Mais importante do que saber que o 'farol da revolução' norte-coreana, o imberbe Kin Jong-un, foi à versão japonesa da Disney, quando criança, com um inexplicável passaporte brasileiro, é constatar que nesse estranho país oriental é possível passar o poder de pai para filho, sem interferência do povo, com base apenas em manobras de bastidores, em acordos que perpetuam a ignorância, a estupidez, a exploração e a miséria.
Passada a primeira década do século 21, constatamos que há lugares no mundo - como a Coreia do Norte - onde predominam a mais absoluta obscuridade, a mais completa espoliação e o mais descarado aviltamento dos direitos humanos. É inimaginável, mesmo para os limitados padrões culturais brasileiros, aceitar que um grupo manipule a vida de milhões de pessoas, mantidas sob condições medievais.
Não há acesso a qualquer informação que não saia das entranhas do bolorento Partido Comunista. Não há pedaço de terra mais isolado. Alguns exemplos desse manicômio em que foi transformado o país dos 'Kins' foram lembrados esta semana em programas de debate nas nossas televisões. Alguns foram apresentados como exóticos, mas não passam de melancólicos, como a certeza que os norte-coreanos têm de que o mundo gira em torno do seu miserável país.
Um país que detém o poder atômico e que mata de fome uma enorme parcela da população. Que vive pela guerra, sustentado basicamente por um anacronismo, a China, recém-convertida ao 'capitalismo' mais selvagem (Japão, Estados Unidos e até mesmo a Coreia do Sul são as outras principais fontes de recursos).
Espero que o mais novo iluminado tenha levado da Disney - mesmo a japonesa - um pouco de fantasia e alegria, sentimentos roubados de um povo alijado das conquistas mais elementares do ser humano.
Recebi dePaulo Sérgio, um amigo de longuíssima data(dos tempos dos bancos escolares da querida Escola Evangelina Duarte Baptista. Transcrevo porque dou aos seus comentários a maios importância. Eventualmente, como hoje, são elogiosos.
ResponderExcluir"Texto verdadeiramente brilhante, meu caro amigo! Parabéns."