quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Uma quarta-feira de muitas 'emoções'

      Foi uma quarta-feira cheia, com emoções para todos os gostos. Reuni, abaixo, algumas observações que tomei a liberdade de fazer na minha rede social. Textos pequenos, que procuram sintetizar a enorme massa de informações e fatos.

Manifestações
Não estou tripudiando (respeito quaisquer manifestações), apenas constatando: o 'protesto a favor' foi um retumbante e estrondoso fracasso. Proporcional à inacreditável taxa de aprovação do Governo Dilma, risíveis 9 por cento. Não há distribuição de sanduíche, cancelamento de aula e transporte de graça que consigam dar bom resultado.

Celso Daniel
Esse fantasma continua assombrando a cúpula petista. O assassinato do prefeito Celso Daniel é uma página absolutamente aberta. Celso foi morto, segundo seus irmãos, quando decidiu revelar o esquema petista que achacava empresários de ônibus no interior paulista. Enquanto o dinheiro ia para a 'causa', ele aceitava. Quando descobriu que também recheava bolsos e bolsas graúdos, reagiu e acabou morto. Em tempo: segundo os irmãos do prefeito, o encarregado de transportar o dinheiro roubado era o ministro Gilberto Carvalho, o ex-seminarista que trocou o amor a Deus pela devoção a Lula. Levava as sacolas no seu Fusca. 
E ainda há quem defenda essa corja.

Tropa de choque
Tropa de Dilma Rousseff na Câmara ganha um reforço peso-pesado, acostumado a 'bater forte': Pedro Paulo é 'exonerado' da secretaria que ocupava na prefeitura e assume o mandato de deputado federal. Fico aguardando manifestações de repúdio ao novo aliado petista.

Rebaixamento
Para completar o cenário desastroso, os EUA, após quase uma década, acenam com uma elevação na taxa de juros, o que certamente vai atrair novos capitais. Temos um país corrupto, falido e apontado como potencial caloteiro. Parabéns, petistas e assemelhados. Vocês estão conseguindo.
PS: Pedindo licença a meu amigo Gilberto Menezes Cortes para dar 'palpite' em uma área que é dele ...

Dilma acabou
Em síntese: Eduardo Cunha 7 a 1. Essa gente consegue levar surra até mesmo de 'cachorro morto'.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Só se fala do Cunha ...

     Os marqueteiros sempre de plantão no Palácio Alvorada merecem a bolada que ganham, aqui e – ficamos sabendo no Mensalão e agora, no Petrolão – em paraísos fiscais. Dinheiro roubado, é claro, pois a turma que está no poder há 13 anos é chegada a uma investida nos cofres públicos, como as investigações da Operação Lava Jato estão provando e comprovando.
     Não se fala em outro nome, no Brasil. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ainda e renitentemente presidente da Câmara, é o grande vilão, o inimigo número um da democracia, o ladrão por natureza, manipulador de consciências, articulador de manobras espúrias, ameaças, favorecimentos, chantagens. E se alguém tão deplorável como ele é a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, fica evidente que ela é a ‘mocinha’.
     Esse ‘raciocínio’ – empurrado goela abaixo da população diariamente – de tão pueril, chega a ser indecente. Mas vem dando certo, de algum modo. É essa manipulação de emoções, um verdadeiro estelionato retórico, o único argumento dos que se alinham a esse grupo – a tal ‘quadrilha’, a que se referiu o ex-ministro Joaquim Barbosa, quando julgava o primeiro grande escândalo da era petista, a compra de apoios e distribuição de dinheiro roubado durante o governo Lula.
     Não há dúvida de que Eduardo Cunha, pelo que apontam as investigações, é passível, sim, de cassação. Também é evidente que ele usa todos os meios à sua disposição para tentar escapar do processo que, ao fim, poderá sepultá-lo em uma cela da Papuda, ou similar.
     Mas também é evidente, cristalino, que a ainda presidente Dilma Rousseff, por atos executados durante o ofício, e que contrariam frontalmente a Lei, pode ser apeada do poder, democraticamente. E não estou me prendendo, apenas, às tais ‘pedaladas fiscais’, que afrontam a inteireza que se exige de governantes. Há, ainda, o processo referente ao uso de dinheiro roubado da Petrobras na sua – dela, Dilma – candidatura, que corre no TSE.
     Não é pouca coisa, meus caros (“não é ‘bolinho’”, diria uma amiga, não muito feliz com a divulgação das vigarices oficiais). Por muito menos -  muito menos, mesmo!!! -, o atual senador Fernando Collor foi chutado merecidamente do Palácio, num processo alimentado especialmente pelo PT, cujo candidato à presidência, Lula, fora derrotado pelo ‘caçador de marajás’, naqueles idos de 1989.
     Não houve nada sequer parecido com o Mensalão. Petrolão? Nem de longe. O grande símbolo da pilantragem colorida foi a compra de um modesto Fiat Elba com dinheiro de procedência ‘duvidosa’. Hoje, aliado de seus algozes, Collor desfila pela esplanada de Brasília a bordo de carrões dignos de um Cristiano Ronaldo e recebe toda reverência de seus novos e fraternos amigos.
     Em contrapartida, o PT, ao longo dessa quadra trágica para a história brasileira, teve um ex-presidente, dois tesoureiros e diversos deputados presos e condenados. E a lista tende a aumentar exponencialmente, com o andamento das investigações lideradas pelo determinado juiz Sérgio Moro e por uma equipe de procuradores íntegros e imbuídos do espírito de missão. Ainda há muita podridão escondida nos desvãos petistas e assemelhados, como vaticinam os investigadores.
     O senador Delcídio do Amaral, por exemplo, ainda não contou o que sua mulher quer que ele conte. O sigilo bancário e telefônico de um dos filhos de Lula só agora foi quebrado. O conteúdo de várias colaborações premiadas ainda não foi aberto, por envolverem políticos.

     Mas só se fala de Cunha. Os 'caras' da propaganda são bons, mesmo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O ranking da ignomínia

     As cenas lamentáveis a que assistimos na Câmara, antes durante e depois da ‘eleição’ dos membros da comisso de Justiça que vai julgar a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, refletem exatamente o momento político-institucional que vivemos. Talvez não tenhamos tido um conjunto de fatos tão desprezíveis na história recente da nossa principal (pela amplitude do seu alcance) Casa de ressonância de desejos, anseios e espírito da sociedade brasileira.
     Não há justificativas para o comportamento absolutamente incivilizado de dezenas de representantes do povo, sem distinção de matiz partidário, mas capitaneados – e isso ficou evidente nas imagens vergonhosas espalhadas pelo país – pelo Partido dos Trabalhadores e seus satélites. O destempero (para usar uma expressão suave, amena) da deputada gaúcha Maria do Rosário, ex-ministra e uma educadora por origem, exibe por inteiro o nível rasteiro da nossa representação.
     Gritos, xingamentos, agressões físicas e uma inusitada ocupação das cabines de votação por partidários da tropa de choque (alguns são da turma do cheque) governamental deram a dimensão do abismo institucional no qual estamos sendo jogados. Não há debates de ideias ou projetos. Há apenas e tão-somente uma exibição espúria de violência, ignorância, intolerância e desrespeito às instituições, entregues ao comando de desqualificados políticos, como os responsáveis pela gestão dos três poderes.
     O que poderíamos esperar de um Congresso liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)? E de um Supremo Tribunal Federal aparelhado partidariamente, que tem no topo alguém como o ministro Ricardo Lewandowski, que sequer pode dar um passeio em um shopping? E, quase acima de todos (não podemos esquecer a presença ignominiosa do ex-presidente Lula), pairando num mundo irreal (surreal, talvez), a presidente da República, Dilma Rousseff, uma catástrofe ambulante, um tsunami de incoerências, motivo de chacota no mundo, incapaz de articular pensamentos simples, quanto mais um projeto de país.
     País que, por conta da obsessão desenfreada pelo poder, a qualquer custo, de petistas e assemelhados, vive momentos incontroláveis, de insegurança institucional. A possibilidade de impeachment da presidente é apenas um símbolo dessa quadra de desatinos, marcada pelos maiores escândalos da história republicana brasileira, em todos os níveis administrativos, em todos os patamares públicos e privados.
     Não por acaso, estamos, nós, o Brasil, participando de uma espécie de ‘olimpíada’ da vergonha, como retrata, hoje, o jornal O Estado de São Paulo. O estratosférico escândalo na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, está entre os finalistas do concurso promovido pela Transparência Internacional – entidade que combate a corrupção no planeta – e que vai escolher o maior deles, o mais simbólico, o de maior repercussão, o mais canalha.

     É nesse ranking da ignomínia que fomos jogados pelo esquema que se apossou do poder há 13 anos, democraticamente, é verdade. E que, desde então, vem agindo sistematicamente para construir um projeto de eternização, financiado pelos saques aos cofres públicos, energizado pelo achaque a grandes empreiteiras. Um projeto que, ao fim, visa a devastar as recentes e ainda tênues conquistas dessa mesma democracia.

Os dez mais desprezíveis de 2015

     Alguns já poderiam estar entre os superiores a todos, os ‘hors concours’. Mas ainda não consigo desmerecer o esforço realizado por ‘ele’ e por ‘ela’, criador e criatura, ao longo dos tempos. Pela consistência e perseverança, Luiz Eduardo Cardozo e José Dirceu, por exemplo, talvez já tenham conquistado o direito de constar, para sempre, na minha relação perpétua dos ‘políticos brasileiros mais desprezíveis do ano’.  Admito que estão bem cotados, desde já, para a lista de 2016. Por ora, acredito que seja uma seleção justa, com poucas surpresas. 
     Sei que há dezenas de outros com qualidades para estar entre os piores, mas me obriguei a ser ‘seletivo’.  Aí vai, como nos últimos anos, minha lista dos dez mais desprezíveis. Parabéns a todos. E um aviso: cuidado com o ‘japonês’!
Os eleitos de 2015
Aldo Rebelo
Edinho Silva
Eduardo Cunha
Fernando Pimentel
Jaques Wagner
José Eduardo Cardozo
José Dirceu
José Guimarães
Maria do Rosário
Ricardo Lewandowsky
Menções ‘honrosas’
Aloísio Mercadante
Ciro Gomes
Delcídio do Amaral
Humberto Costa
Jean Willys
Lindberg Farias
Luís Inácio Adans
Miguel Rossetto
Patruz Ananias
Ricardo Berzoíni
Hors concours
Luiz Inácio Lula da Silva
Dilma Rousseff








quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O despertar da paixão. Ou 'À mestra, com carinho'

     Não posso jurar que ela era tão bonita quanto a atriz Paola de Oliveira, que representa uma jovem professora que desperta no aluno-menino a primeira paixão ('Uma professora maluquinha', filmado em Minas Gerais). Talvez não fosse tão alta, tão definida fisicamente. Tão' exuberante'. Eram outros tempos, outros padrões. 
     Mas ainda lembro que era muito jovem, absoluta e totalmente doce, encantadora e, aos meus olhos, a mulher mais linda do mundo. Aos nove anos, me descobri perdidamente apaixonado por ela. Uma paixão daqueles tempos, segunda metade da década de 1950. Pura e total. De garoto que começa a se descobrir homem.
     Tão devotado eu era, que cheguei a adoecer de paixão. De um dia para o outro, Dona Maria Augusta - "é Augusta e é Maria, nomes santos", declamei para ela, na festa que a direção da Escola Municipal Evangelina Duarte Batista, em Marechal Hermes, preparou no dia do seu aniversário - não mais me olhou com os olhos que me encantavam e faziam meu coração disparar, sem que eu soubesse bem o motivo.
     Estava claramente distante, monossilábica - eu ainda não sabia bem o que seria isso, mas já sentia os efeitos da secura dos 'sins' e dos 'nãos'. "O que será que eu fiz?", me consumia, tentando descobrir um ato ou uma palavra que tivesse causado aquele corte brusco, aquele rompimento. 
     Fiquei abatido, não comia direito, relutava em sair de casa para ir à escola. Foram dias de intenso sofrimento para um menino avassaladoramente apaixonado. A dor era tão grande e devastadora que minha mãe, preocupada, quis saber o que estava acontecendo. Desabafei, não a paixão (por timidez, ou por não ter a noção exata do que sentia), mas o sofrimento que o distanciamento compulsório estava me causando. 
     Dona Dalva não pensou duas vezes. Seu filho estava sofrendo, ela sentia. Trocou de roupa e cruzou os cinco ou seis quarteirões que separavam nossa casa da escola. Pediu para conversar com minha professora. Tinha uns assuntos para resolver. Maria Augusta não negou que estivesse aborrecida comigo. Ao contrário. Estava, sim. Um aborrecimento que vinha do que ela classificou como decepção por uma atitude que eu teria tomado, dias antes.
     Confrontado, com o restante da garotada da turma, após uma demonstração de bagunça generalizada num período em que ela saíra de sala, eu teria negado ter feito alguma coisa que ela pressupunha que eu fizera (acho que era pular por cima das carteiras, ou algo parecido). Ela esperava que eu - assim como outros fizeram - confirmasse o delito, enfrentasse as consequências dos meus atos. Especialmente eu, o primeiro aluno da classe, peito repleto das medalhas que nessa época eram distribuídas mensalmente, no começo de cada mês, na frente de todos os alunos e pais, no pátio interno da escola. Ficou claro que eu não havia atendido às suas expectativas e isso a magoara muito.
     Até hoje, passados quase 60 anos, não sei se me omiti. Não sei se tive medo de enfrentar o castigo, a cobrança. Ainda não consigo - ao 'recuperar' as imagens daquele dia específico - me ver pulando em cima de uma carteira, o que seria absolutamente normal, em se tratando de crianças. Certamente participei da bagunça, mas não daquele modo específico. Volto no tempo e ainda não me vejo culpado. Não menti, quero continuar acreditando.
     Aos poucos, Maria Augusta deu sinais de me ter perdoado. Aos meus olhos, seus olhos diziam que tudo havia voltado ao normal entre nós. Eu já podia sonhar que era, de novo, correspondido. Naquele momento, não havia dúvidas quanto à essência dos últimos versos do tal poema que declamei no seu aniversário: "Seria um doce encanto, com ela, a vida toda aprender".


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Reservas imorais

     Os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, a cada minuto em que desonram a Justiça brasileira, com sua subserviência e postura profissional indigna, poderiam exigir, sem favor algum, o título de ‘reservas imorais do país’, seguidos de perto por outros companheiros de toga, pouco menos lastimáveis.
     Os dois, levados à mais alta corte do país pela promiscuidade com o PT e suas lideranças, em especial o ex-presidente Lula e seu fiel escudeiro José Dirceu, cumprem à risca a tarefa partidária a que se propuseram: defender a quadrilha que vem assaltando os cofres públicos há vergonhosos 12 anos e dez meses.
     São personagens nefastos de um dos momentos mais nebulosos da nossa história, instrumentos do projeto de poder petista, que passa pelo aparelhamento e controle do único poder que ainda dava mostras de relativa independência e dignidade.
     Um deles, o atual presidente da Corte, esmerou-se, durante o julgamento do Mensalão do Governo Lula, na manipulação de fatos. Tanto fez, ao vivo e a cores, que conquistou a repulsa da população e mal consegue, ainda hoje, frequentar locais públicos. É visto, graças à sua conduta oblíqua, como nada mais do que o indicado de Dona Marisa, a ex-primeira dama que sustentou sua indicação. É isso mesmo: Lewandowski chegou ao STF pelas mãos de de Dona Marisa.
     O outro, o ex-carregador de pastas do PT (era o secretário de José Dirceu e advogado encarregado de defender o partido, quando acusado de maracutaias), é uma espécie de ‘ET do STF’, o único que sequer conseguiu ser aprovado em um concurso para juiz (na verdade, foi reprovado em dois). Seus votos, sob qualquer circunstância, seguem um roteiro absolutamente previsível e deixam claro que ele está ali para cumprir uma tarefa, cumprir o que seus mestres mandam. Com um agravante terrível: é, paralelamente, o presidente do Superior Tribunal Eleitoral.
     A ligeireza com que manipulam os processos contra seus parceiros e correligionários ultrapassa qualquer parâmetro. Por uma infeliz e perigosíssima conjunção, Lula e sua criatura têm tido a chance de montar o Tribunal dos sonhos de qualquer grupo que almeja assaltar o poder por meios teoricamente legais. Teóricos queridinhos da turba que assaltou a Petrobras e outras empresas já traçaram esse roteiro há algum tempo.

Se há democracia, vamos usá-la para acabar com ela, parecem nos dizer, a cada momento. Os exemplos recentes estão ao nosso lado. Essa gente não contava, entretanto, com a determinação de um juiz e de um grupo de procuradores, absolutamente íntegros e infensos às pressões palacianas.  
     Não será fácil, dessa vez, mesmo usando todos os artifícios vagabundos à disposição, explicar à sociedade que meros assaltantes, corruptos e corruptores, poderão sair ilesos, mais uma vez. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Um discurso insensato

“Além das críticas a Mercadante, o ex-presidente centrou fogo em outro ministro petista, José Eduardo Cardozo (Justiça). O ex-presidente repetiu que ele perdeu o controle sobre a Polícia Federal e sobre as informações relacionadas à Operação Lava-Jato”.

     Esse trecho foi extraído de reportagem de O Globo sobre um encontro realizado hoje entre a ainda presidente Dilma Rousseff e seu antecessor e criador, Luiz Inácio Lula da Silva, certamente o personagem mais nefasto de toda a história política brasileira, em todos os tempos. E foi escolhido por mim por ser – a meu julgamento – emblemático.
     É o que eu classifico como exemplar e definitivo sobre a ausência de caráter público de alguém que conspurcou indelevelmente o maior cargo da República, estabelecendo o padrão de assalto aos cofres públicos que, iniciado no Mensalão, evoluiu para a espoliação da Petrobras, devastada pela saga petista em busca da eternização no poder.
     Esse personagem público abjeto, desprovido de superego, não se envergonha de criticar o lastimável ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não pela sua – dele, Cardozo – absoluta incapacidade para o cargo, mas pelo fato de ele não ter – vejam a que ponto chega a insensatez de Lula! – ‘controlado’ a Polícia Federal e evitado a divulgação republicana dos fatos escabrosos referentes à roubalheira petista. Como se as instituições estivessem a serviço de partidos políticos, e não da Nação.
     Mas é assim que esse grupo desqualificado pensa e age, na tentativa de transformar o país em uma república sindicalista bananeira, na qual vale tudo – como enfatizou a própria ainda presidente pouco antes da última eleição – para conquistar o poder e, em especial, as enormes vantagens oriundas desse mesmo poder. Vantagens ‘políticas’ (assim, como aspas) e – como a Operação Lava-Jato tem demonstrado – pessoais.
     Lula – e o desnudamento de sua atuação ao longo das últimas décadas evidencia isso – está perto de encerrar seu percurso político. Do mito criado por uma elite ‘intelectual’ obcecada pelo controle do país, pouco ainda resta de pé. A cada semana de investigações, depoimentos, colaborações premiadas, mais próximo fica o fim dessa era lamentável da vida brasileira.

     Torço para que o desfecho seja o mais rápido possível, absolutamente dentro da lei. Que a quadrilha que se locupletou ao longo dos últimos anos sucumba ao rigor da legislação. E que o Brasil consiga se reinventar após essa tragédia que já dura quase treze anos. 

sábado, 15 de agosto de 2015

O fim da impunidade

     Pode ser apenas uma esperança, um sonho, um presente há muito esperado. Mas eu quase aposto que a prisão do ex-presidente Lula está muito próxima. Tudo se encaminha, afinal, para o resgate da verdade e da dignidade nacional. Basta ler as notícias que surgem em abundância, de todas as partes, nos mais diversos veículos de comunicação. A canalhice dos acordos espúrios, as negociatas escandalosas, o uso da máquina estatal para beneficiar asseclas e o mais rasteiro enriquecimeto ilícito, pessoal e familiar, não deixam outro caminho para a Justiça, exceto o encarceramento do personagem mais nefasto da vida pública nacional, em todos os tempos.
     O homem que conspurcou o mais alto posto da Nação não pode sair ileso, mais uma vez, como se todo o mal dessa lastimável era de trevas pudesse ser atribuído, apenas, ao ex-ministro José Dirceu e a um par de figurantes de menor protagonismo. Basta acompanhar o noticiário, com um mínimo de isenção, para concluir que a prisão e a posterior condenação de Lula são uma exigência moral. O País precisa se redimir e se afirmar como um ente de respeito no mundo.
     Hoje, a redenção nacional passa inexoravelmente pela punição exemplar dessa quadrilha que se instalou no poder e que vem fazendo tudo - literalmente tudo - para se eternizar no comando. O verbo no presente não é apenas retórico. Flagrados no mais deplorável esquema de assalto aos cofres públicos, enlameados, execrados, repudiados pela maioria absoluta da população, continuam tramando, comprando consciências e teclados, ameaçando, criando um clima de confronto inaceitável, tentando dividir o país utilizando o lastimável apelo ao 'nós e eles'.
     O impeachment da presidente Dilma Rousseff, se vier, como esperado, será apenas um componente a mais desse grande reencontro do Brasil com ele mesmo. Um reencontro que deve passar pela Justiça.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Pelo fim de uma tragédia

     Se alguém minimamente decente ainda tinha alguma dúvida quanto à enorme ameaça à democracia e à dignidade do país, representada por esse grupo que tomou de assalto o poder há doze anos, sete meses e quatorze dias, acredito que já não tenha. Pelo menos para isso – para dissipar qualquer resquício de inibição em relação à expectativa sobre o fim dessa era trágica da nossa história – serviram as recentes declarações de dois energúmenos, os presidentes da CUT, um tal de Wagner Freitas, e da Venezuela, o estúpido aprendiz de ditador Nicolás Maduro, em ‘defesa’ do desastrado e corrupto governo Dilma Rousseff.
     O caso do pelego da CUT, nada mais do que o braço sindical do PT, beirou a insanidade e exibiu claramente a fisionomia fascista que impera nesses grupos que dão sustentação ao projeto de poder desenvolvido pelo partido governista. A ameaça de armar exércitos de ‘trabalhadores’ e tomar as ruas, por si só, constitui-se em crime. Crime que já havia sido anunciado antes, pelo desqualificado que coordena o MST, um movimento responsável por atos que poderiam ser enquadrados facilmente na Lei de Segurança Nacional, por terroristas (invasões, assassinatos, destruição de propriedades privadas e públicas).
     O governo, corroído pelos maiores escândalos da história moderna mundial, sabe que acabou, mesmo que consiga se arrastar melancolicamente por mais algum tempo. A cada etapa da Operação Lava-Jato, menores a credibilidade e o apoio. Esse grupo – seria injusto focar apenas na figura patética da presidente -  é alvo da maior taxa de rejeição de todos os tempos. Dilma Rousseff, refém de sua constrangedora mediocridade, já não governa há muito tempo. Apenas equilibra-se no trono, escorando-se no resto de popularidade de seu mentor, o ex-presidente Lula, e na voluptuosa troca de favores e cargos com expoentes do que seria sua ‘base política’.
     Essa última tentativa de mostrar poder – estimulada, é evidente, pelas suas mais recentes canastrices (“Envergo mas não quebro”, “Tenho a legitimidade dos votos” e assemelhadas) – exibiu, apenas o grau de desespero que toma conta de todos que gravitam em torno do Palácio e que, direta e indiretamente, vêm locupletando-se das investidas vagabundas nos cofres das Nação.

     As ameaças, internas e externas, acredito, darão ainda mais combustível para a explosão de insatisfação que deve sacudir o país dia 16. Essa gente já era. Torço para que o Brasil consiga se recuperar dessa quadra trágica, colocando, num futuro próximo, seus responsáveis no devido lugar na história. Hoje, o que esse grupo merece, mesmo, é ir para a cadeia.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O momento de decisão

     A desfaçatez com que os atuais donos do poder tratam o desencanto da Nação não tem parâmetros na nossa história. Esmagados sob o peso de uma década de mentiras, subornos, assaltos aos cofres públicos e desprezo aos mais elementares padrões de comportamento, governantes e seus acólitos tentam, mais uma vez, manipular os fatos, transformando seus pecados mortais em veniais.
Não há desculpas para a devastação institucional da Petrobras, um patrimônio do país colocado a serviço dos interesses ‘políticos’ e bolsos particulares de uma quadrilha indiscutivelmente formatada e dirigida pelo esquema que dá sustentação ao deplorável projeto de poder petista, alicerçado na compra e venda de apoios, na distribuição de benesses, na dilapidação moral das instituições.
     Vivemos o momento mais vergonhoso da nossa história recente. Um governo desastroso, incapaz, que se sustenta apelando para os golpes baixos imaginados pelos magos da empulhação que há doze anos tiram coelhos da cartola, exercendo ao extremo sua capacidade ilusionista.
Num cenário repleto de personagens deletérios, todos, em algum momento, cúmplices do estelionato protagonizado pelo grupo encastelado em Brasília, a mágica da vez é a mais simplória de todas: eleger um inimigo comum para chamar de seu. E ninguém poderia ocupar esse lugar com mais desenvoltura do que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
     De quebra, a velha cantilena de que “eles”, golpistas, (na verdade, todos nós, maioria absoluta da população brasileira) querem o mal do país, só pensam em si mesmos. Paralelamente, meia dúzia de expressões que não significam absolutamente nada, como a tal ‘agenda positiva’, ou ‘propositiva’. Como se tudo que vem acontecendo no país não fosse culpa exclusiva do somatório da extrema incompetência com a devastadora cupidez companheiras.
     Se pudessem – e não podem!!! -, petistas e afins teriam sufocado todas as investigações que vêm expondo as vísceras desse esquema pútrido, desde o agora ‘simplório’ Mensalão do Governo Lula. Essa é única e insofismável verdade. Tudo o mais que surge no entorno desse catastrófico grupo de assalto ao poder não passa de vigarice retórica, empulhação. Uma grande e vagabunda aposta na eventual simplicidade da população, que estaria sempre disponível para ser manobrada, manipulada, comprada.

     Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor, Michel Temer e assemelhados são apenas e tão-somente peões nesse jogo que vem sendo travado. O verdadeiro protagonista é a patológica ambição de poder liderada pelo ex-presidente Lula, o mais medíocre de todos, em todos os tempos. E só há um caminho para livrar o país dessa geração deletéria: a Justiça. O Brasil precisa enfrentar esse desafio e dar um basta à impunidade, colocando no ostracismo e na cadeia todos os responsáveis por essa quadra lastimável da nossa vida. Todos, sem exceção. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Linchamento covarde

     Não conheço pessoalmente o outro repórter. Conheço Leslie Leitão, filho de um amigo que nos deixou há pouco tempo. Conheço Leslie desde menino, quando começou no jonalismo, na primeira equipe do jornal Lance!, ao lado de minha filha mais velha. De lá para cá, o jornalismo investigativo e corajoso ganhou um profissional diferenciado, autor de reportagens que marcaram os veículos por onde passou. 
     Pode ser - todos os que fazem jornalismo sabem disso, ou deveriam saber! - que ele tenha sido envolvido por alguma trama, por alguém com interesses escusos. Pode ser que tenha sido levado a alguma conclusão equivocada. Estou me referindo à denúncia sobre uma conta milionária do senador Romário, em um banco suíço. Ainda acho que não. O tal 'carimbo' de 'falso', no documento, é, ele mesmo, falso. O importante, no entanto, é que Leslie jamais agiria de má fé, tenho absoluta certeza. 
     O linchamento que o vem vitimando, por parte de alguns 'jornalistas', em especial, deve-se ao fato de ele trabalhar na Veja, a inimiga número 1 dos canalhas que assaltam o país há pouco mais de uma década. Através dele, pretendem atingir a Veja e a todos os que têm coragem de apontar o dedo para a nojeira que transborda do Palácio do Planalto e adjacências.
     

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Os indignos

     "Sobre o encontro da presidente Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, em Portugal, no início do mês, Cardozo disse que o episódio foi algo "absolutamente normal". Segundo ele, a reunião foi marcada na cidade do Porto porque esse era o melhor local, dada a agenda cheia tanto de Dilma quanto de Lewandowski e do próprio ministro da Justiça. O ministro negou que a operação Lava Jato tenha sido tema do encontro".

     Esse trecho, extraído da matéria de Veja sobre o 'depoimento' do mais lastimável e medíocre ministro da Justiça de todos os tempos, José Eduardo Cardozo, exibe definitivamente o que essa gente pensa de nós. É o retrato do desprezo que essa 'turma' sente pela verdade, pela dignidade, pela lógica, pela decência.
     Vivemos, nos últimos 13 anos, o mais deplorável momento da nossa história democrática. Algo impensável em um país que se pretende digno. Só mesmo em uma situação excepcional como a atual seria possível imaginar essa conjunção de desastres, de personagens amorais, entre os quais desponta o ministro da Justiça, um serviçal do partido que nos desgoverna.
     Esse ser desprezível, que se destacou especialmente na defesa da quadrilha do Mensalão do Governo Lula, especializou-se em desonrar os cargos nos quais é investido. Com a desfaçatez própria dos desprovidos de retidão, tem a ousadia de afirmar coisas como a que reproduzi acima, em um depoimento oficial, formal, no Congreso, perante a Nação.
     A cada dia, a cada declaração vagabunda, a cada ação deletéria, mais fica evidente o estratosférico desrespeito que os atuais detentores do poder sentem pela população, tratada como estúpida, incapaz de discernir. Essa, aliás, sempre foi a grande aposta desses bandoleiros que vêm assaltando os cofres e a dignidade públicos.
     Flagrados em um encontro marcado pela canalhice - pois secreto, às escondidas, fora do país -, três dos mais significativos representantes do Poder (a presidente Dilma Rousseff, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Justiça) asseguram que tudo foi muito inocente, que não tocaram uma vez sequer nos desdobramentos da Operação lava-Jato, o assunto mais importante do País nesse momento e que pode, sim!, redundar no impedimento da atual governante.
     Em qualquer país do mundo decente - classificação que exclui, de imediato Venezuela, Cuba, Coreia do Norte e assemelhados -, os três protagonistas dessa pilantragem já teriam sido escorraçados da vida pública. Na China, talvez fossem fuzilados, pela mais absoluta falta de dignidade, crime tão hediondo, para representantes públicos, quanto os mais indignos cometidos pelos mais sórdidos seres humanos.
     O Brasil não merecia sofrer nas mãos dessa corja.
   


terça-feira, 30 de junho de 2015

Um grupo sórdido

     A preocupação dessa 'gente' é pegar quem faz o vazamento das denúncias (delações) premiadas sobre o devastador esquema de corrupção que assola o país, atacar quem delata, e não os criminosos, os personagens dessa página deplorável da história brasileira. Vagabundos, ladrões, corruptos e corruptores se acham no 'direito' de apontar o dedo sujo para os que ajudam (divulgando ou delatando) o país a entender o mecanismo salafrário instituído formalmente pelos atuais detentores do poder.
     Não há, entre os canalhas que vêm assaltando os cofres públicos nos últimos 12 anos, qualquer resquício de arrependimento, vergonha. Ao contrário. Flagrados no mais tenebroso caso de achaque à dignidade nacional de todos os tempos, acenam com uma caça aos 'vazadores de notícias'. É assim que agem o PT e seus asseclas, liderados pelo ex-presidente Lula, o mais nefasto político desde os tempos de Mem de Sá.
     A tática, desprezível, é típica de salafrários. Sem respostas para a torrente de evidências sobre o banditismo institucionalizado entre nós a partir da chegada de Lula ao poder (antes, os crimes eram localizados, como a extorsão de empresários de transporte coletivo no interior paulista), miram suas baterias para um juiz corajoso e imune a pressões e para a tropa da Polícia Federal, como se ela,a PF, estivesse a serviço dos poderosos de plantão.
     A movimentação do ex-presidente Lula, o mais medíocre, ignorante e amoral político em atividade, e as lamentáveis declarações da atual presidente, Dilma Rousseff, resvalam no estelionato ideológico, na tentativa de estupidificação da população, na falsidade. Nossa presidente, simplória e despreparada para qualquer atividade que requeira um mínimo de sensibilidade intelectual, nos envergonha a cada fala estúpida, a cada divagação incoerente.
     Constantemente me questiono sobre o fenômeno que ungiu Dilma Rousseff de um poder e de uma importância absolutamente incompatíveis com sua qualificação. Sabemos que a aposta do ex-presidente Lula (aposta num 'poste') visava à sua própria ambição pessoal de retornar ao poder em seguida ao primeiro mandato da sua criatura. Assim como não temos dúvida quanto aos interesses escusos da quadrilha que se perfilou ao seu - dela, Dilma - lado.
     O que mais me surpreende, entretanto, é ver que ainda há uma grande parcela de pessoas com razoável discernimento apoiando e/ou defendendo esse esquema de devastação financeira e moral protagonizado pelo PT e seus satélites. O país, em algum momento, vai cobrar a fatura dessa conivência indecorosa entre quadrilheiros no poder e segmentos da população que insistem na defesa do indefensável projeto de poder de um grupo sórdido.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Lula, apenas mais do mesmo ...

Vou quebrar, hoje, o período sabático que me concedi e volto ao ‘Marco no Blog’ para reforçar uma convicção antiga, sobre Luiz Inácio Lula da Silva, o mais nefasto personagem da vida pública brasileira em todos os tempos. Mais do que qualquer ditador ou falsário, de quem jamais esperávamos muito. Fernando Collor de Melo, por exemplo, não me surpreendeu. Lula, sim.
Não o Lula dos últimos 20 anos, que já não me iludia. Mas o de 1989, minha opção em uma eleição emblemática e que eu, apesar das restrições (não foi minha escolha no primeiro turno), acreditava ser capaz de ajudar a mudar o país, encaminhá-lo no trilho da decência, ameaçada (e enxovalhada, em seguida) por um escroque político. O tempo mostrou que os alertas que já soavam, então, encorparam. Caros, o ex-presidente Lula faz, hoje, o que sempre fez na vida.
Não tem e jamais teve consideração ou respeito honesto por qualquer pessoa, exceto – talvez – por sua mãe, cuja imagem, no entanto, ainda costuma explorar na montagem de seu personagem. Na primeira oportunidade, atira o companheiro de todo sempre no abismo da ignomínia, com a desfaçatez que marca sua absoluta falta de caráter.
Foi assim com os companheiros mensaleiros, aos quais acusou, num primeiro momento, de traidores. Nada fez para resguardar a imagem de seu mais fiel aliado, José Dirceu, que acabou na cadeia por crimes que, certamente, não cometeu sem a aquiescência de seu superior imediato.
Com a mesma ausência de dignidade, apontou o dedo acusador sobre parceiros flagrados na obscura preparação de dossiês falsos sobre adversários políticos. ”São uns aloprados”, não se envergonhou de acusar, mesmo sabendo que o ato criminoso tinha como objetivo ajuda-lo e ao PT no projeto de perpetuação no poder, a qualquer preço (desde que pago pelos contribuintes, é claro).
Também deixou à deriva sua ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e tripudiou sobre as cinzas políticas de sua antiga adoradora, a senadora Marta Suplicy. Sempre que se vê acuado, como no tenebroso caso que o envolveu com as falcatruas de sua ‘companheira’ de viagens pagas pelo Tesouro Nacional, Rosemary Noronha, foge de confrontos e só fala em ambientes favoráveis, sabendo que não será inquirido.
Não dá entrevistas há, pelo menos, dois anos. Discursa, manda recados, sabendo-se protegido das inconveniências de uma coletiva livre. Os ataques à lastimável presidente Dilma Rousseff, sua criatura, apenas reforçam seu desvio de caráter. Como um comandante covarde, é sempre o primeiro a abandonar o navio quando ameaça adernar.
Venho escrevendo isso há alguns anos: o ex-presidente Lula é, para mim, o exemplo mais bem acabado de um homem sem superego (psicopatia) e, portanto, desprovido de valores morais. Não fosse assim, como explicar não apenas seu presente, mas um passado recheado de fatos absolutamente condenáveis e inexplicavelmente ignorados ou relevados?

Ainda é cedo para comemorar, mas tudo indica que, afinal, o Brasil começa a se livrar desse personagem que vem conspurcando a vida pública impunemente. Até agora, pelo menos.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Um período 'sabático'

     Venho falando (mal, sempre muito mal ...) do ex-presidente Lula e de tudo o que ele representa de nefasto há alguns anos. Em determinado momento, houve, até, um bloqueio das minhas 'chamadas' para o 'O Marco no Blog'. Hoje, constato que há uma generalização quanto ao desastroso protagonismo do ex-presidente. O Brasil, aos poucos, está aprendendo que esse personagem foi o mais deletério da nossa história recente. 
     Quanto ao Blog: eu me permiti um período 'sabático', sem data para acabar, em respeito à minha paz de espírito. Quero agradecer a todos que tiveram a paciência e a gentileza de acompanhar meus textos durante esse período. O desenrolar do Petrolão pode (deve?) renovar a minha compulsão para participar, de algum modo, na vida do nosso país. A impunidade desse grupo que desmoralizou a política, por exemplo, seria um combustível de 'peso'. 

sábado, 25 de abril de 2015

A caminho do cadafalso

     Parece – infelizmente, apenas parece, mas já é um alento – que, afinal, a blindagem em torno do ex-presidente Lula começa a ser destroçada, no rastro dos últimos escândalos envolvendo o Partido dos Trabalhadores, em especial o assalto aos cofres da Petrobras. Se o país estiver, de fato, começando a dar a volta por cima dessa fase lastimável da vida pública, é bem provável que esse processo leve ao sepultamento político de um dos mais nefastos exemplares de demagogo, populista e estelionatário ideológico já surgidos ao longo de todos os nossos tempos.
     A grande janela que se abre para passar a limpo nossa história recente passa pelas investigações resultantes da Operação Lava-Jato. Como nos antecipa a revista Veja que chegou hoje às bancas, um dos grandes empresários presos estaria a ponto de formalizar denúncias que já alinhavou em uma espécie de caderno de memórias que vem sendo escrito na cadeia e que apontam diretamente para o ex-presidente.
     Parte dessas memórias chegaram à redação da revista e, se confirmadas formalmente, serão suficientes para arrastar Lula definitivamente. Segundo a revista, o empresário relacionou as várias vezes em que foi solicitado a dar uma ‘ajuda financeira’ ao amigo íntimo, entre elas a reforma completa de um sítio no interior paulista e apoio financeiro à ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, a sra. Rosemary Nóvoa, apontada como muito íntima do ex-presidente. Com dinheiro do assalto à Petrobras, é evidente.
     Até pouco tempo, esse tipo de denúncia ficava limitado a grupos de adversários do ex-presidente e poucas vezes tinha a repercussão que merecia. No Mensalão, por exemplo, praticamente passou em branco a notícia de que Lula estava presente no episódio em que o partido do seu vice, José Alencar, foi comprado, em dinheiro vivo. O país engoliu a versão risível de que Lula estava na sala e a tramoia aconteceu no quarto da sala usada para a pilantragem.
     Também não foram levadas em conta as denúncias que surgiram de depoimentos do publicitário Marcos Valério, que teria participado de reuniões com o ex-presidente, no Palácio. É verdade que Valério só teria se disposto a falar depois de condenado e suas revelações foram atribuídas ao desespero de um condenado.
     O caso da ex-chefe de gabinete Rosemary Nóvoa também foi abafado, como se fosse algo pessoal, uma mera pulada de muro de Lula, quando, na verdade, envolvia uso de dinheiro público e uso do ‘prestígio’ adquirido nesse relacionamento para atividades ilícitas.Pressionada, presa e processada, Rosemary ameaçou falar, mas foi contida, na época, segundo confirmado agora, pela ajuda do empresário amigo do poder.
     O ex-presidente também saiu razoavelmente ileso da denúncia de que foi um agente do Dops, durante a ditadura militar. Poucas pessoas tiveram conhecimento ou deram a dimensão real às histórias contadas pelo ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que colocam Lula no papel de uma espécie de ‘cabo Anselmo do ABC’. Qualquer outro político, em qualquer parte do mundo, teria sucumbido a um fato tão devastador como esse. Lula sobreviveu.
     Assim como sobreviveu à afirmação, de um ex-correligionário, fundador do PT, como ele, de que teria protagonizado atos deletérios (que eu me reservo o direito de não explicitar) durante os 30 dias em que esteve preso no Dops, por liderar greves no ABC.
Tudo isso aconteceu – excetuando o escândalo da Petrobras – em momentos favoráveis, politicamente, a Lula. Não é o que acontece hoje. Embora ainda mantenha parte do inegável carisma que o alçou à condição de político mais importante do país, Lula está sofrendo os efeitos do irreversível desgaste do PT e da devastação da Petrobras produzida por seus asseclas.

     A couraça está visivelmente rachada. Seu futuro imediato está nas mãos de um empresário desesperado, que talvez esteja usando os últimos trunfos para escapar da prisão, algo que Marcos Valério não soube fazer e, por isso, está purgando 40 anos de cadeia. Hoje, nem mesmo os ‘exércitos’ de Stédile e dos dirigentes da CUT seriam capazes de impedir o fim trágico de um homem que conspurcou o cargo que ocupou.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Pela democracia

     Uma notícia relativamente curta, num canto em uma das duas páginas de O Globo destinadas ao noticiário internacional, é o exemplo mais acabado de como usar a democracia para vilipendiá-la. O Congresso venezuelano acaba de aprovar, por instância do Governo desse inescrupuloso e boçal Nicolás Maduro, uma modificação na legislação eleitoral, alterando a representatividade de determinadas regiões.
     Em síntese, seria como dar a Roraima o direito de eleger mais deputados do que Minas Gerais, por exemplo. Com um detalhe: desde que Roraima fosse comprovadamente governista, é claro. É a essência do casuísmo vagabundo, da pilantragem bolivariana tão do agrado dessa lastimável geração de políticos que governa o Brasil há doze anos e quase quatro meses.
     Maduro, embora estúpido e ignorante, sabe que perderá, em termos absolutos, a próxima eleição, ainda indefinida. Assim como perdeu a última. E está se preparando para manter o poder no Congresso, manipulando a realidade e agredindo a decência, como bom seguidor de Hugo Chávez, o ainda insepulto coronel de opereta bufa que ele, Maduro, costuma vislumbrar esvoaçando pelo palácio ou flanando nas nuvens.
     É uma tática muito semelhante à adotada em outras republiquetas sul-americanas, como as argentina e peruana, em especial, alicerçadas sobre a mais repugnante soma de populismo, demagogia e corrupção.
     Qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência. Ao contrário. A ‘fórmula’ levada ao extremo pelo governo venezuelano está presente no imaginário e prática dos nossos atuais detentores do poder. Impossibilitados de dominar o país apenas pela força, os ‘bolivarianos’ de vários matizes têm se esmerado no processo de solapar as instituições, comprando apoios e aparelhando todas as instâncias de decisão.
     É o que o PT vem fazendo sistematicamente. Eleito democraticamente, vem devastando e corrompendo nossas instituições, através de subornos e da compra formal de consciências, mediante a oferta de cargos e/ou do pagamento em espécie. 




quinta-feira, 23 de abril de 2015

O tempo como aliado

     Dois senadores do PT (é claro!), envolvidos de algum modo no escândalo da Operação lava-Jato, defenderam uma tese que se enquadra perfeitamente no estelionato retórico que todos os bandoleiros e assemelhados vêm repisando sistematicamente: com a divulgação do inacreditável balanço da Petrobras, com a explicitação do volume do assalto, tudo estaria encerrado. “É hora de virar a página”, disse um deles, com a desfaçatez que é comum à turma companheira.
     Segundo a teoria petista, a questão dos quase R$ 45 bilhões de perdas da empresa (R$ 6, 2 bilhões roubados) está encerrada e que a hora é de retomar o crescimento da empresa. Como se a responsabilidade pelo descalabro não fosse exatamente do governo e, por consequência, do próprio partido, que loteou e estuprou nossa maior estatal.
    Essas pessoas, por palavras e atos, são basicamente indecentes. Olham para a Nação e imaginam que é composta por imbecis, sempre abertos a engolir sua vigarice, sem depurar. São, também por isso, ainda mais deploráveis, pelo reducionismo de seus discursos e propostas, que seguem a cartilha emanada pelo ex-presidente Lula, o grande mistificador.
     A julgar pela reação da majoritária parcela digna dessa Nação, a tática vagabunda da mentira repetida à exaustão está condenada. As bravatas, os engodos e cambalachos exauriram a reserva de apoio que esse esquema de poder amealhara ao longo dos primeiros anos de governo. A mera distribuição de benesses já não garante a adesão das massas menos informadas.

     O PT não levou em conta que há um limite para tudo. O país cansou de ser agredido pela infâmia de dirigentes corruptos e corruptores. E ainda estamos vivendo o limiar das investigações sobre a devastação que essa ‘Era Lula’ causou. O tempo, ao contrário do que aconteceu na série impressionante de escândalos anteriores (destaque para o Mensalão), não é um aliado dos criminosos. Ao contrário. A continuidade das investigações vai selar o fim dessa quadra infeliz da nossa história.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

FHC e o impeachment

     Acho que está havendo muita 'marola' na exploração das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (em quem votei duas vezes, quero deixar bem claro) sobre a oportunidade do movimento pelo impedimento imediato da ainda presidente Dilma Rousseff. Essa polêmica só ajuda a turma do Governo.
     Levar a investigação da roubalheira petista e assemelhada na Petrobras até o fim, com absoluto rigor, naturalmente provocará o impeachment. Hoje, na situação política na qual vivemos, o processo corre o risco de submergir.

     Não é o caso, acredito, de 'deixar sangrar' e acabar morrendo na praia, como aconteceu no lastimável Mensalão do deplorável Governo Lula. Entendo que FHC defenda um investimento maciço nas investigações, para garantir que essa gente não escapará, dessa vez.

domingo, 19 de abril de 2015

Quando o crime 'compensa'

     Assistindo a um dos raros programas realmente interessantes da tevê (aberta ou fechada, tanto faz ...), com exceção das séries, me descobri concordando com um dos debatedores, o que é raro. Eu sei que sou extremamente crítico e tendo a discordar de quase tudo e todos, a princípio. Segundo ele – não lembro o nome, infelizmente -  por mais esdrúxula que seja, a explicação para o fato de esse lastimável governo ainda não ter acabado (o adjetivo é meu) está, justamente, na avalanche de escândalos. É isso mesmo: Dilma Rousseff ainda é presidente porque seu Governo é um dos mais desastrosos e envolvidos em corrupção e descalabros de toda a história brasileira.
     Essa lógica, que poderia ser considerada tortuosa, tem sua razão de ser.  Ao contrário do que aconteceu no Mensalão – um assalto específico aos cofres públicos que foi quase totalmente destrinchado pela Polícia Federal e pela Justiça -, não há, hoje, ‘apenas’ um caso tenebroso sendo avaliado pela Justiça. Muito pelo contrário. São diversos casos de pura devassidão, atravessando os mais diversos escalões desse aparato petista que está à frente da Nação.
     A roubalheira na Petrobras é tão-somente uma ramificação de uma gigantesca teia de assaltos, desvios de dinheiro público, contratos irregulares, corrupção. O Estado brasileiro capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores está se mostrando essencialmente depravado. E essa depravação generalizada dificulta a absorção pela população, que não tem tempo de racionalizar uma bandalheira específica, pois há sempre outra atropelando a anterior.
     É evidente que, em algum momento, o cerco estará fechado sobre determinadas pilantragens, as mais evidentes, pelo menos. E, aí, nesse momento, o governo cairá de podre. A única chance de sobrevivência está no incremento da estroinice, através da manipulação do Congresso e do aparelhamento total da Justiça, projetos em andamento, sim, mas que podem não surtir o efeito imaginado.
     No caso da Justiça, em especial do STF, a atuação dos ministros Joaquim Barbosa e Luiz Fux no julgamento do Mensalão do Governo Lula, por exemplo, evidenciou a independência de magistrados colocados no STF pelo PT. É o que o País espera do último indicado e do candidato atual, ainda à espera da sabatina do Senado.

     De qualquer modo, o volume de vigarices é tão assustador que dificilmente passará incólume, ao fim, embora contribua para postergar o encerramento dessa era lastimável da nossa vida pública. 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

A presidente e os cabides


     Esse é pequeno retrato do Brasil dessa era lastimável iniciada há doze anos e três meses: uma presidente que atira cabides em uma 'companheira empregada' que não guardara 'direito' seus vestidos; recebe o troco na hora; demite a 'trabalhadora'; e mais tarde, em função das eleições, suborna a tal ex-auxiliar (um apartamento, emprego novo e uma bolada, em dinheiro vivo!) para que guarde segredo. A história está na coluna do Noblat de hoje, em O Globo, e não foi desmentida.
     Embora deplorável, o 'incidente' é uma espécie de roubo de galinheiro, perto do Mensalão e do atual assalto à Petrobras. Não surpreende que ela continue conspurcando o cargo que ocupa!


quinta-feira, 9 de abril de 2015

A sujeira continua

     Nossa presidente continua firma na sua proposta de reescrever os fatos. Hoje, em uma solenidade aqui no Rio de Janeiro, saiu-se com essa pérola: “A Petrobras já limpou o que tinha que limpar”. Como se a desratização fosse o resultado de iniciativa própria, e não o produto das descobertas estarrecedoras resultantes da Operação Lava-Jato. Repetiu, com outras palavras, o discurso mambembe de ontem, sobre a o volume de prisões realizadas em seu Governo, esquecendo de citar que a bandidagem fazia e, em alguns casos, continua fazendo parte de seu círculo mais próximo.
     Menos, presidente. Anda há muita sujeira a ser varrida, apesar dos esforços oficiais para cercear as investigações, segundo indicam os desdobramentos do que parecia ser um caso menor, envolvendo um par de meliantes comuns. A devastação produzida na Petrobras pela quadrilha liderada por petistas e assemelhados está sendo destrinchada progressiva e metodicamente pela Justiça e Polícia Federais.
     Mal tivemos informações sobre as duas ou três delações premiadas. Há mais uma dezena sendo formatada, ampliando, em muito, o raio de ação e o número de envolvidos nesse que é o maior escândalo (em números absolutos) da nossa história política. O relativo silêncio dos jovens procuradores que investigam o caso não deve ser confundido com o esgotamento das evidências do assalto institucional aos cofres públicos.
     Ao contrário. A equipe coordenada pelo juiz Sérgio Moro tem sio absolutamente disciplinada e minuciosa. Suas decisões são o resultado de meses de um trabalho cirúrgico, irrepreensível, que só acusa quando não há mais a menor dúvida sobre a responsabilidade criminal. As próximas semanas nos reservam muitas emoções, independentes da vontade ou dos discursos marqueteiros da turma do Planalto.
     E só para não deixar passar: a ex-presidente da Petrobras, Graça Fortes, está incluída no lixo que a presidente Dilma afirmou ter sido varrido da empresa?


quarta-feira, 8 de abril de 2015

Sem leniência com bandidos

     Os acordos de leniência que o governo está fazendo tudo para patrocinar com as empresas envolvidas no assalto à Petrobras representam um acinte, sou obrigado a insistir. A proposta é tão indigna que está recebendo críticas de todos os escalões. Não dá para disfarçar o objetivo principal: fechar a boca dos empreiteiros com maços de dinheiro, interferindo diretamente nas investigações da operação Lava-Jato.
     Se houvesse alguma dúvida sobre a indecência que essa gente supõe estar oculta, bastaria alinhar os petistas escolhidos para compor mais essa força-tarefa da empulhação. Em outros tempos, seria mais fácil empurrar essa pilantragem pela garganta da população. Em dias de desprezo pelos atuais governantes, como os que estamos vivendo, é uma tentativa destinada ao fracasso.

     E não há conchavo com o PMDB que dê jeito. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Uma cartola esfarrapada

     O modelito vermelho-PT foi retumbantemente abandonado. Nossa presidente renovou compulsoriamente o guarda-roupas. Ela e seus marqueteiros sempre de plantão sabem que Dilma Rousseff precisa desesperadamente se afastar da imagem que colou definitivamente no seu partido e nos asseclas. PT, hoje, para a imensa maioria do povo brasileiro, rima com roubalheira. A paciência e a tolerância terminaram, afogadas no lamaçal que surgiu em torno da Petrobras.
     Mudou a indumentária, mas a vigarice retórica continua a mesma, talvez um pouco inflada, em função da necessidade premente de reverter o quadro que está inviabilizando o governo e abrindo espaços para o impedimento da presidente e para o fim do PT como partido.
     A estratégia atual é tentar sacar coelhos de uma cartola de mágicas, como se ela, a cartola, ainda estivesse intacta, e não esfarrapada, como está. A presidente, tão refratária a aparições, virou figurinha fácil na tal mídia que ela e seus companheiros lutam para subjugar. Todos os dias há uma solenidade qualquer, algum projeto requentado, uma fantasia destinada a engabelar a distinta plateia.
     A marquetagem, no entanto, parece não estar dando certo, ao contrário de ocasiões passadas. A quebra de todas as promessas e afirmações feitas na campanha eleitoral e a divulgação da roubalheira na Petrobras devastaram o capital de apoio ao governo. A presidente está desmilinguindo, refém de suas próprias limitações e incoerências. Seu fiador e criador, o ex-presidente Lula, entrou num processo de desgaste que tende a ser irreversível.
     Foi-se o tempo em que Lula mentia, desmentia e voltava a mentir impunemente, como aconteceu no Mensalão. É evidente que ele ainda é um protagonista de peso na lastimável política brasileira – por lastimável que ela é. Mas o seu desaparecimento estratégico do noticiário é um indicador bem forte do esvaziamento de seu prestígio junto às classes menos favorecidas e informadas. Suas bazófias – como convocar o exército do MST – não impressionam mais. Apenas ampliam a dimensão de seu desespero, expõem o seu ridículo.
     Ontem, a presidente afirmou que luta para salvar a Petrobras, fingindo não saber que a empresa foi arrasada por ela e seu grupo. Hoje, volta à carga, pregando decência nas redes sociais, corrompidas pelos militantes profissionais, a maioria paga com nosso dinheiro.
     Se ainda houvesse alguma dúvida quanto ao pavor que tomou conta do Planalto, essas duas aparições seriam suficientes para demonstrá-lo.




segunda-feira, 6 de abril de 2015

A operação 'lavagem cerebral'

     Agora é oficial: o PT está trabalhando formalmente para dar uma ‘mãozinha’ às empresas envolvidas no assalto aos cofres da Petrobras. Seus líderes – o tal do Sibá Machado, aquele que ‘vislumbrou’ o dedo da CIA na Operação Lava-Jato, é um deles!!! – estão pressionando o Ministério da Fazenda, brandindo o argumento da necessidade de manutenção das obras. Eles acham que é mais um ‘golpe de mestre’: salvam os parceiros e evitam, assim, que as delações premiadas assumam proporções ainda mais catastróficas. Para eles, é claro.
     É mais uma demonstração do inesgotável potencial de vigarice ideológica da turma companheira, que assalta os cofres públicos há doze anos (os escandalosos Mensalão e Petrolão, entre outros menos volumosos, estão aí, para não deixar dúvidas) e não se ‘avexa’ de continuar posando de proba.
Essa tem sido a postura petista ao longo dos anos. Sempre que pegos em alguma pilantragem – e foram muitas – seus representantes tentam, primeiramente, negar. Em seguida, com o suporte de consciências e teclados pagos com nosso dinheiro, partem para desclassificar seus acusadores e atribuir tudo a uma tentativa de golpe “deles”, mesmo sabendo perfeitamente que todas as denúncias, em todos os escândalos, partiram de seus asseclas.
     E não distinção entre os arautos da vigarice retórica. O ex-presidente Lula, o mais medíocre e ignorante de toda a nossa história republicana (ele mesmo faz questão de se anunciar como analfabeto ...), é um especialista em dizer, desdizer, mentir. A atual presidente, Dilma Rousseff, sem o ‘brilho’ de seu antecessor e mentor, não fica atrás.
     Hoje mesmo, ao empossar o novo ministro da Educação, não ficou sequer ruborizada ao afirmar que a recuperação da Petrobras é prioritária para ela. Logo ela, que teve a empresa sob seu comando direto durante toda essa fase de assaltos, protagonizados, justamente, pelo PT e outros partidos menos votados da base, segundo as investigações realizadas pela Polícia Federal e pela Justiça Federal do Paraná.
     Felizmente, ao que tudo indica, o Brasil cansou dessa gente.
   

quarta-feira, 1 de abril de 2015

A caminho do limbo

     Nada do que o ex-presidente Lula faça, diga ou deixe de dizer ou fazer jamais me surpreende. Ele me remete a um psicopata clássico, daqueles de série de tevê, sem um traço sequer de superego, fato que o deixa livre, leve e solto para navegar no mundo da hipocrisia, da mentira, da corrupção de valores. Lula sempre foi isso que é hoje em dia. Alguém capaz de tudo, literalmente, por não ter entraves morais, e que foi bafejado por contingências especiais que o transformaram no principal líder brasileiro.
     Para o bem do povo e felicidade geral da Nação, isso está mudando. Ele ainda é, sem dúvida, uma referência para as camadas mais simples e ignorantes, que se identificam com o imigrante analfabeto que chegou ao mais alto posto do país. E para uma elite corrompida intelectual e moralmente. Mas já não assusta. Pelo contrário. A cada nova descoberta de uma canalhice petista, sempre com o seu aval, mais ele caminha para o limbo.
     Os artifícios retóricos que usa em profusão cansaram, por gastos e repetitivos. As encenações perderam a graça. O suor escorrendo pelo corpo apenas passou a provocar asco. Lula está derretendo politicamente, desgastado pelo acúmulo de inconsistências. O que ainda me surpreende, sim, é o fato de ele ainda continuar sendo apoiado por pessoas que se dizem libertárias, mesmo sabendo de seu passado como informante do Dops, fato denunciado pelo seu (dele) ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, e nunca desmentido.
     O que ainda me assusta é esbarrar com mulheres que ignoram o comportamento deletério do ex-presidente, absolutamente desprovido de respeito com o sexo feminino. As ‘viuvinhas’ do Sindicato dos Metalúrgicos, à época em que ele era da diretoria e fazia ‘assistência social, que o digam. O que me deixa angustiado é ser testemunha da passividade dos movimentos contra a discriminação de gênero em relação ao notório preconceito embutido nas ‘piadas’ e ‘brincadeiras’ sobre o tema.
     A defesa que fez, ontem, dos companheiros envolvidos no assalto à Petrobras tem uma grande dose de autodefesa. Ele sabe que, em algum momento, o lamaçal vai chegar nele, diretamente.  Dessa vez, não haverá saída, como no Mensalão. A maioria da população, como indicam pesquisas divulgadas recentemente, tem a convicção de que ele, Lula, estava envolvido no esquema de assalto aos cofres da nossa maior empresa, ao lado de toda a cúpula partidária.
     O PT, hoje, é sinônimo de corrupção, desvio de verbas, mentiras. Essa realidade desarmou militantes sinceros, retirando do partido a força que vinha naturalmente das ruas. Sem o ‘bolsa-manifestação’, o PT não consegue encher sequer pracinhas com coreto. A ameaça de recorrer ao ‘exército’ do MST foi apenas um episódio que demonstrou não força, mas desespero. Aos poucos, a cada nova delação premiada, Lula e seus seguidores vão perdendo lastro, respeito, virando motivo de chacotas constantes, piadas nas redes sociais, processos criminais ao redor do mundo.
     Torçamos para que a agonia dessa geração marcada pela devassidão não provoque danos ainda maiores ao país.



segunda-feira, 30 de março de 2015

O desespero petista

     O PT não tem jeito. Inacreditavelmente, seus dirigentes divulgaram um manifesto denunciando uma suposta ‘perseguição’, destinada a transformá-lo em ‘bode expiatório’ do caso de corrupção na Petrobras. É muito cinismo! Flagrados com as mãos imundas nos cofres públicos, mais uma vez, insistem em uma cantilena desmoralizada, que desmerece a população brasileira, por tratá-la como se fosse composta por imbecis.
     Dessa vez, no entanto, não há escapatória. Os jovens procuradores da República encarregados da apuração da roubalheira tiveram a preocupação de amarrar todas as acusações, sustentá-las com provas irrefutáveis. E o processo ainda está longe de terminar. Há muita sujeira pela frente, envolvendo diretamente o PT e seus comparsas no esbulho.
     Essa nota ‘oficial’ é uma prova inequívoca do desespero que já tomou conta do partido, ameaçado seriamente de, simplesmente, desaparecer, tragado pelo lamaçal produzido para sustentar um projeto de poder rejeitado pela imensa maioria da população brasileira, não apenas pelas 51 milhões de pessoas que votaram no derrotado candidato da Oposição no segundo turno da eleição passada.
     O PT começou a acabar, têm repetido nomes estreitamente ligados ao próprio partido. Eu complementaria dizendo que ‘já vai tarde’. O mal que esse grupo de desajustados causou ao país é incomensurável, destaque absoluto para a desmoralização do poder Legislativo, manipulado e corrompido, e para a tentativa, real, de aparelhamento da Justiça, através da imposição de ministros comprometidos com o partido, e não com a Constituição.

     Essa jogada canhestra, inspirada por algum marqueteiro de terceira divisão, tende a provocar uma reação de repúdio ainda mais forte, como os panelaços que desmoralizaram os discursos oficiais da ainda presidente e de uma parelha de ministros ‘da casa’. 
     
     

sexta-feira, 27 de março de 2015

Nomeação de risco

     O ex-gerente (ou algo que o valha ...) de Comunicações da Petrobras, chutado do cargo recentemente, responsável ela distribuição de uma montanha de dinheiro, era um militante sindical sem qualquer ligação com a área. E nem precisava: estava ali, indicado pelo ex-presidente Lula, para atender, prioritariamente, às necessidades do Governo, direcionando verbas e alimentando bolsos amigos. Uma análise dos ‘critérios’ usados na destinação de verbas publicitárias apontou enormes descalabros, inaceitáveis quando protagonizados por empresas de caráter público.
     Hoje, ficamos sabendo que o novo secretário de Comunicações do Governo - com status de ministro, não podemos esquecer! - é o tesoureiro da última campanha da presidente Dilma. Se alguém me perguntasse qual a ‘ligação’ entre as duas funções, não saberia responder. Ou sintetizaria: nenhuma. Exceto que ambos os cargos manipulam um volume enorme de dinheiro e que a ‘promoção’ parece dever-se ao sucesso na arrecadação de fundos para reeleger a presidente.
     Pelo histórico (folha corrida?) dos tesoureiros ligados ao PT, a nomeação me parece, no mínimo, arriscada. Quando estourou o escândalo da devastação na Petrobras, veio a público paralelamente a malandragem petista, de tentar transformar dinheiro roubado em doação legal, como explicaram didaticamente os procuradores encarregados da apuração do caso, ao lado da Polícia Federal.
     Um esquema desse porte, que vem funcionando há uma década, irrigando campanhas do PT e assemelhados, inevitavelmente passaria pelos olhos e ouvidos do responsável pela arrecadação de dinheiro para a principal campanha do partido. Houve, até, quem creditasse ao novo ‘ministro’ a ... digamos ... ‘criação’ do mecanismo, a partir das evidentes falhas ocorridas no Mensalão do Governo Lula, quando o roubo foi menos elaborado.
     Pode ser um ‘risco calculado’. Com a chave do cofre da milionária publicidade palaciana, o novo ministro terá ‘argumentos’ muito fortes na luta pela preservação do mandato da presidente.







terça-feira, 24 de março de 2015

Alinhados com a boçalidade

     Acredito que não estaria exagerando se afirmasse que todas – todas, mesmo – as bandeiras tidas como libertárias içadas pelos que se proclamam de ‘esquerda’ (seja lá isso o que sabemos que a nossa ‘esquerda’ é ...) são decepadas nos países e pelos personagens que essas mesmas pessoas – que se acham os únicos ‘iluminados do mundo - idolatram e reverenciam, por estupidez, ignorância ou simplesmente má-fé.
     Tem sido assim através dos anos e o exemplo cubano é o mais próximo e o que nos afeta mais diretamente. Na América, talvez não haja governo mais homofóbico, por exemplo. Embora escamoteadas ou ignoradas pelos nossos revolucionários de botequim, as notícias sobre o desterro de homossexuais conseguiam quebrar a barreira da ideologia chinfrim. Houve um momento, em especial, que Fidel Castro, ainda fisicamente capaz, mandou atirar homossexuais ao mar, em embarcações frágeis, na direção de Miami.
     Hoje, ficamos sabendo, pelo Globo, entre outros, que a Rússia desse lastimável Putin, um destrambelhado ex-agente da KGB, quer impedir que casais gays recebam ajuda da ONU, em atitude que não surpreende, pois repete comportamentos anteriores. Fenômeno ainda mais estúpido ocorre em regiões dominadas por radicais muçulmanos. Imagens recentes de homossexuais sendo atirados do alto de prédios, para gáudio de multidões, chocaram o mundo.
     Mas tanto os regimes cubano e russo quanto radicais muçulmanos costumam contar com a benevolência dos nossos ‘pensadores’ que se arvoram de esquerda. O motivo é simples: são inimigos dos Estados Unidos e da Europa decente. E os inimigos dos inimigos dessa gente são seus amigos, mesmo que bárbaros e boçais.
     Saindo do campo do preconceito, temos exemplos ainda mais evidentes de desrespeito aos mínimos princípios democráticos, oriundos de governos companheiros, como os venezuelano, argentino, boliviano e equatoriano, para ficar apenas no nosso continente. A liberdade de expressão e o contraditório, nesses paraísos do obscurantismo, são tratados como crimes e os que ousam se rebelar vivem sob a ameaça de prisão ou morte.
     A condescendência com os governantes desses arremedos de ditadura, no entanto, é enorme. Por mais estúpido que o venezuelano Nicolás Maduro seja – e ele é! -, há um silêncio cúmplice do Governo e de grande parte dos que se propõem formadores de opinião. E essa constatação vale para um bom par de regimes arbitrários e, em alguns casos, genocidas, como o coreano do norte.
     Não é de se estranhar, portanto, que essa gente que apoia o lixo mundial esteja, em termos absolutos, alinhada com os atuais donos do poder no Brasil. Para quem se cala diante de fatos como a extrema violência contra minorias e a democracia, é fácil defender assaltantes de cofres públicos.





segunda-feira, 23 de março de 2015

O obscurantismo é democrático

     Assisti hoje, meio por acaso, a uma reportagem da Globo News sobre a estúpida reação às vacinas em geral, provocada por deficiência cultural ou por atrofia ideológica. Em alguns casos, pela soma das duas. A contribuição que uma matéria sobre esse tema poderia dar à população foi diluída pela absurda necessidade de ouvir os ‘dois lados’, como se existem versões distintas e respeitáveis em temas que envolvem a aplicação da ciência.
     Não existem. Contrapor uma ‘médica homeopata’ e uma arquiteta que têm erros graves de concordância e de raciocínio lógico com um médico equilibrado e realidade é um desserviço, um ‘outroladismo’ que só explicita covardia intelectual e uma evidente determinação de ficar bem com todo mundo e, assim, ´preservar audiência.
     Reagir à vacinação, na segunda década do século 21, é algo tão extemporâneo que chega a ser agressivo, remetendo a um comportamento que poderia, até, ser entendido há um século, quando um Brasil essencialmente agrário e analfabeto ainda engatinhava na República e no fim da escravidão.
     É bem verdade que essa onda obscurantista não é exclusividade nacional, como – reconheço – mostrou a reportagem. Nos Estados Unidos, o número de crianças não-vacinadas, por opção dos pais, é assustador. Uma opção quase sempre alimentada por fundamentalistas religiosos, um mero sinônimo para ignorância, na minha ótica, ressalte-se.
     De qualquer modo, é inconcebível que um tema tão relevante seja tratado em uma ‘troca de ideias’ entre mães (a repórter e as entrevistadas), na qual cada uma dizia o que ‘achava’ do tema, despertado – hoje - pela reação isolada de alguns pais à aplicação da vacina contra o HPV em suas filhas adolescentes.
     Ao ver e ouvir – ninguém me contou! – uma ‘médica homeopata’ e uma arquiteta argumentarem sobre “interesses da indústria” para desqualificar a importância da vacinação, entendi claramente como é possível encontrar pessoas razoavelmente informadas e dignas apoiando o PT e seus asseclas, apesar da abundância de provas sobre a bandalheira. O obscurantismo também é democrático.



sábado, 21 de março de 2015

No fundo do poço

     A absurda mediocridade e a estratosférica incapacidade desse governo são inacreditáveis. Não há nada, rigorosamente nada, que seja aproveitável. Todos os indicadores imagináveis estão em queda livre e irreversível. Hoje, por exemplo, para não deixar dúvidas quanto à nossa caminhada para o fundo do poço, ficamos sabendo que o desmatamento na Amazônia praticamente triplicou nos últimos doze meses, devastando mais uma das falácias petistas, a de que zela pelo meio ambiente.
     E as únicas respostas que surgem do Planalto são produzidas no gabinete dos marqueteiros, responsáveis pelo mundo de fantasias que insistem em enfiar pela nossa garganta e no qual parece viver nossa presidente, que vê o que lhe restava de popularidade escorrer pela sarjeta, apesar da adoção do modelito verde e amarelo, apaziguador e afável que já não engana a ninguém.
     A vergonhosa pantomima do ‘pacote anticorrupção’ – uma reprodução mambembe do estratagema usado pelo ex-presidente Lula, quando ameaçado pelo escândalo do Mensalão –, dessa vez, foi um tiro no pé. A maioria esmagadora da população – e não apenas parte dela, “a elite”, como ainda insistem em dizer os fanatizados e estúpidos defensores desse modelo falido – reagiu em alto e bom som: o de panelas, buzinas, apitos e vaias.
     A mistificação, dessa vez, não colou. O esquema de corrupção elaborado nos intestinos do Governo e que vitimou a Petrobras chegou a uma dimensão tão grande que, ao que tudo indica, despertou o brasileiro do estado de letargia, de conformismo. O “eu não sabia”, repetido à exaustão por Lula e seus auxiliares diretíssimos, perdeu totalmente o sentido, desmoralizado por uma atuação primorosa da Polícia Federal, do juiz Sérgio Moro e de uma equipe de jovens procuradores.
     A população, afinal, entendeu que não se tratava de mais uma disputa política, eleitoral, como o PT e seus semelhantes insistem em repetir, esperando que essa mentira, reproduzida em escala industrial, acabe se transformando em verdade. Deu certo com Lula, que escapou da cassação que parecia irreversível. Não funcionou com Dilma, que não conta, sequer, com o apoio de seu mentor.
     O desaparecimento de Lula, aliás, não causa surpresa. A covardia em momentos complicados faz parte de seu perfil. Quando encurralado, desaparece, deixa de dar entrevistas. Fez isso durante um ano inteiro, quando foi revelada sua ligação ‘íntima’ com a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, acusada de vender facilidades e abrir portas, graças ao ‘prestígio’ que amealhou em salas e outras dependências do poder.
     Assim como afirmou ter sido “traído” no episódio do Mensalão, que hoje garante jamais ter existido, Lula não se inibe, agora, de sair de cena, temendo que sua candidatura em 2018 seja atingida por parte do lamaçal protagonizado a partir de seu governo e que só agora se tornou público.

     A presidente Dilma Rousseff vem sendo instada, nas redes sociais, a fazer um acordo de delação premiada e contar tudo o que sabe sobre Lula e o projeto de poder imaginado por ele e seus seguidores. Evidentemente é uma piada, repetida à exaustão. Mas talvez seja, de fato, o melhor caminho para nossa presidente.