A Comissão de Ética Pública da Presidência da República concluiu o que o Brasil inteiro já sabia: o ainda ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), não conseguiu dar explicações satisfatórias para a torrente de acusações que se abateu sobre ele e seus auxiliares diretos. Como consequência, a Comissão recomendou a exoneração de Lupi, deixando o caminho livre para a presidente Dilma Rousseff.
Com esse trunfo na mão, a presidente pode imprensar seu ainda ministro, obrigando-o a pedir demissão 'para-se defender-melhor-fora-do-governo-e-provar-sua-inocência'. Aquela conversa fiada que todos nós ouvimos dos cinco demitidos anteriormente e que faz parte desse script deletério.
A recomendação, unânime, desarma as eventuais e prováveis 'bombas' armadas pelo ministro e com as quais ameaça (ameaçava?) o Governo, refém de suas próprias contradições e inconsistências.
Não se trataria, mais, de uma decisão isolada do 'parceiro' de tantos anos. A governabilidade - seja lá o que isso for - justificaria o afastamento e daria aos dois lados a chance de encenar uma despedida sentida e lamentada.
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