quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As bobagens de um 'coronel'

     Vocês conhecem bem aquele bufão venezuelano, um arremedo de líder, medíocre das botinas ao quepe. Nos últimos anos, Hugo Chávez, esse produto da limitação cultural da América Latina, tem nos presenteado com bobagens inomináveis. A última - e mais idiota - foi, certamente, a exumação dos restos mortais de Simón Bolivar, um dos líderes (ao lado do argentino San Martin) das lutas pela independência dos países de língua espanhola.
     O misto de ditador e coronel de opereta tentava provar que seu ídolo, que morreu em 1830, aos 47 anos, vítima de tuberculose, havia sido envenenado por inimigos colombianos, com o apoio de governos imperialistas. Foi um dos momentos mais estapafúrdios da história bananeira que marca essa tristemente limitada América Latina.
     Não contente com as sandices que vem distribuindo para todos os lados, eis que ele, um dos mais caricatos governantes atuais, acenou hoje - e Veja publica - com uma versão bem pessoal das causas dos cânceres que atingiram cinco governantes e ex-presidentes nos últimos anos, entre eles Lula e Dilma Rousseff.
     Para Chávez, que também se trata de um câncer, é possível que alguém tenha desenvolvido determinada tecnologia capaz de "induzir o surgimento da doença". Não acusou diretamente os Estados Unidos, mas lembrou uma experiência com guatemaltecos realizada pelos americanos, nos anos 1940, relacionada à sífilis.
     Não satisfeito, deixou um alerta para seus companheiros Rafael Correa, do Equador, e Evo Morales, da Bolívia. Segundo ele, os dois devem ter cuidado.
     Há quem dê risadas condescendentes: "É um imbecil". Eu não. A tolerância com a extrema mediocridade de certos dirigentes faz um mal incomensurável aos países dirigidos por eles, além de colocar o mundo premanentemente em alerta.
     Se vivo ainda fosse, provavelmente Simón Bolivar estaria lutando para libertar sua Venezuela do jugo de um dos seus mais limitados personagens de todos os tempos.

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