terça-feira, 30 de setembro de 2014

Um juiz enfrenta a 'máfia' brasileira

     O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de Curitiba, está prestes a entrar para a história, a exemplo de um herói italiano, Giovanni Falcone, o magistrado responsável pela desarticulação da máfia italiana e de sua ramificação com políticos e empresários. Graças a ele, Moro, está sendo possível desbaratar uma quadrilha tão nefasta, ou mais!!!, do que a congênere siciliana: a que está instalada no poder central há quase doze nebulosos anos.
     As últimas notícias levam a crer que há um tsunami prestes a desabar sobre o cenário político-administrativo brasileiro, afogando definitivamente uma legião de malfeitores que se supunha acima do bem e das leis. Estou me referindo à aceitação, pela Justiça, da delação premiada proposta pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, às vésperas de sair da cadeia para cumprir prisão domiciliar.
     Para que uma delação desse tipo seja aceita, é necessário que contemple fatos desconhecidos, ocultos, de relevância absoluta, indesmentíveis. E a delação do ex-diretor da devastada Petrobras foi aceita! Todos os indicadores apontam para um escândalo muito - mas muito, mesmo! - maior do que o Mensalão do desgoverno Lula. Só ele, Paulo Roberto, confessou ter recebido propinas que chegam a R$ 25 milhões.
     Imaginemos – e os fatos nos permitem essas ilações – quanto receberam os que estavam acima do esquema de corrupção. Quanto arrecadaram os partidos da tal ‘base aliada’, um deplorável saco de gatos ‘ideológico’, sacudido a cifras e cifrões. Paulo Roberto, já se sabe, afirmou que a campanha da então candidata Dilma Rousseff solicitou um ‘aporte’ de R$ 2 milhões, em 2010.
     Trocando em miúdos: a presidente brasileira teria sido ajudada, na sua corrida pelo Palácio, por dinheiro roubado, algo suficiente para decretar seu afastamento do cargo, a qualquer momento. Não podemos esquecer que o atual aliado petista, Fernando Collor, foi destituído por algo ‘insignificante’, se comparado ao esquema de devassidão que está sendo revelado.

     A tempestade que se aproxima pode estar decretando o fim de uma era lamentável na nossa vida pública. Uma era que submeteu as instituições à ganância de um projeto de poder e que apostou na letargia da justiça, nas composições escusas. O juiz Sérgio Moro, com a coragem que podemos inferir, está provando que ninguém está acima do bem, da decência. 
     Torço para que não tenha o mesmo fim do seu colega italiano, assassinado pelos remanescentes dos quadrilheiros que colocara na cadeia. Há antecedentes na nossa história recente.

sábado, 27 de setembro de 2014

O peso da devassidão

     Há algumas palavras que deveriam ser banidas do vocabulário governamental, dos discursos petistas e afins. Dignidade, respeito, justiça e, em especial, corrupção, derivada direta da ausência padrões éticos e morais na condução do país. Jamais, em toda a nossa história republicana, passamos por uma quadra tão devastadora quanto essa que está prestes a completar doze anos.
     A descoberta do esquema espúrio de compra e venda de apoio que ficou conhecido como Mensalão apenas levantou, de leve, a cortina que cobria e ainda cobre o maior e mais profundo projeto de assalto do poder financiado com recursos roubados da Nação, direta (como nos casos da Petrobras e do uso do Banco do Brasil) e indiretamente, mediante cobrança de propinas de empresas particulares.
     Comparado à devassidão que começa a ser investigada atualmente, o esquema manipulado pela quadrilha julgada e condenada pelo Supremo Tribunal Federal surge como algo semelhante ao que costumamos designar de assalto a galinheiro. Não mais do que algo em torno de 150 míseros milhões de reais. Um roubo tão vagabundo que destinou ao então presidente da Câmara, o petista paulista João Paulo Cunha, R$ 50 mil, retirados diretamente do caixa pela mulher do ex-deputado federal.
     Pode-se argumentar que o antigo dirigente do PT se vendeu por pouco, é verdade. Mas quando ficamos sabendo que só um ex-diretor da Petrobras amealhou R$ 23 milhões em propina, somos obrigados a concluir que a quadrilha atuante hoje em dia está bem mais sofisticada e ... gananciosa.
     Apesar de todos os escândalos, entretanto, nossa ainda presidente se acha no direito de se insurgir contra os jornais e revistas que divulgam as bandalheiras, explorando um velho e surrado estratagema de passar por vítima, de culpar a oposição e as elites, como se não soubesse que todas – todas, mesmo!!! – as acusações partiram de dentro, do intestino de seu desgoverno.
     Paulo Roberto Costa, para ficarmos apenas no exemplo mais recente, foi colocado na direção da Petrobras durante o período Lula, com seu beneplácito, já que ocupou o ministério de Minas e Energia e a presidência do Conselho da empresa. No Mensalão, a podridão foi espalhada por um comensal do Planalto, o ex-deputado Roberto Jefferson.
     Quando não denunciam, foram e/ou são os aliados e partícipes do Governo que protagonizaram e/ou encabeçam atos indignos, como nos casos da descoberta de dólares na cueca de um assessor petista; da compra de dossiês falsos sobre adversários políticos; da escandalosa relação do ex-presidente com a chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo; e outros de menor impacto.

     E estou me limitando a delitos formais, incursos no Código Penal. O mal que vem sendo feito ao País vai além desse assalto mirabolante aos cofres públicos. A aliança com criminosos internacionais, ditadores e aprendizes talvez tenha o mesmo peso nesse processo que cada vez mais nos apequena frente ao mundo digno.

Discurso indigno

     Dilma Rousseff, o segundo chefe de estado mais medíocre de toda a nossa história (o primeiro posto de qualquer lista que seja feita com um mínimo de isenção é e será sempre de Lula), esmerou-se, ontem, em uma ‘entrevista coletiva’ com o que a turma petista e assemelhados chamam de ‘blogueiros independentes’ – um eufemismo para a companheirada paga, com nosso dinheiro, para elogiar o governo.
     Entre uma bobagem e outra, estimulada pela claque amestrada, nossa presidente dedicou-se a uma das atividades preferidas de petistas e afins: criticar a imprensa livre e independente.
     Essa é uma das marcas de todos os governantes chegados a uma ditadura, a um regime nos moldes cubano e coreano do norte. A liberdade de opinião e o contraditório passam longe do ideário dessa gente que rotineiramente agride a verdade e distorce fatos.
     O sonho deles – pesadelo para quem preza a democracia – é o tal ‘controle social da mídia’, a velha e vagabunda censura, o país de um só jornal, como o Granma, da ilha dos ditadores Castro, que a população usa para fins menos nobres, suprindo a falta de papel higiênico.
     Depois de ter usado a ONU para fazer proselitismo (elogiou-se e ao país de fantasia que habita a propaganda oficial) e ter se colocado ao lado dos terroristas islâmicos (foi o que ela fez, de fato, ao pregar um “diálogo” com os animais que cortam as cabeças de prisioneiros), não teve a menor inibição em proferir a frase reproduzida pelo Globo, a respeito da devastação que vem sendo causada na Petrobras: “Há coisas irreversíveis. Ninguém desmonta uma empresa que é a sexta do mundo”.

     Vejam bem. Logo ela, que é (ou foi) indiscutivelmente a chefe direta dos assaltantes! 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Vigarice retórica

     "A coisa está tão grave que é pobre roubando pobre. Eu, antigamente, via: ‘Bandido roubou um banco’. Ficava preocupado, mas falava: 'Roubar um banqueiro… O banqueiro tem tanto que um pouquinho não faz falta. Afinal de contas, as pessoas falavam: ‘Quem rouba mesmo é banqueiro, que ganha às custas do povo. Eu ficava preocupado... Era chato, mas era… Sabe, alguém roubando rico”. 

     Essa cretinice foi 'proferida', segundo nos relatam Veja e outros, pelo ex-presidente Lula, o mais medíocre de toda a nossa história, em um comício no interior de São Paulo. E o mais grave: essa estupidez retórica não chega a surpreender. Ele é isso, sempre foi. Um falastrão incorrigível, sem o menor escrúpulo para dizer as maiores sandices, confiando na inimputabilidade que lhe confere o fato de ter nascido no Nordeste e ter chegado à Presidência da República praticamente analfabeto.
     Esse tipo de discurso vagabundo, no entanto, 'sensibiliza' - é inacreditável! - setores da vida nacional que, por definição, deveriam zelar pela dignidade, pelo crescimento moral da sociedade. Insisto: as próximas gerações, infelizmente, pagarão muito caro pelo mal que essa gente está fazendo ao País.

Um legado infame

     Por mais que eu tente encontrar explicações – psicológicas, emocionais e assemelhadas -, não consigo, mesmo, entender como alguém decente, digno e com alguma visão sobre cidadania pode considerar manter o apoio aos representantes dessa quadrilha que se instalou no poder há quase doze anos e que, a cada dia, mais nos envergonha como Nação.
     Que parte da sociedade é essa que se mantém imune aos desmandos, roubalheiras, desvios de conduta, falha de caráter, estupidez, proselitismo e populismo vagabundo professados pelo partido hegemônico (não, o PMDB é um mero proxeneta político) e seus seguidores? Há, eu sei, um considerável percentual de desinformados, ignorantes, pessoas simples que raciocinam com base nas necessidades imediatas, o que é compreensível, embora lastimável.
     Essa parcela movida a bolsas reage com o estômago, com a lógica do assistido. E, não por acaso, vem sendo mantida na dependência física e emocional, bombardeada por discursos deletérios, mentiras e a detestável demagogia de líderes que não se envergonham do reducionismo de seus discursos, do desrespeito explícito que demonstram ao explorar a miséria e a ignorância daqueles que garantem defender.
     Num passado não tão distante, essa massa de miseráveis era manipulada pelo ‘coronel’ da região, movimentando-se ao sabor do volume de distribuição de dentaduras, alijada dos serviços que tornariam essa ‘prática política’ superada. As dentaduras foram substituídas por outro tipo de benefício, mas a essência continua imutável, preservando-se os currais eleitorais de onde jorram os votos que perpetuam nossos abismos sociais.
     O alcance do estelionato ‘político’ perpetrado por essa legião que se propõe ‘de esquerda’, no entanto, ultrapassa as fronteiras da miséria. Apesar de confrontada pelos maiores escândalos da história republicana brasileira, uma parcela razoável dos formadores de opinião – pessoas com um grau de informação e formação acima da média sofrível da população – fecha os olhos à realidade, ignora as evidências, desculpa (ou tenta explicar) atos absolutamente indignos.
     A devastação da Petrobras, executada por quadrilheiros a serviço, em especial, do PT é apenas a face mais recente do descalabro dessa Era, inexoravelmente marcada pela corrupção mais desenfreada de todos os tempos. Corrupção em espécie – desvio de verbas, superfaturamentos, roubo – e moral, com envolvimento pessoal dos principais nomes do grupo dominante. A afinidade com ditadores e terroristas é outra marca dessa quadra sofrível.

     Já escrevi, em alguns momentos, que o mal que está sendo feito ao País é incomensurável. O Brasil, recentemente saído de um período de exceção e de um momento catastrófico, como o de Fernando Collor, não merecia ser atingido pelo retrocesso institucional gerado por governantes absolutamente medíocres e despreparados, como o ex-presidente Lula (o mais nefasto de todos, pela influência que inegavelmente exerce no imaginário popular) e a atual governante Dilma Rousseff. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A estupidez presidencial

     Essa senhora que nos governa exibiu hoje (ainda é terça-feira quando escrevo) o quanto alguém pode ser nefasto para a imagem de uma nação. A estupidez político-ideológica que demonstrou em entrevista nos Estados Unidos - ao criticar as ações contra os terroristas desse tal ‘Califado Muçulmano’, sugerindo um “diálogo” com assassinos que degolam prisioneiros em frente a câmaras – é algo sem precedentes até mesmo na nossa recente e lastimável diplomacia.
     A desfaçatez dessa gente não tem limites. Ao longo desses quase doze anos de boçalidades, a política externa brasileira, sem dúvida, conquistou um lugar de destaque. Invariavelmente, estivemos e estamos ao lado do que há de pior no mundo, de ditadores assassinos e assassinos ditadores, como os cubano, iraniano e coreano do norte, por exemplo; de republiquetas desclassificadas, como a venezuelana e a argentina; de meros e vulgares bandidos; do lixo universal.
     As impensáveis declarações da nossa ainda presidente só aumentam a desconfiança que o mundo razoavelmente lúcido tem em relação ao Brasil. É inacreditável que não haja, nesse governo, alguém com um mínimo de lucidez e coragem para alertá-la dos absurdos que comete e do ridículo a que expõe a Nação.

     Dilma Rousseff deveria contentar-se com as bobagens que repete por aqui, com seus discursos oligofrênicos, com as agressões ao vernáculo, com sua total incapacidade de articular quatro ou cinco frases que tenham algum sentido. Sua passagem pela ONU - onde não assinou o compromisso de reduzir o desmatamento!!! – certamente ficará inscrita como a mais deletéria dos últimos anos da nossa história.

domingo, 14 de setembro de 2014

Um discurso ignominioso

     Há muito tempo – há onze anos, oito meses e 14 dias, para ser bem exato – não espero qualquer coisa de aproveitável nos discursos oriundos do Palácio do Planalto. Seus dois ocupantes ao longo desse tempo são, certamente, os mais medíocres de toda a nossa história republicana. Talvez rivalizem com um personagem também absolutamente nefasto para a nossa vida institucional, o ex-presidente Fernando Collor de Melo, atual senador e aliado dos poderosos de plantão.
     Ao longo de oito anos, o ex-presidente Lula brindou o país com sandices impensadas até mesmo para alguém tão despreparado quanto ele. Como jamais teve qualquer compromisso com a verdade ou com a decência pública, mentiu, inventou, agrediu e distorceu fatos e versões. Negou os roubos de seus comparsas, acusou-os e voltou a defende-los, sempre ao sabor do momento, desdizendo o que acabara de dizer.
     Sua sucessora, mais discreta, por não dispor de um décimo de seu inegável (e trágico, para o país) carisma, conteve-se enquanto conseguiu, limitando-se a repetir obviedades ditadas pelos marqueteiros de plantão. Há pouco mais de um ano e meio, quando os temas relacionados à eleição, começaram a se tornar mais recorrentes, obrou a frase que pode ser estampada como a que marca sua ‘visão política’: “Em eleição vale tudo”.
     Os fatos comprovam a tese. Para se reeleger, vem usando o País como fonte do que podemos chamar de propina eleitoral. Sua ação irresponsável ficou mais evidente no processo de devastação da Petrobras, privatizada por uma quadrilha a serviço do projeto de poder petista e – ninguém é de ferro!!! – do próprio bolso.
     Os discursos quase tão incompreensíveis quanto deletérios foram se avolumando até desaguarem nos últimos tempos, quando configurou-se, de fato, a possibilidade de mudança de guarda em Brasília. E, aí, passamos a ver que, em eleição, vale tudo, mesmo, pelo menos para a presidente e seu grupo.
     A candidata Marina Silva pôde sentir, então, o peso da ignomínia de seus ex-companheiros, entre eles a própria presidente, autora, hoje, de uma frase que simboliza seu desprezo pelo respeito o próximo, pela liturgia do cargo que ainda ocupa: “Coitadinho não pode ser presidente”, disse, referindo-se à reação magoada de sua concorrente face às agressões que vem sofrendo do PT.

     Talvez tenha razão. Pode ser que “coitadinho” – algo que Marina definitivamente não é!- não possa dirigir um país. Assim como quadrilheiros, corruptos e outros desqualificados não poderiam, mas ...

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Mais uma afronta à Nação

     Quando imaginamos que a maior parte dos nossos políticos chegou ao fundo do poço, ao lugar mais vil que poderia alcançar - nessa lastimável era de devassidão que chega aos doze anos -, eis que o Senado vem nos mostrar que sempre é possível afundar ainda mais no lamaçal.
     Com uma desfaçatez surpreendente – na verdade, nada nessa gente surpreende! -, os digníssimos senadores da base governamental que fingem investigar as bandalheiras registradas na Petrobras concluíram que não houve acordos nem preparação de perguntas para os dirigentes da estatal que depuseram na CPI teoricamente destinada a investigar a roubalheira nas refinarias de Pasadena e Abreu Lima, como imagens gravadas nos ensaios mostraram à exaustão.
     É isso mesmo. Apesar das cenas gravadas e divulgadas publicamente – cenas que não deixam a menor dúvida sobre a pilantragem -, uma comissão de senadores companheiros decidiu que não havia provas do ilícito, da afronta às instituições, das evidências do desprezo que os atuais detentores do poder dispensam à Nação.

     Nisso, sou obrigado a admitir, exibem o mesmo e indecente comportamento que vem marcando os governantes dessa ‘Era Lula’, gente que nunca sabe de nada, que se ‘surpreende’ quando jornais e revistas, principalmente, retratam os assaltos aos cofres públicos e à dignidade do país perpetrados por essa quadrilha que se instalou nos principais postos da República.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A volta de Delúbio

     O Estadão nos conta que a defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares - aquele que assumiu a culpa maior pela roubalheira no primeiro governo Lula - vai pedir a soltura de seu cliente, que cumpriria o restante da pena em liberdade. Pode ser a solução para a encruzilhada do partido, que viu o encarregado das finanças da campanha da presidente Dilma Rousseff ser apontado como responsável pela 'arrecadação' na Petrobras.
     Delúbio, solto, poderia reassumir a função na qual mergulhou com sofreguidão: arranjar dinheiro para as campanhas petistas. Dinheiro que, como ficou provado no julgamento do Mensalão, foi roubado dos cofres do País. Caso fosse descoberto, como foi no segundo maior escândalo da nossa história (o primeiro, ao que indicam os 'valores', será esse, da devastação da Petrobras), poderia repetir o gesto anterior e argumentar com um "caixa 2 que todo mundo usa".
     Com a nova constituição do STF, teria grandes chances de escapar ileso.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tudo pode piorar

     Tudo pode ficar pior, muito pior. A roubalheira na Petrobras - apenas a mais recente e duradoura dessa lastimável era sombria que se instalou no Brasil há 12 anos - é, de fato, o grande símbolo da administração petista, marcada por escândalos jamais vistos em toda a nossa história.
     A turma que está no poder inaugurou um novo patamar na arte de assaltar os cofres públicos, algo que não pode ser considerado novidade. O Brasil vem sendo espoliado desde sempre, pelos mais diversos grupos. A institucionalização da pilantragem, no entanto, deve ser creditada à companheirada.
     Trata-se de uma espécie de 'projeto de governo'. O desmonte da Petrobras é apenas o resultado de uma análise simples: era ali que estava o maior pote de ouro. Para aplainar o caminho até as riquezas, o projeto petista executou com maestria o mais completo e vergonhoso processo de aparelhamento da nossa mais empresa. Pessoas certas nos lugares exatos. E, a partir daí, os cofres estavam abertos.
     Se não fosse o imponderável, seguiríamos nessa toada de mentiras que é empurrada goela abaixo da população por um governo desastroso, corrupto, populista, mentiroso. Esse imponderável tem nome e sobrenome: Paulo Roberto Costa. Em 2005, foi Roberto Jefferson, o denunciante do esquema de compra e venda de partidos que ficou conhecido como Mensalão.
     Mas ainda pode ficar pior - e retomo o sentida da primeira frase desse texto. O projeto de poder vai além do roubo das riquezas nacionais: pretende assaltar nossa dignidade como Nação, ocupando todos os espaços. Não se contenta, 'apenas', com o Executivo e o Legislativo. Quer o Judiciário, aquele que pode coonestar a indignidade.
     O alvo maior é o Supremo Tribunal Federal, ameaçado, agora, de ter, entre seus membros, o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, um dos mais medíocres e despreparados de todos os tempos, um simples militante partidário. Já imaginaram? Podemos ter Lewandowsky, Dias Toffoli e Cardoso sob o mesmo teto, julgando a bandidagem governamental.
     O País não merece.
   

sábado, 6 de setembro de 2014

Conta mais, Paulo Roberto!

     Segundo a Veja, cuja última edição é imperdível, "em ato de campanha em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "tomará as providências cabíveis" sobre o depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça".
     Isso quer dizer o seguinte: vai dizer que não sabia de nada e acusar a mídia golpista de prejudicar sua campanha. Ela e os seus fingem desconhecer que TODAS as acusações que desabam sobre essa era lastimável da nossa vida partem de dentro do esquema, de bandidos pegos em flagrante.
     A 'mídia golpista' (boa é aquela mídia comprada) apenas cumpre com seu dever, para desespero dos amantes do controle social da informação, a velha e lastimável censura tão de agrado da turma que se diz adepta da liberdade.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Conta tudo, Paulo!!!

     Três governadores, seis senadores e duas dúzias de deputados federais, além de uma penca de partidos liderados - é evidente! - pelo PT. Segundo o que anuncia a revista Veja, todos esses elementos chafurdavam na lama que escorre dos escândalos da Petrobras, nossa maior empresa, e foram indicados à Polícia Federal pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, na delação premiada que pode assumir proporções devastadoras para a quadrilha que vem se apossando do país há 12 anos.
     Os números da roubalheira - alguns bilhões de reais!!! - têm tudo para transformar o Mensalão do Governo Lula em uma inocente vigarice. Os personagens, no entanto, fazem parte do mesmo bloco de assaltantes e orbitam na atmosfera dos criminosos condenados Pelo Supremo Tribunal Federal, a tal "quadrilha" que ameaçava as instituições e que foi apontada pelo ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.
     A se confirmarem as 'suspeitas', será ainda mais difícil para a candidata Dilma Rousseff insistir na tese do desconhecimento. Ao contrário do que aconteceu e continua acontecendo com o ex-presidente Lula, que vem conseguindo sair incólume de uma série inesgotável de 'malfeitos' graças ao seu inegável carisma, Dilma Rousseff provavelmente não resistiria a mais um mergulho do lodaçal que ameaça afogar seu governo desde os primeiros tempos.
     Lula, apesar de ter se envolvido diretamente com o esquema de roubalheira do Mensalão (estava na mesma casa e no mesmo momento, por exemplo, onde houve o repasse de R$ 6 milhões para o Partido Liberal), conseguiu ficar livre das acusações, reelegeu-se e elegeu a sucessora. A atual mandatária, entretanto, já vinha mostrando sinais irreversíveis de decadência, agravados recentemente com a entrada da ex-senadora Marina Silva na corrida presidencial.
     O sucateamento dos recursos e da dignidade da Petrobras atingiram diretamente o atual esquema de poder. As novas denúncias podem se transformar em uma enorme onda e afogar de vez o que resta de esperança no Partido dos Trabalhadores, cada vez mais identificado com 'tenebrosas transações', como diria um quase aposentado compositor.
     Conta tudo, Paulo Roberto. O País decente ficará eternamente grato.