sexta-feira, 20 de abril de 2012

A presidente, suas 'coisas' e o 'achismo'

     Ao ler as últimas declarações da presidente Dilma Rousseff sobre os mais recentes escândalos dessa infeliz República - a promiscuidade das relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com governadores, senadores, deputados e funcionários públicos em geral -, fiquei na dúvida entre rir e dizer um palavrão, em surdina.
     Nossa presidente - segundo destaca a edição on line de O Globo -, com aquela fluência verbal de estudante do primeiro grau que já conhecemos, "acha que todas as coisas têm que ser apuradas". Ela "acha", o Brasil decente tem certeza. E não são "coisas", presidente. Estamos convivendo com corrupção, bandalheira, compra de políticos e partidos, sobrepreço em obras, comissões etc que jogam no mesmo saco de imundícies oposicionistas e a turma do seu governo.
     A presidente, que estava participando da solenidade de graduação de 108 novos diplomatas, no Palácio do Itamaraty, também fez 'questão' de dizer que não se manifesta sobre CPI e que "o governo federal tem uma posição absolutamente de respeito ao Congresso", como se pudesse ser diferente e ela anunciasse sua ojeriza à Câmara e ao Senado.
     O diversionismo retórico da presidente não parou por aí. Em tom de quem estava mostrando toda uma 'malandragem' acumulada em décadas, ainda fez um questionamento aos repórteres, em tom de blague, naquela idioma parecido com o português e que é muito usado por ela e seu mentor, em especial: "Vocês acreditam mesmo que eu vou me manifestar sobre as questões de um outro Poder, além das minhas múltiplas atividades, que eu tenho que lidar todo dia, eu vou me manifestar na questão de outro Poder?"
     Como se o Governo não estivesse atropelando tudo e a todos para evitar ser afogado por mais esse escândalo.
     Optei pelo riso sarcástico.

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