segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O preço das alianças pelo poder

     Eu me esforcei, mesmo, para tentar fugir, um pouco, da tentação de continuar comentando - pelo menos nesses dias festivos - a vergonhosa crise moral que envergonha o país há alguns anos. O tema, recorrente, especialmente nesse 2011 que está se despedindo, no entanto, acabou se impondo. É difícil ler uma manchete, como a de O Globo de hoje ('CGU constata desvios de R$ 1,1 bilhão em 5 ministérios'), e simplesmente não se envolver emocionalmente.
     Todos nós sabemos - alguns fingem desconhecer, ou apelam para o vagabundo "todos roubam" - que há, em curso, uma sistemática expropriação dos bens públicos, em benefício do projeto de poder dos atuais governantes e da sua 'base política', aquele tal saco de gatos ideológico que domina os vários escalões da República.
     O loteamento criminoso dos ministérios e cargos de direção nas estatais (destaque para a Petrobras) é o principal responsável pela incrível roubalheira - não há um termo que mais bem se aplique ao que acontece nessa infindável 'Era Lula' - que desmerece os quase 200 milhões de brasileiros honestos e dignos.
     Rouba-se muito, sim, e há algum tempo. Segundo a Controladoria Geral da União, as investigações preliminares já detectaram desvios de mais de R$ 1 bilhão. E o mais grave: a conta ainda não fechou, pois falta a conclusão de investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Federal.
     Para completar esse roteiro vagabundo, a CGU confirma que o assalto 'prosperou' no governo do ex-presidente Lula, marcado definitivamente pelos escândalos do Mensalão, dos 'aloprados', do dinheiro na cueca de um companheiro - premiado com uma eleição para deputado - e por outros de menos destaque, mas nem por isso menos deletérios.
     Esse, certamente, não é o retrato do Brasil que esperávamos ver nesse começo do século 21.

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