até pela ameaça que continua pairando sobre o mundo. Se a Coreia do Norte nuclearizada do morto Kim já era um complicador nas relações internacionais, pode se transformar num gatilho. As primeiras notícias - sempre difusas, pois partem do país mais fechado de todos os continentes - acenam com uma eventual luta pelo poder, entre os seguidores do filho pródigo e uma corrente militar dissidente.
     Qual dos dois lados será o menos pior? Vamos torcer por ele.

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