segunda-feira, 30 de março de 2015

O desespero petista

     O PT não tem jeito. Inacreditavelmente, seus dirigentes divulgaram um manifesto denunciando uma suposta ‘perseguição’, destinada a transformá-lo em ‘bode expiatório’ do caso de corrupção na Petrobras. É muito cinismo! Flagrados com as mãos imundas nos cofres públicos, mais uma vez, insistem em uma cantilena desmoralizada, que desmerece a população brasileira, por tratá-la como se fosse composta por imbecis.
     Dessa vez, no entanto, não há escapatória. Os jovens procuradores da República encarregados da apuração da roubalheira tiveram a preocupação de amarrar todas as acusações, sustentá-las com provas irrefutáveis. E o processo ainda está longe de terminar. Há muita sujeira pela frente, envolvendo diretamente o PT e seus comparsas no esbulho.
     Essa nota ‘oficial’ é uma prova inequívoca do desespero que já tomou conta do partido, ameaçado seriamente de, simplesmente, desaparecer, tragado pelo lamaçal produzido para sustentar um projeto de poder rejeitado pela imensa maioria da população brasileira, não apenas pelas 51 milhões de pessoas que votaram no derrotado candidato da Oposição no segundo turno da eleição passada.
     O PT começou a acabar, têm repetido nomes estreitamente ligados ao próprio partido. Eu complementaria dizendo que ‘já vai tarde’. O mal que esse grupo de desajustados causou ao país é incomensurável, destaque absoluto para a desmoralização do poder Legislativo, manipulado e corrompido, e para a tentativa, real, de aparelhamento da Justiça, através da imposição de ministros comprometidos com o partido, e não com a Constituição.

     Essa jogada canhestra, inspirada por algum marqueteiro de terceira divisão, tende a provocar uma reação de repúdio ainda mais forte, como os panelaços que desmoralizaram os discursos oficiais da ainda presidente e de uma parelha de ministros ‘da casa’. 
     
     

sexta-feira, 27 de março de 2015

Nomeação de risco

     O ex-gerente (ou algo que o valha ...) de Comunicações da Petrobras, chutado do cargo recentemente, responsável ela distribuição de uma montanha de dinheiro, era um militante sindical sem qualquer ligação com a área. E nem precisava: estava ali, indicado pelo ex-presidente Lula, para atender, prioritariamente, às necessidades do Governo, direcionando verbas e alimentando bolsos amigos. Uma análise dos ‘critérios’ usados na destinação de verbas publicitárias apontou enormes descalabros, inaceitáveis quando protagonizados por empresas de caráter público.
     Hoje, ficamos sabendo que o novo secretário de Comunicações do Governo - com status de ministro, não podemos esquecer! - é o tesoureiro da última campanha da presidente Dilma. Se alguém me perguntasse qual a ‘ligação’ entre as duas funções, não saberia responder. Ou sintetizaria: nenhuma. Exceto que ambos os cargos manipulam um volume enorme de dinheiro e que a ‘promoção’ parece dever-se ao sucesso na arrecadação de fundos para reeleger a presidente.
     Pelo histórico (folha corrida?) dos tesoureiros ligados ao PT, a nomeação me parece, no mínimo, arriscada. Quando estourou o escândalo da devastação na Petrobras, veio a público paralelamente a malandragem petista, de tentar transformar dinheiro roubado em doação legal, como explicaram didaticamente os procuradores encarregados da apuração do caso, ao lado da Polícia Federal.
     Um esquema desse porte, que vem funcionando há uma década, irrigando campanhas do PT e assemelhados, inevitavelmente passaria pelos olhos e ouvidos do responsável pela arrecadação de dinheiro para a principal campanha do partido. Houve, até, quem creditasse ao novo ‘ministro’ a ... digamos ... ‘criação’ do mecanismo, a partir das evidentes falhas ocorridas no Mensalão do Governo Lula, quando o roubo foi menos elaborado.
     Pode ser um ‘risco calculado’. Com a chave do cofre da milionária publicidade palaciana, o novo ministro terá ‘argumentos’ muito fortes na luta pela preservação do mandato da presidente.







terça-feira, 24 de março de 2015

Alinhados com a boçalidade

     Acredito que não estaria exagerando se afirmasse que todas – todas, mesmo – as bandeiras tidas como libertárias içadas pelos que se proclamam de ‘esquerda’ (seja lá isso o que sabemos que a nossa ‘esquerda’ é ...) são decepadas nos países e pelos personagens que essas mesmas pessoas – que se acham os únicos ‘iluminados do mundo - idolatram e reverenciam, por estupidez, ignorância ou simplesmente má-fé.
     Tem sido assim através dos anos e o exemplo cubano é o mais próximo e o que nos afeta mais diretamente. Na América, talvez não haja governo mais homofóbico, por exemplo. Embora escamoteadas ou ignoradas pelos nossos revolucionários de botequim, as notícias sobre o desterro de homossexuais conseguiam quebrar a barreira da ideologia chinfrim. Houve um momento, em especial, que Fidel Castro, ainda fisicamente capaz, mandou atirar homossexuais ao mar, em embarcações frágeis, na direção de Miami.
     Hoje, ficamos sabendo, pelo Globo, entre outros, que a Rússia desse lastimável Putin, um destrambelhado ex-agente da KGB, quer impedir que casais gays recebam ajuda da ONU, em atitude que não surpreende, pois repete comportamentos anteriores. Fenômeno ainda mais estúpido ocorre em regiões dominadas por radicais muçulmanos. Imagens recentes de homossexuais sendo atirados do alto de prédios, para gáudio de multidões, chocaram o mundo.
     Mas tanto os regimes cubano e russo quanto radicais muçulmanos costumam contar com a benevolência dos nossos ‘pensadores’ que se arvoram de esquerda. O motivo é simples: são inimigos dos Estados Unidos e da Europa decente. E os inimigos dos inimigos dessa gente são seus amigos, mesmo que bárbaros e boçais.
     Saindo do campo do preconceito, temos exemplos ainda mais evidentes de desrespeito aos mínimos princípios democráticos, oriundos de governos companheiros, como os venezuelano, argentino, boliviano e equatoriano, para ficar apenas no nosso continente. A liberdade de expressão e o contraditório, nesses paraísos do obscurantismo, são tratados como crimes e os que ousam se rebelar vivem sob a ameaça de prisão ou morte.
     A condescendência com os governantes desses arremedos de ditadura, no entanto, é enorme. Por mais estúpido que o venezuelano Nicolás Maduro seja – e ele é! -, há um silêncio cúmplice do Governo e de grande parte dos que se propõem formadores de opinião. E essa constatação vale para um bom par de regimes arbitrários e, em alguns casos, genocidas, como o coreano do norte.
     Não é de se estranhar, portanto, que essa gente que apoia o lixo mundial esteja, em termos absolutos, alinhada com os atuais donos do poder no Brasil. Para quem se cala diante de fatos como a extrema violência contra minorias e a democracia, é fácil defender assaltantes de cofres públicos.





segunda-feira, 23 de março de 2015

O obscurantismo é democrático

     Assisti hoje, meio por acaso, a uma reportagem da Globo News sobre a estúpida reação às vacinas em geral, provocada por deficiência cultural ou por atrofia ideológica. Em alguns casos, pela soma das duas. A contribuição que uma matéria sobre esse tema poderia dar à população foi diluída pela absurda necessidade de ouvir os ‘dois lados’, como se existem versões distintas e respeitáveis em temas que envolvem a aplicação da ciência.
     Não existem. Contrapor uma ‘médica homeopata’ e uma arquiteta que têm erros graves de concordância e de raciocínio lógico com um médico equilibrado e realidade é um desserviço, um ‘outroladismo’ que só explicita covardia intelectual e uma evidente determinação de ficar bem com todo mundo e, assim, ´preservar audiência.
     Reagir à vacinação, na segunda década do século 21, é algo tão extemporâneo que chega a ser agressivo, remetendo a um comportamento que poderia, até, ser entendido há um século, quando um Brasil essencialmente agrário e analfabeto ainda engatinhava na República e no fim da escravidão.
     É bem verdade que essa onda obscurantista não é exclusividade nacional, como – reconheço – mostrou a reportagem. Nos Estados Unidos, o número de crianças não-vacinadas, por opção dos pais, é assustador. Uma opção quase sempre alimentada por fundamentalistas religiosos, um mero sinônimo para ignorância, na minha ótica, ressalte-se.
     De qualquer modo, é inconcebível que um tema tão relevante seja tratado em uma ‘troca de ideias’ entre mães (a repórter e as entrevistadas), na qual cada uma dizia o que ‘achava’ do tema, despertado – hoje - pela reação isolada de alguns pais à aplicação da vacina contra o HPV em suas filhas adolescentes.
     Ao ver e ouvir – ninguém me contou! – uma ‘médica homeopata’ e uma arquiteta argumentarem sobre “interesses da indústria” para desqualificar a importância da vacinação, entendi claramente como é possível encontrar pessoas razoavelmente informadas e dignas apoiando o PT e seus asseclas, apesar da abundância de provas sobre a bandalheira. O obscurantismo também é democrático.



sábado, 21 de março de 2015

No fundo do poço

     A absurda mediocridade e a estratosférica incapacidade desse governo são inacreditáveis. Não há nada, rigorosamente nada, que seja aproveitável. Todos os indicadores imagináveis estão em queda livre e irreversível. Hoje, por exemplo, para não deixar dúvidas quanto à nossa caminhada para o fundo do poço, ficamos sabendo que o desmatamento na Amazônia praticamente triplicou nos últimos doze meses, devastando mais uma das falácias petistas, a de que zela pelo meio ambiente.
     E as únicas respostas que surgem do Planalto são produzidas no gabinete dos marqueteiros, responsáveis pelo mundo de fantasias que insistem em enfiar pela nossa garganta e no qual parece viver nossa presidente, que vê o que lhe restava de popularidade escorrer pela sarjeta, apesar da adoção do modelito verde e amarelo, apaziguador e afável que já não engana a ninguém.
     A vergonhosa pantomima do ‘pacote anticorrupção’ – uma reprodução mambembe do estratagema usado pelo ex-presidente Lula, quando ameaçado pelo escândalo do Mensalão –, dessa vez, foi um tiro no pé. A maioria esmagadora da população – e não apenas parte dela, “a elite”, como ainda insistem em dizer os fanatizados e estúpidos defensores desse modelo falido – reagiu em alto e bom som: o de panelas, buzinas, apitos e vaias.
     A mistificação, dessa vez, não colou. O esquema de corrupção elaborado nos intestinos do Governo e que vitimou a Petrobras chegou a uma dimensão tão grande que, ao que tudo indica, despertou o brasileiro do estado de letargia, de conformismo. O “eu não sabia”, repetido à exaustão por Lula e seus auxiliares diretíssimos, perdeu totalmente o sentido, desmoralizado por uma atuação primorosa da Polícia Federal, do juiz Sérgio Moro e de uma equipe de jovens procuradores.
     A população, afinal, entendeu que não se tratava de mais uma disputa política, eleitoral, como o PT e seus semelhantes insistem em repetir, esperando que essa mentira, reproduzida em escala industrial, acabe se transformando em verdade. Deu certo com Lula, que escapou da cassação que parecia irreversível. Não funcionou com Dilma, que não conta, sequer, com o apoio de seu mentor.
     O desaparecimento de Lula, aliás, não causa surpresa. A covardia em momentos complicados faz parte de seu perfil. Quando encurralado, desaparece, deixa de dar entrevistas. Fez isso durante um ano inteiro, quando foi revelada sua ligação ‘íntima’ com a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, acusada de vender facilidades e abrir portas, graças ao ‘prestígio’ que amealhou em salas e outras dependências do poder.
     Assim como afirmou ter sido “traído” no episódio do Mensalão, que hoje garante jamais ter existido, Lula não se inibe, agora, de sair de cena, temendo que sua candidatura em 2018 seja atingida por parte do lamaçal protagonizado a partir de seu governo e que só agora se tornou público.

     A presidente Dilma Rousseff vem sendo instada, nas redes sociais, a fazer um acordo de delação premiada e contar tudo o que sabe sobre Lula e o projeto de poder imaginado por ele e seus seguidores. Evidentemente é uma piada, repetida à exaustão. Mas talvez seja, de fato, o melhor caminho para nossa presidente.   

sexta-feira, 20 de março de 2015

Um encontro inaceitável

      Não há limites, de fato, para a falta de compostura do atual governo. A presença de Dilma Rousseff ao lado de João Pedro Stédile, em uma solenidade oficial, é um acinte, um desrespeito ao país, que padece também com os desmandos do MST, uma organização que, sequer, existe formalmente.
     Desesperada para reverter o estrondoso índice de rejeição a ela e a seu governo, nossa presidente mostra que, mesmo depois das eleições, é capaz de tudo, até mesmo se submeter a um ‘pito’ público de um reconhecido agitador, radical e estúpido, que manipula legiões de miseráveis.
     A não ser que ela esteja negociando o apoio do 'exercito' desse organizador de atos de vandalismo, tais como reiteradas invasões de propriedades públicas e privadas; destruição de pesquisas científicas e bloqueio de estradas.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Respeito aos fatos

     De uma vez por todas: a presidente Dilma Rousseff jamais lutou pela democracia, como anda dizendo, a ‘bordo’ do seu novo modelito verde e amarelo. Ao contrário. Ela e seu grupo pretendiam instalar aqui, no Brasil, uma ditadura comunista, a exemplo da cubana. No caminho, havia, no entanto, outra ditadura, a chefiada pelos militares que assumiram o poder a partir de abril de 1964. Simples assim. Sem vigarices retóricas.
     E não estava sozinha nesse projeto. A juventude de então (fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970), das qual eu fazia parte, estava, em sua grande maioria, engajada na reação à ditadura, que se mostrava caracteristicamente violenta, em especial a partir da edição do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, marco definitivo do arbítrio.  
     Parte, entretanto, conseguia conciliar o repúdio ao regime com uma preocupação claramente voltada para a reconquista das prerrogativas que só podem ser oferecidas em um regime democrático. De um modo geral, todos foram decisivos no processo que encerrou aquela fase lastimável da nossa vida pública, mas através de caminhos e por objetivos absolutamente distintos.
     Lula? Esse jamais teve consciência política. Fá ardoroso do general Ernesto Geisel, não contestava o regime, brigava, apenas (e já era muito, é verdade ...), por melhores salário e condições de trabalho, nas fábricas paulistas. Tanto que, segundo seu (dele, Lula) ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, trabalhou como informante do Dops, após ser preso por liderar greves. Era uma espécie de ‘Cabo Anselmo do ABC’.




Cartilha nazista

     A revelação do conteúdo do relatório da Secretaria de Comunicações sobre a crise avassaladora que aflige o Governo desnudou algumas das faces mais deletérias do esquema petista de poder. O uso de artifícios desleais e vagabundos para interferir nas redes sociais e a compra de teclados e consciências, não necessariamente nessa ordem, apenas exibem a falta de compromissos com a decência, marca mais forte desses doze anos de hegemonia do PT.
     Assim como no regime nazista, a manipulação da comunicação é fundamental e decisiva no projeto petista de perpetuação no poder. O uso de verbas públicas – nosso dinheiro! – para irrigar os cofres e bolsos de veículos e veiculadores amigos, por si só, representa uma agressão aos princípios democráticos. Agressão que chega aos limites da canalhice, quando ficamos sabendo, paralelamente, que um blog governista pagou ao ex-ministro José Dirceu a fábula de R$ 860 mil, a título de consultoria. Deve ter sido um serviço muito especial, mesmo, com um retorno proporcional à ‘satisfação’ demonstrada.
     Em qualquer lugar decente do mundo, apenas por esse deslize ético e moral, o governo já teria sido jogado na vala dos criminosos comuns. A manipulação de informações, mediante corrupção – é disso que estamos falando, mesmo que os corruptos sejam petistas ardorosos -, e/ou força é uma prática comum a ditaduras e regimes autoritários. Na Venezuela, por exemplo, o governo desse deletério Nicolás Maduro persegue jornais e emissoras de tevê e rádio que ousam desafiar a cartilha oficial, ao mesmo tempo em que recompensa regiamente os acólitos.
     Em Cuba e na Coreia do Norte, entre outros, por exemplo, não é preciso gastar. Basta aplicar a violência que impede a informação livre. Por aqui, onde vivemos num regime democrático, apesar do PT e de legendas similares, a adesão ‘não tem preço’. A máquina de propaganda, em muito assemelhada à do regime nazista, funciona ininterruptamente, financiando vigaristas e criando um mundo de fantasias absolutamente distanciado da realidade. Não por acaso, a Secom tem status de ministério e uma verba inimaginável para um país que convive com a miséria.
     Essa situação vergonhosa talvez explique a atração que o regime petista exerce sobre uma larga camada de ‘formadores de opinião’.




quarta-feira, 18 de março de 2015

O lixo político

     Não há, mesmo, limites para o estelionato retórico da companheirada: a turma acusada de assaltar os cofres da Petrobras e, ao que tudo indica, de outras empresas públicas está anunciando, com toda a pompa, um 'pacote' contra a corrupção. Um espetáculo lastimável, para quem tem 'estômago forte', o que não é meu caso. Mal consegui acompanhar algo em torno de um minuto da 'fala' do ministro da Justiça, esse inacreditável José Eduardo Cardozo, o mais medíocre entre todos os que ocuparam esse posto em todos os tempos. 
     Meu estômago começou a revirar quando esse símbolo da nulidade parabenizou a presidente Dilma pela decisão de ampliar o rigor contra os corruptos e corruptores. Mudei rapidamente de canal, mas a compulsão pelas notícias me fez voltar a tempo de ver e ouvir nossa presidente, vestida, não por acaso, com um casaco verde, reiterar sua disposição de enfrentar a roubalheira. É isso mesmo: a representante mais importante do partido que vem assaltando o país, beneficiária direta de toda a pilantragem, anunciando medidas contra a sua turma.
     Ainda afrontado por tanta desfaçatez, acompanhei a ridícula e vergonhosa refrega entre o agora ex-ministro Cid Gomes e a base de apoio ao governo para o qual ele deveria estar trabalhando. Cid Gomes, o ex-governador que usou dinheiro público para passear no exterior com a mulher e a sogra.
     Essa gente toda se merece. O país é que não merecia esse lixo político.

terça-feira, 17 de março de 2015

Esse governo morreu

     Há – ou deveria haver - um limite moral para qualquer ocupante de cargo público. No Brasil dessa lastimável e devassa era petista, acontece o contrário. A cada nova canalhice anunciada, mais os quadrilheiros que assaltam nossos cofres e dignidade se assanham e agridem nossa inteligência, com argumentos cafajestes, como os usados hoje, por exemplo, pelo deputado paulista Rui Falcão, presidente dessa sigla definitivamente atrelada ao banditismo.
     Para esse lídimo representante do estado de calamidade que afoga o país, é evidente que a população brasileira é formada por beócios, indivíduos crédulos e estúpidos, dispostos a aceitar suas explicações esfarrapadas e descoladas da realidade. Assim, depois de flagrado em uma reunião com a atual presidente e seu antecessor e mentor, o dirigente petista usou e abusou do deplorável papel de menino de recados que nem mesmo seus chefes têm coragem de assumir.
     Mas nem mesmo ele consegue sustentar o olhar quando instado a falar sobre esquema de propina institucionalizado pelo Governo, através do PT. Nega, é verdade, mas com uma expressão sórdida. E insiste na cantilena das ‘doações legais’, como se essa desculpa estropiada tivesse alguma sustentação. Finge esquecer que representantes da Justiça desmontaram inteiramente essa versão, explicando, com o auxílio de gráficos, didaticamente, como se dava a roubalheira que o PT tentou transformar em ato legal.
     “Nós só recebemos doações leais”, afirmou, sem conseguir disfarçar um incontrolável tique nervoso que o fazia parecer estar dando um sorriso. Por legal, esse representante do maior assalto já realizado em nosso país considera o dinheiro que foi depositado formalmente nas contas petistas. Um dinheiro que – hoje todo o Brasil sabe – foi roubado da Petrobras, através de conluio entre dirigentes do PT, da estatal e empreiteiros.
     Além desse desmoralizado dirigente petista, outro luminar do partido do governo apresentou-se para tentar iludir a população: o inacreditável ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Coube a ele apresentar o esboço de um projeto contra a ... corrupção. Logo ele, notório porta-voz e defensor dos quadrilheiros que se sucedem nos postos de comando desde o episódio do Mensalão do Governo Lula.

     Infelizmente para o país, não há mais volta. O governo acabou, soterrado por escândalos inimagináveis. Nossa presidente, além de vaiada estrepitosamente por onde passa, vem sendo vítima do deboche da comunidade mundial. Pode ser que agonize por mais três anos e nove meses. Mas está sepultada nesse lamaçal.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Justiça para Stédile

     Esse lastimável ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu-se com mais uma de suas vigarices retóricas, ao dizer que defende o direito a manifestações, desde que sejam pacíficas e ordeiras, numa alusão ao dia de protestos contra o Governo Dilma marcado para depois de amanhã. Como se houvesse uma predisposição ao vandalismo, apenas e tão-somente pelo fato de pessoas se unirem para exercer o direito de expressão.
     Em contrapartida, não houve uma palavra, sequer, com relação aos desatinos protagonizados por João Pedro Stédile chefe maior do MST, essa organização que vem se destacando pela prática de atos de vandalismo e terrorismo, como a recente destruição de pesquisas genéticas que vinham sendo realizadas há 15 anos.
O silêncio conivente do Governo em relação às atitudes e palavras desequilibradas e criminosas do líder ‘camponês’ e de seu ‘exército’ de seguidores flerta com a ilegalidade. Eu não me surpreendo quando o ex-presidente Lula ameaça a Nação com uma guerra civil, como fez recentemente, quando acenou com o uso do MST. Afinal, Lula, por ser absolutamente desprovido de valores, é capaz de tudo. Mas um governo não pode ser institucionalmente irresponsável.
     Os caminhoneiros que fecharam estradas recentemente, protestando contra medidas do Governo, foram tratados como insurgentes e enquadrados pelas autoridades, inclusive com o uso de força policial. Os ‘soldados de Stédile’ que invadem e destroem propriedades particulares, bloqueiam rodovias, ocupam prédios públicos, agridem funcionários e andam acintosamente armados (facões e foices são armas, sim, e não apenas ‘instrumentos de trabalho’), por sua vez, são aquinhoados com quentinhas e afagos.
     Imaginem, para efeito de comparação, o discurso de ódio desses usurpadores da dignidade nacional se os manifestantes de domingo que vem (entre os quais eu não vou estar, ressalto!) fossem às ruas portanto prosaicos canivetes suíços. ‘Qua-quás’ e assemelhados tão risíveis quanto ele invadiriam o horário nobre das tevês para denunciar golpes e golpistas.
     A grande ameaça à democracia não está no protesto de milhões de desiludidos com o atual governo, afogado em uma torrente de negociatas escusas. O risco maior à liberdade está no uso de atitudes extremistas, criminosas, que afrontam a Constituição, como as que são executadas pelo MST, black blocs e outros baderneiros da mesma laia.





quarta-feira, 11 de março de 2015

Imoralidade!

     O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, assinou seu atestado de óbito moral, ao se oferecer para integrar – presidir!!! - a turma que vai julgar a roubalheira na Petrobras, protagonizada pelo PT e seus assemelhados. Por mais medíocre que seja – chegou à mais alta Corte de Justiça mesmo tendo sido reprovado duas vezes em concursos para juiz -, espera-se um comportamento mais digno de alguém que tem a incumbência primordial de zelar pela Constituição, pelo respeito às leis e à dignidade nacionais.
     E tudo isso acontece da maneira mais inescrupulosa possível, ao mesmo tempo em que a devassidão do atual esquema de poder foi exposta ao país ao longo do depoimento público de um ex-diretor da Petrobras, em um dos espetáculos mais deprimentes da nossa história recente: um criminoso confesso apontando o dedo para seus antigos parceiros de bandalheiras, de maneira didática e inquestionável.
     Um processo tão devastador como o que atinge o país ganhou novo ingrediente, com a possibilidade de Dias Toffoli ser o responsável pela palavra/voto final no julgamento da quadrilha composta também por ex-companheiros do partido ao qual serviu como empregado. Sua atuação anterior, no julgamento do Mensalão, evidenciou a falta de isenção, a preocupação constante em trabalhar pela redução das penas, quando não pela simples absolvição dos quadrilheiros.
     A presença de Dias Toffoli no STF é um escárnio, por si só. A decisão de se oferecer para preencher a vaga em aberto na turma que vai julgar essa segunda fase do assalto institucional aos cofres da Nação é indigna. Ser recebido pela presidente Dilma Rousseff, imediatamente após, revela uma desfaçatez impensada em países que se querem respeitados, além de provar que não há limites para a falta de decência.


terça-feira, 10 de março de 2015

Impeachment será uma consequência

     Mais uma vez, não por acaso, estou mais identificado com a linha de raciocínio postulada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, especialmente quando ele defende que o impeachment da presidente Dilma não deve ser o objetivo primordial das manifestações de repúdio a esse momento tão lastimável da vida nacional. A questão é mais ampla e remete a um processo sério e decente de reforma das instituições, maior transparência no trato com a coisa pública e a pelo repúdio implacável aos esquemas de corrupção favorecidos por um modo de governar ultrapassado e que ameaça a democracia.
     O Governo e seus pares precisam saber, de maneira clara, que a sociedade não aceita mais esse modelo, montado sobre o tripé da demagogia, do populismo e da truculência, característico de países que flertam com o atraso, com a dominação da população através de benesses, e não de estímulos ao desenvolvimento, da afirmação.
     Os recorrentes escândalos que vêm marcando a vida nacional nos últimos doze anos, principalmente, são o fruto dessa árvore maldita, que germinou num campo fértil, adubado por discursos fora do tempo, que exploram a simplicidade da maior parte da população e estimulam uma deletéria divisão na sociedade, algo como “nós e eles”, como se fôssemos duas nações inimigas. Esse tipo de artifício retórico, além de injusto na forma, é vagabundo na essência.
     O impeachment, caso venha a ocorrer, deve ser a consequência de todos os processos de depuração na vida pública que estão recomeçando agora, na apuração e julgamento dessa segunda e mais ‘elaborada’ etapa do Mensalão do Governo Lula. E não o objetivo primordial, resultado do ódio ou sentimentos assemelhados. A população, no entanto, tem todo o direito de expressar seu desencanto com os atuais mandatários, desde que de forma pacífica e ordeira, como vem ocorrendo, é bom destacar.
     Ir para as ruas livremente, de maneira disciplinada e atendendo aos preceitos legais, é um direito inalienável de todos.  As reações hidrófobas do Governo e seus seguidores em nada contribuem para a concertação nacional.




sábado, 7 de março de 2015

''Fogo amigo'

     "O governo quer um sócio na lama. Só entrei para poderem colocar o Anastasia (Antônio Anastasia, PSDB-MG, senador e ex-governador)".

     "Ao Palácio do Planalto não interessava tirar ninguém da lista. O jogo do governo era: 'Quanto mais gente tiver, melhor, desde que tenha o Aécio'. Essa era a lógica do Planalto. E eles foram surpreendidos. A Dilma só soube que o Aécio estava fora na noite da terça-feira, quando o Janot entregou os nomes para o Supremo. Aí a lógica foi clara: vazar que estavam na lista Renan e Eduardo Cunha. Por quê? Porque essa é a estratégia deles. Querem sempre jogar o problema para o outro lado da rua. Foi algo dirigido."

     Duas frases extraídas de matéria de Veja, que reproduziu entrevistas do deputado Eduardo Cunha e do senador Renan Calheiros, respectivamente à Folha de São Paulo e ao portal da UOL. Expõem claramente o clima em Brasília e a enorme dificuldade que a presidente Dilma Rousseff e o PT terão para se livrar das consequências da roubalheira na Petrobras.
     E tudo ainda está começando. A ‘lista de Janot’ refere-se apenas a duas das 15 – é isso mesmo, 15!!! – delações premiadas já homologadas ou em fase de homologação. Muitos nomes ainda vão ser apontados, especialmente agora, quando as investigações começam a se desdobrar para outras empresas e/ou projetos do Governo, vítimas de assaltos semelhantes.

     Haja caixa e cargos para calar bocas e consciências - se é que elas, as consciências, existem em Brasília.

Um mágico mambembe

     Fico surpreso em ver a ‘surpresa’ com a recente e lastimável atuação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, certamente o mais medíocre de toda a história republicana. Cardozo, que tomou a iniciativa de dar uma ‘entrevista’, hoje, para defender a presidente Dilma Rousseff de qualquer envolvimento com a roubalheira na Petrobras, não tem a menor credibilidade. O país sabe que é apenas um tarefeiro petista, sem identidade própria, submisso e voluntário para exercer qualquer papel, por mais sujo e indigno que seja.
     Essa falta de personalidade, fundamental para que tenha alcançado o posto que conspurca, é antiga. Basta recorrer aos arquivos do julgamento do Mensalão, até então o maior assalto institucional aos cofres públicos. Ele estava sempre à disposição para uma entrevista, seguia os repórteres e se colocava perto de qualquer parlamentar oposicionista que, porventura, estivesse abordando o assunto. Era o ‘outro lado’ da vez, o contraponto que deve prevalecer no jornalismo, explorando uma inacreditável seriedade que jamais enxerguei nele.
     Seu antecessor petista mais famoso, o já falecido Márcio Thomaz Bastos, pelo menos, tinha um histórico jurídico, um reconhecido saber que soube explorar bem, ao defender os principais acusados pelo escândalo do Mensalão. Cardozo, ao contrário, é uma nulidade e um ator absolutamente canastrão, cheio de caras e bocas, sobrancelhas hirtas, olhares indignados. Transmite tanta veracidade quanto uma nota de três reais.
     Entre tantas mediocridades escolhidas a dedo para compor esse que talvez seja o pior Ministério de todos os tempos, merece um papel de destaque, pela subserviência e falta de compostura. É o garoto de recados, aquele que diz o que seus chefes se envergonhariam.  É uma espécie de Rui Falcão de fraque e cartola, tentando fazer mágicas vagabundas para salvar o circo mambembe em que se transformou o atual governo.

     Um ministro da Justiça que se reúne com advogados de criminosos, às escondidas, e que se ‘justifica’ de maneira cafajeste não pode ser levado a sério. É mais um símbolo da devassidão dessa era lamentável, inaugurada há doze anos.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Sem motivo para festa

     Não há motivos para comemorações. A eclética ‘lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot’, assumida pelo ministro Teori Zavascki, do STF, é mais um indicativo dessa fase lastimável da vida republicana. Há personagens para todos os matizes ideológicos. Resta, agora, aguardar que as investigações sejam feitas de maneira ampla, geral e irrestrita. Doa a quem doer. Não deve haver complacência. Esperamos que, dessa vez, cheguemos, de fato, aos chefões do crime organizado que se apoderou e conspurcou o país. É fundamental que a faxina iniciada quando do Mensalão do Governo Lula elimine da vida pública personagens que ameaçam a democracia, por palavras e atos. 

Covardia e omissão

     Tenho sido recorrente, mas acho que vale a pena insistir, para provocar reflexões. Continuo esperando alguma manifestação de repúdio – uma, ao menos!!!, de qualquer entidade representativa da tal ‘sociedade civil brasileira’ – às variadas expressões de boçalidade de governos como o venezuelano, que prima pelo mais absoluto desrespeito aos princípios democráticos.
     Esse desprezível Nicolás Maduro, fiel seguidor do ainda insepulto bufão Hugo Chávez, continua agredindo a decência, impunemente. Ou, o que é ainda mais grave, com a conivência do governo brasileiro e das várias Ongs, ordens, associações e assemelhados. Inacreditavelmente, a mesma covardia ideológica pode ser percebida em relação aos terroristas assassinos do tal Estado Islâmico.

     Depois de degolar e queimar prisioneiros, o IE vem destruindo monumentos da humanidade. Não satisfeitos, seus militantes têm se aprimorado na tarefa de atirar homossexuais do alto de prédios. Não há limites para a estupidez dessa gente, mas a ‘companheirada’ se mantém de boca e teclados fechados. Afinal, os boçais se apresentam como inimigos dos Estados Unidos. E, para essa gente omissa, o inimigo do ‘inimigo’ é um amigo, o que justificaria até mesmo a posição covarde do governo brasileiro.

O valentão pediu arrego

     O ‘valentão’ do PSOL, esse braço ainda mais destrambelhado e alucinado do PT, mostrou sua verdadeira face. Depois de investir, em público – dedo em riste! -, contra o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar a roubalheira na Petrobras, xingando-o de “moleque”, por ter ampliado a relatoria, com deputados que não fazem parte da turma companheira, pediu desculpas, em particular, e desdisse o que tinha dito. Segundo ele, que foi gravado, não xingou o presidente da CPI de moleque, e sim, de “coronel”. E mais: teria instado o colega, dizendo “não se amoleque”. Além de covarde, mentiroso.
     Segundo Veja, o valentão Já foi denunciado por quebra de decoro. É o mínimo que poderia acontecer, depois da molecagem protagonizada por ele e por outro bufão do mesmo partido, aquele que deu um empreguinho camarada para sua ex-candidata à Presidência, Luciana Genro. A companheira vai receber algo em torno de R$ 16 mil mensais para ‘coordenar’ a bancada do PSOL na Assembleia Legislativa gaúcha. Bancada formada por UM deputado.

     Essa gente se merece, mesmo. E há quem defenda.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Tudo tem a sua hora

     Embora seja um crítico assíduo e inclemente dessas lastimável era de devassidão que foi inaugurada no Brasil com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, há sofridos doze anos, acredito que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomou a decisão mais acertada, ao recomendar o arquivamento das investigações sobre a presidente Dilma Rousseff, por considerar as evidências insuficientes.
     O fato de alguém apenas citar outra pessoa, em meio a uma investigação das proporções da que vem sendo realizada pela Polícia Federal em relação ao assalto institucional à Petrobras, não implica em culpa. É preciso que as citações sejam acompanhadas por provas, especialmente no caso de um presidente. Se assim não fosse, estaríamos sempre sujeitos a manobras de eventuais descontentes, adversários raivosos e afins.
     Particularmente, acredito, sim, que não apenas Dilma Rousseff, mas todo o esquema de poder instalado no País está envolvido profundamente nesse que já é o maior escândalo da nossa história. Não é possível que Dilma e seus pares ignorassem a bandalheira que vinha sendo executada. Seria tachá-los de idiotas absolutos, o que não são. Ao contrário.
     O esquema de dilapidação da Petrobras, montado sobre um projeto de corrupção inédito, não surgiu por acaso. Foi, antes, o aperfeiçoamento do Mensalão do Governo Lula. No lugar de roubar, simplesmente, como fizeram, o PT e seus asseclas passaram a roubar de modo ‘indireto’, na tentativa de ocultar a bandalheira, usando empreiteiras como intermediárias.
     Tudo isso vem sendo claramente demonstrado, com o rigor imposto pelo juiz federal Sérgio Moro, do Paraná. E as investigações ainda não terminaram. Há novos candidatos a prêmio por delação e muito a ser desvendado. É bem provável que, ao fim, fique evidenciada a presença das digitais da presidente Dilma, especialmente pela sua ingerência na Petrobras.

     Nesse momento, sim, caberá à Justiça detonar o processo que poderá levar ao impeachment. Não creio em consequências oriundas do Congresso, dominado pelo PT e seus aliados, beneficiários maiores da canalhice. Seguindo os rumos legais, o possível afastamento desse governo estapafúrdio não provocará traumas desnecessários.

segunda-feira, 2 de março de 2015

A lei como arma

     É evidente que não tenho a menor simpatia pela presidente Dilma Rousseff, em quem não votei e em quem jamais votaria, pela extrema mediocridade. Mas respeito seu mandato, obtido democraticamente, até prova contundente em contrário. Acredito, até, que essas provas vão chegar muito em breve, a partir do desenrolar do julgamento desse escândalo de proporções jamais vistas protagonizado pelo seu – dela, é claro! – partido, o PT, e asseclas.
     Respeito o direito de manifestação da sociedade. Pedir o impeachment da presidente, com base nas tenebrosas notícias que diariamente chegam ao conhecimento da população, é um direito garantido pela Constituição, desde que realizado dentro dos parâmetros aceitáveis em uma sociedade democrática. Mas não me sinto confortável em participar de algo que, de alguma forma, possa arranhar os limites da convivência sadia entre poderes.
     O impedimento da presidente – acredito que haja evidências suficientes para que aconteça – deverá ser o resultado da manifestação política que naturalmente se seguirá ao julgamento dos responsáveis por esse esquema montado para saquear a Petrobras e favorecer os planos escabrosos de perpetuação no poder que foram desenvolvidos ao longo dos últimos doze anos dessa lastimável era de dissolução moral que se abateu no País.
     A pressão popular, nesse caso, pode ser um fator determinante. Mas não pode nem deve ser o mais importante. O afastamento de um presidente eleito democraticamente deve atender a ritos imprescindíveis, fundamentais, quase dogmáticos. Será necessário que fique comprovado efetivamente que o mandato que conquistou nas urnas foi conspurcado pela indignidade, irrigado por recursos oriundos de crimes.
     Descumprir promessas eleitorais, por mais vagabundo que o discurso possa parecer, não me parece suficiente para decisões tão extremas. As mentiras, o jogo baixo e o estelionato ideológico perpetrados pela presidente, na campanha, devem ser respondidos nas urnas. Devem ser expostos amplamente, para que a população menos informada e mais sensível à exploração de governantes inescrupulosos, como são os atuais, obtenha meios de avaliar melhor, de depurar, valorizar seu voto.

     Pessoalmente, pelas expectativas que tenho em relação ao país que será vivido pelos meus netos, torço para que tenhamos mudanças, rápidas, que abreviem essa época de trevas inaugurada pelo ex-presidente Lula, o grande responsável pela tragédia que atinge o Brasil. Mas que essas mudanças se produzam num processo constitucional, democrático, público. Será o maior antídoto ao terrorismo aventado por Lula, quando ameaçou a Nação com um exército de fancaria.