segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vigarice bananeira

     A presidente argentina Cristina Kirchner, seguindo a cartilha dos aprendizes de ditador, decidiu, simplesmente, expropriar a empresa YPF, a maior produtura de petróleo do país, subsidiária da multinacional espanhola Repsol, como nos conta O Globo. Para dar contornos legais a uma atitude criminosa, enviou um projeto de lei ao Congresso, dominado (e bem 'pago', segundo críticos locais) por seus partidários.
     Com essa atitude, tenta desviar a atenção para o fracasso de sua política econômica, sustentada em números adulterados. Ao eleger mais um inimigo da nação argentina - como o fizeram seus antecessores da ditatura militar no caso das ilhas Falklands -, tenta arregimentar a população em torno de um nacionalismo vigarista e pernicioso, semelhante, em muito, ao venezuelano, do seu financista Hugo Chávez.
     Pode estar jogando seu país em uma nova guerra perdida por antecipação. O mundo civilizado é regido por normas que devem ser respeitadas, embora alguns exemplos recentes possam apontar para o lado contrário.
     É muito improvável que a Espanha, imersa em crise, assista passivamente ao avanço em um de seus braços mundiais. Talvez não envie meia dúzia de navios para afundar a irresponsabilidade da sua ex-colônia. Mas os organismos internacionais existem para preservar a ordem nas relações entre países e deverão ser acionados.
     Cristina Kirchner, a cada dia, mais se assemelha aos seus medíocres pares do Equador, Venezuela, Peru e Bolívia. É mais um fruto desses anos de nivelamento por baixo da política sul-americana.

2 comentários:

  1. Cristina Kirchner, Hugo Chávez, Rafael Caldera, Evo Morales, Ollanta Humala e Dilma Rousseff não são apenas semelhantes: são farinha do mesmo saco. São o que de pior há nas Américas.

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  2. Eu ainda consigo vislumbrar algumas diferenças entre nossa presidente e os demais citados. Não tantas quanto eu gostaria seria desejável para o país, Paulo.

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