domingo, 4 de dezembro de 2011

No fim, o bandido 'morreu'

     O fim era previsível, irreversível. Nem mesmo a 'munição' acumulada nos últimos anos à frente do Ministério do Trabalho foi suficiente para salvar o falastrão Carlos Lupi do mesmo destino dos cinco outros companheiros expurgados do Governo. São seis nesse primeiro ano de mandato da presidente Dilma Roussef - uma incrível média de um a cada dois meses.
     É o preço que a presidente está pagando por ter sido obrigada - é o que fica mais evidente , a julgar pelas suas reações , ou falta de delas - a se submeter aos desígnios do esquema montado para a ocupação do poder e que a levou ao posto de maior relevância do país.
     Lupi sai culpando a "direita reacionária" e a imprensa (não necessariamente nessa ordem) pela sua demissão. Seria cômico, não fosse vergonhoso. Ele comandou o esquema de roubalheira em convênios com ONGs companheiras; ele viajou em avião de 'onguista'; ele acumulou cargos no Governo. Ele mentiu, ameaçou a presidente e zombou da opinião pública. Nessa tragicomédia, o bandido - felizmente - morreu no fim.
     Durou mais do que deveria, do que seria sensato imaginar. Sai de um lugar que jamais deveria ter ocupado, por absoluta falta de credenciais e - comprovou-se agora - de compostura.
     Cede seu lugar, sob a luz dos refletores que exibem as bandalheiras dos nossos administradores, ao ainda ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT-MG), um digno representante da casta de 'consultores' milionários, ao estilo Antonio Paloccci.
    
     A presidente Dilma Rousseff não pode - repito - perder essa chance de recuperar a dignidade do Governo, expulsando todos os entraves deixados pelo seu entecessor e, desde sempre, seu rival nas eleições de 2014.

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