terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um projeto ameaçado

     Começa mal o PSD, esse partido que reuniu, como num passe de mágica, dezenas de prefeitos, deputados estaduais e federais e, de quebra, dois senadores, tranformando-se, da noite para o dia, na terceira força em Brasília, atrás do onipresente PT e do aderente PMDB.
     Seu presidente e mentor, o insosso prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acaba de saber que seus bens pessoais continuarão bloqueados, para garantir a "justa indenização ao município", caso fique comprovada má-fé na licitação destinada à contratação de empresa para realizar o inspeção ambiental veicular.
     A decisão do Tribunal de Justiça, destacada, entre outros, pelo Estadão, atira o prefeito nas cordas, justamente às vésperas da partida de uma eleição crucial para afirmação de seu partido, que surgiu graças aos insatisfeitos de outras agremiações. Políticos que têm uma única preocupação: seus interesses pessoais.
     É bem provável, porém, que os danos sejam minimizados. Todos os concorrentes à prefeitura de São Paulo, a maior cidade do país, querem, no mínimo, manter uma boa relação com o alcaide. Nada de brigas com alguém que pode ser determinante num segundo turno ou, quem sabe, ainda no primeitro, dependendo dos 'acordos' para divisão do poder.
     Aproveitando o tema, para não deixar passar sem uma referência: o Congresso está estudando - acreditem! - ampliar o número de contratados para atender às necessidades 'administrativas' do novo partido. Com o se todos os deputados e senadores já não tivessem sua 'entourage', que ficaria por lá. A conta de mais esse absurdo - já comentado aqui, há algum tempo, e destacado no Jornal Nacional de ontem - passaria dos R$ 400 milhões, um dinheiro que sairia dos nossos bolsos.
     E assim passam os dias, nessa república, como se vivêssemos num velho tango fora do tom.

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