quinta-feira, 31 de março de 2016

A gargalhada final

     Não é uma volta. Apenas uma visita. Mas acredito que absolutamente justificada, pelo simbolismo do fato abordado. Vamos ao texto sobre uma das mais eloquentes constatações de que essa lastimável era iniciada há 13 anos e três meses acabou:
     Foi muito mais do que uma prosaica risada coletiva, fruto de divergências políticas extremadas. Foi uma catarse. A gargalhada inundou a sala da Câmara, em Brasília - onde se desenrolava mais uma disputa em torno do fim desse lastimável governo -, como um tsunami. Foi estrondosa, acachapante, desmoralizante e absolutamente espontânea. A reação do plenário à afirmação da 'deputada' Jandira Feghali sobre a “honestidade” da ainda presidente Dilma Rousseff foi, no mínimo, emblemática. 
Nossa insistente presidente resiste em aceitar, mas ela e sua catastrófica passagem pelo Planalto já não têm razão de ser. A última pesquisa de opinião, divulgada há dois dias, exibiu índices devastadores: Dilma tem 82% de reprovação. A gargalhada apenas confirmou o grau de rejeição da sociedade e seu – dela, a ainda presidente – irreversível descrédito. 
     Com alguma sorte e ‘malabarismos’, um governante consegue recuperar prestígio, influência. O ex-presidente Lula é um exemplo disso. De candidato natural à cadeia, no Mensalão, reelegeu-se e elegeu sua criatura. Respeito é algo diferente. A gargalhada enterrou o pouco que restava a Dilma. Assim como o ‘pixuleco’ (o boneco vestido de presidiário) soterrou o mito do ex-presidente.