quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Flagrante de um delito

     Se você ainda não viu, não pode perder. Está lá, na página on line de O Globo. Uma foto que retrata perfeitamente as indefinições e contradições do Governo Dilma Rousseff. A ministra das Relações Institucionais (???), a ex-senadora ideli Salvatti (PT-PR), da cota pessoal da presidente, em efusiva confraternização com o senador Renan Calheiro (PMDB-AL), festejando a aprovação da prorrogação da DRU até 2015, como queria o Planalto.
     Nunca - parece dizer o flagrante colhido pelo fotógrafo Renan Calheiros, um quase homônimo do senador - houve tamanha integração entre forças teoricamente tão antagônicas no campo ideológico - como se houvesse alguma ideologia nas duas casas do nosso Congresso. O senador festejado - não custa lembrar - é o mesmo que presidiu o Senado e foi alvo de escândalos pessoais e públicos.
     Por mais boa vontade que se tenha, é difícil encontrar temperos para facilitar a deglutição de cenas como essa. Especialmente, quando ela surge entre mais alguns dos graves problemas de conduta registrados ao longo dos últimos e desgastantes meses.
     Espera-se, sempre, um mínimo de decoro, principalmente quando estão em jogo interesses nacionais. A DRU (Desvinculação das Receitas da União) reveste-se dessa simbologia, pois dá ao Governo o direito de gastar uma fábula da sua arrecadação como mais bem entender. É um cheque em branco, que já deveria ter acabado, o mesmo que o PT lutou para derrubar, quando lhe convinha.
     Não cabem cenas como a exposta em O Globo. O Brasil está exigindo sobriedade dos seus administradores.

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