segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Justiça do Cardozo

     Jamais vislumbrei algo que pudesse justificar o conceito liberal que o ministro da Justiça (???) José Eduardo Cardozo, gozava entre os vários segmentos. Sempre me pareceu furtivo, inconsistente, um tipo que jogava sempre para as câmeras, com um discurso inóquo, vazio, que nada dizia. Fazia - e eu nunca tive dúvidas - o papel de bom moço, bonachão, sempre disposto a um sorriso.
     Suas atitudes - ou falta delas - no cargo que assumiu sem o menor preparo vêm dando razão à minha antiga resistência a esse exemplar pronto e acabado da seita dos petistas dos últimos dias. Hoje, leio em O Globo que Cardozo defendeu veementente seu companheiro de militância, o ainda ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento e outras coisas.
     Para o homem que deve dar o rumo da justiça nesse país, não há "cabimento" nas denúncias. Para ele, Pimentel nada fez de errado, ao embolsar quase R$ 2 milhões para não trabalhar - dinheiro que, em última instância, vem das nossa carteiras. Para ele, seu parceiro pode continuar mentindo à vontade, como fez até agora. Leiam parte do 'argumento' do ministro boa-praça:
     - Não vi nada que pudesse macular a imagem do ministro, que é uma pessoa de uma história política intocável", disse, depois de participar da solenidade de posse da nova ministra do Supremo, Rosa Maria Weber.
     E ele fala essas coisas sem demonstrar vergonha ou ficar ruborizado.

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