quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ministro mostra que tem a 'força'

     Esse tal de Carlos Lupi deve ter 'bala na agulha', mesmo. A tal munição que ele, de maneira tortuosa, acenou quando surgiram as primeiras denúncias de corrupção no seu ministério, o do Trabalho. Não há outra explicação para a decisão anunciada pela presidente Dilma Rousseff, de pedir mais informações à Comissão de Ética da Presidência da República, que recomendou a demissão do seu 'auxiliar', por unanimidade.
      Eu, que certamente não sou tão 'esperto' quando a turma que está em Brasília, não tive qualquer dúvida. O ainda ministro deveria ser demitido porque não conseguiu convencer a ninguém da sua inocência em tantos casos envolvendo - digamos - uso indevido do dinheiro público. Dos convênios malandros com ONGs amigas ao 'aluguel' de um avião para fazer campanha política, passando pelos empregos públicos nos quais jamais trabalhou, mas pelos quais recebeu.
     Sua permanência, mesmo que por mais alguns dias, só reforça a teoria de que ele estava, sim, ameaçando o Governo, quando disse, há dias, que não sairia nem a tiro. Hoje, segundo O Globo, a presidente teve uma reunião com Lupi e os três ministros da 'casa': Gilberto Carvalho, (olhos ouvidos e voz de Lula no Palácio), da Secretaria-Geral; Gleisi Hoffman, da Casa Civil; e Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, seja lá isso o que for. Ficou decidido, solenemente, que nada seria decidido.
     Lupi continua ministro, contra todas as evidências e expectativas. Já a presidente, perdeu uma chance enorme de cultivar a aura (fantasiosa e irreal, diga-se) de 'inimiga dos malfeitos' que caiu no seu colo quando seus escolhidos para administrar o país começaram a ser despejados. Eu apostava na saída 'honrosa' do ministro, atropelado pela recomendação da tal Comissão. Não aconteceu. A presidente fez um jogo de cena e embarcou para a Venezuela. O sujeito é forte, mesmo.

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