terça-feira, 3 de abril de 2012

Amor, sublime amor

     Foi apenas um arroubo, comum em enamorados e casais apaixonados que vivem sob o mesmo teto. Uma briguinha, com direito a desligar o telefone, mas sem devolver os aneis ou alianças. A saudade foi apertando e, como num filme água-com-açúcar, os pombinhos voltaram a arrulhar e a rearrumar o leito, que - ao contrário de um sucesso de Nélson Gonçalves, dos anos 1950 - continuou a ser desfeito.
     O PR, de mãos dadas om o PTB - segundo nos informa O Globo -, voltou ao seio do Governo, de onde ameaçara sair para sempre, inconformado com as perda de prestígio (cargos e verbas, em bom português). Voltou à base de sustentação do Governo Dilma Rousseff, com o qual se afina ideologicamente - ou não estariam unidos, não é verdade? Já a partir de hoje, vota com seus parceiros, seus amigos de fé, irmãos, camaradas, o PT em especial.
     Não houve, ainda, o pagamento - digo - a 'retribuição formal' pela adesão a tempo de participar da votação do novo Código Florestal, mas acredito que ela não demore muito. Afinal, estamos vivendo um ano de eleições, que promete ser repleto de emoções. Além do banho de cachoeira que, ao que parece, vai atingir muito mais partidos do que os já envolvidos, teremos o julgamento do Mensalão, a obra-prima do Governo Lula.
     Em compensação, esse incrível PDT lança no ar um desafio: ou indica o ministro do Trabalho, ou vai para a oposição.
     Governar, no Brasil, é de fato um enorme e indecoroso toma-lá-dá-cá.

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