Foi uma quarta-feira cheia, com emoções para todos os gostos. Reuni, abaixo, algumas observações que tomei a liberdade de fazer na minha rede social. Textos pequenos, que procuram sintetizar a enorme massa de informações e fatos.
Manifestações
Não estou tripudiando (respeito quaisquer manifestações), apenas constatando: o 'protesto a favor' foi um retumbante e estrondoso fracasso. Proporcional à inacreditável taxa de aprovação do Governo Dilma, risíveis 9 por cento. Não há distribuição de sanduíche, cancelamento de aula e transporte de graça que consigam dar bom resultado.
Celso Daniel
Esse fantasma continua assombrando a cúpula petista. O assassinato do prefeito Celso Daniel é uma página absolutamente aberta. Celso foi morto, segundo seus irmãos, quando decidiu revelar o esquema petista que achacava empresários de ônibus no interior paulista. Enquanto o dinheiro ia para a 'causa', ele aceitava. Quando descobriu que também recheava bolsos e bolsas graúdos, reagiu e acabou morto. Em tempo: segundo os irmãos do prefeito, o encarregado de transportar o dinheiro roubado era o ministro Gilberto Carvalho, o ex-seminarista que trocou o amor a Deus pela devoção a Lula. Levava as sacolas no seu Fusca.
E ainda há quem defenda essa corja.
Tropa de choque
Tropa de Dilma Rousseff na Câmara ganha um reforço peso-pesado, acostumado a 'bater forte': Pedro Paulo é 'exonerado' da secretaria que ocupava na prefeitura e assume o mandato de deputado federal. Fico aguardando manifestações de repúdio ao novo aliado petista.
Rebaixamento
Para completar o cenário desastroso, os EUA, após quase uma década, acenam com uma elevação na taxa de juros, o que certamente vai atrair novos capitais. Temos um país corrupto, falido e apontado como potencial caloteiro. Parabéns, petistas e assemelhados. Vocês estão conseguindo.
PS: Pedindo licença a meu amigo Gilberto Menezes Cortes para dar 'palpite' em uma área que é dele ...
Dilma acabou
Em síntese: Eduardo Cunha 7 a 1. Essa gente consegue levar surra até mesmo de 'cachorro morto'.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Só se fala do Cunha ...
Os marqueteiros
sempre de plantão no Palácio Alvorada merecem a bolada que ganham, aqui e –
ficamos sabendo no Mensalão e agora, no Petrolão – em paraísos fiscais.
Dinheiro roubado, é claro, pois a turma que está no poder há 13 anos é chegada
a uma investida nos cofres públicos, como as investigações da Operação Lava
Jato estão provando e comprovando.
Não se fala
em outro nome, no Brasil. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ainda e renitentemente
presidente da Câmara, é o grande vilão, o inimigo número um da democracia, o
ladrão por natureza, manipulador de consciências, articulador de manobras
espúrias, ameaças, favorecimentos, chantagens. E se alguém tão deplorável como
ele é a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, fica
evidente que ela é a ‘mocinha’.
Esse ‘raciocínio’
– empurrado goela abaixo da população diariamente – de tão pueril, chega a ser
indecente. Mas vem dando certo, de algum modo. É essa manipulação de emoções,
um verdadeiro estelionato retórico, o único argumento dos que se alinham a esse
grupo – a tal ‘quadrilha’, a que se referiu o ex-ministro Joaquim Barbosa, quando
julgava o primeiro grande escândalo da era petista, a compra de apoios e
distribuição de dinheiro roubado durante o governo Lula.
Não há
dúvida de que Eduardo Cunha, pelo que apontam as investigações, é passível,
sim, de cassação. Também é evidente que ele usa todos os meios à sua disposição
para tentar escapar do processo que, ao fim, poderá sepultá-lo em uma cela da
Papuda, ou similar.
Mas também
é evidente, cristalino, que a ainda presidente Dilma Rousseff, por atos
executados durante o ofício, e que contrariam frontalmente a Lei, pode ser
apeada do poder, democraticamente. E não estou me prendendo, apenas, às tais ‘pedaladas
fiscais’, que afrontam a inteireza que se exige de governantes. Há, ainda, o
processo referente ao uso de dinheiro roubado da Petrobras na sua – dela, Dilma
– candidatura, que corre no TSE.
Não é pouca
coisa, meus caros (“não é ‘bolinho’”, diria uma amiga, não muito feliz com a
divulgação das vigarices oficiais). Por muito menos - muito menos, mesmo!!! -, o atual senador Fernando
Collor foi chutado merecidamente do Palácio, num processo alimentado especialmente
pelo PT, cujo candidato à presidência, Lula, fora derrotado pelo ‘caçador de
marajás’, naqueles idos de 1989.
Não houve
nada sequer parecido com o Mensalão. Petrolão? Nem de longe. O grande símbolo
da pilantragem colorida foi a compra de um modesto Fiat Elba com dinheiro de
procedência ‘duvidosa’. Hoje, aliado de seus algozes, Collor desfila pela
esplanada de Brasília a bordo de carrões dignos de um Cristiano Ronaldo e
recebe toda reverência de seus novos e fraternos amigos.
Em
contrapartida, o PT, ao longo dessa quadra trágica para a história brasileira,
teve um ex-presidente, dois tesoureiros e diversos deputados presos e
condenados. E a lista tende a aumentar exponencialmente, com o andamento das
investigações lideradas pelo determinado juiz Sérgio Moro e por uma equipe de
procuradores íntegros e imbuídos do espírito de missão. Ainda há muita podridão
escondida nos desvãos petistas e assemelhados, como vaticinam os
investigadores.
O senador
Delcídio do Amaral, por exemplo, ainda não contou o que sua mulher quer que ele
conte. O sigilo bancário e telefônico de um dos filhos de Lula só agora foi
quebrado. O conteúdo de várias colaborações premiadas ainda não foi aberto, por
envolverem políticos.
Mas só se
fala de Cunha. Os 'caras' da propaganda são bons, mesmo.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
O ranking da ignomínia
As cenas
lamentáveis a que assistimos na Câmara, antes durante e depois da ‘eleição’ dos
membros da comisso de Justiça que vai julgar a admissibilidade do pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff, refletem exatamente o momento
político-institucional que vivemos. Talvez não tenhamos tido um conjunto de
fatos tão desprezíveis na história recente da nossa principal (pela amplitude
do seu alcance) Casa de ressonância de desejos, anseios e espírito da sociedade
brasileira.
Não há
justificativas para o comportamento absolutamente incivilizado de dezenas de
representantes do povo, sem distinção de matiz partidário, mas capitaneados – e
isso ficou evidente nas imagens vergonhosas espalhadas pelo país – pelo Partido
dos Trabalhadores e seus satélites. O destempero (para usar uma expressão
suave, amena) da deputada gaúcha Maria do Rosário, ex-ministra e uma educadora
por origem, exibe por inteiro o nível rasteiro da nossa representação.
Gritos,
xingamentos, agressões físicas e uma inusitada ocupação das cabines de votação
por partidários da tropa de choque (alguns são da turma do cheque) governamental
deram a dimensão do abismo institucional no qual estamos sendo jogados. Não há
debates de ideias ou projetos. Há apenas e tão-somente uma exibição espúria de
violência, ignorância, intolerância e desrespeito às instituições, entregues ao
comando de desqualificados políticos, como os responsáveis pela gestão dos três
poderes.
O que poderíamos
esperar de um Congresso liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e pelo
deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)? E de um Supremo Tribunal Federal aparelhado
partidariamente, que tem no topo alguém como o ministro Ricardo Lewandowski,
que sequer pode dar um passeio em um shopping? E, quase acima de todos (não podemos esquecer a presença ignominiosa do ex-presidente Lula), pairando num
mundo irreal (surreal, talvez), a presidente da República, Dilma Rousseff, uma
catástrofe ambulante, um tsunami de incoerências, motivo de chacota no mundo,
incapaz de articular pensamentos simples, quanto mais um projeto de país.
País que, por
conta da obsessão desenfreada pelo poder, a qualquer custo, de petistas e
assemelhados, vive momentos incontroláveis, de insegurança institucional. A
possibilidade de impeachment da presidente é apenas um símbolo dessa quadra de
desatinos, marcada pelos maiores escândalos da história republicana brasileira,
em todos os níveis administrativos, em todos os patamares públicos e privados.
Não por acaso,
estamos, nós, o Brasil, participando de uma espécie de ‘olimpíada’ da vergonha,
como retrata, hoje, o jornal O Estado de
São Paulo. O estratosférico escândalo na Petrobras, investigado pela
Operação Lava Jato, está entre os finalistas do concurso promovido pela
Transparência Internacional – entidade que combate a corrupção no planeta – e que
vai escolher o maior deles, o mais simbólico, o de maior repercussão, o mais
canalha.
É nesse ranking da
ignomínia que fomos jogados pelo esquema que se apossou do poder há 13 anos,
democraticamente, é verdade. E que, desde então, vem agindo sistematicamente
para construir um projeto de eternização, financiado pelos saques aos cofres
públicos, energizado pelo achaque a grandes empreiteiras. Um projeto que, ao
fim, visa a devastar as recentes e ainda tênues conquistas dessa mesma
democracia.
Os dez mais desprezíveis de 2015
Alguns já
poderiam estar entre os superiores a todos, os ‘hors concours’. Mas ainda não
consigo desmerecer o esforço realizado por ‘ele’ e por ‘ela’, criador e criatura,
ao longo dos tempos. Pela consistência e perseverança, Luiz Eduardo Cardozo e
José Dirceu, por exemplo, talvez já tenham conquistado o direito de constar,
para sempre, na minha relação perpétua dos ‘políticos brasileiros mais
desprezíveis do ano’. Admito que estão
bem cotados, desde já, para a lista de 2016. Por ora, acredito que seja uma seleção justa, com poucas surpresas.
Sei que há dezenas de outros com qualidades
para estar entre os piores, mas me obriguei a ser ‘seletivo’. Aí vai, como nos últimos anos, minha lista dos
dez mais desprezíveis. Parabéns a todos. E um aviso: cuidado com o ‘japonês’!
Os eleitos de 2015
Aldo Rebelo
Edinho
Silva
Eduardo
Cunha
Fernando
Pimentel
Jaques
Wagner
José
Eduardo Cardozo
José Dirceu
José
Guimarães
Maria do Rosário
Ricardo
Lewandowsky
Menções ‘honrosas’
Aloísio
Mercadante
Ciro Gomes
Delcídio do
Amaral
Humberto
Costa
Jean Willys
Lindberg
Farias
Luís Inácio
Adans
Miguel
Rossetto
Patruz
Ananias
Ricardo
Berzoíni
Hors concours
Luiz Inácio
Lula da Silva
Dilma
Rousseff
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