domingo, 22 de abril de 2012

Um governo assassino

     O Estadão traz, hoje, um texto emocionante da repórter Lisandra Paraguassu, enviada especial à Coreia do Norte, para cobrir os festejos pelo centenário de Kin-Il-Sung, avô do atual ditador. A realidade que surge na matéria agride a quem lembra que os ditadores de plantão investem em mísseis e bombas e deixam a população passando fome.
     O relato desce a detalhes que mostram o quanto um regime medieval como o coreano do norte pode ser repugnante. Para não macular a capital, Pyongyang - controladamente acessível a pouquíssimos estrangeiros -, deficientes físicos não podem andar pelas suas ruas, ocupadas pela pequena parcela da população que, de algum modo, se beneficia do regime. Se não forem todos, pelo menos a maioria deve pertencer ao partido comunista, historicamente responsável por genocídios, em diversos pontos do mundo.
     Outra revelação do horror provocado pelos criminosos que vêm ocupando o Governo há três gerações: um em cada três coreanos tem deficiências física e mental, provocadas pela fome. As crianças em idade escolar, nos conta Lisandra, têm direito a um ovo por mês e outro no dia do aniversário. A dieta diária da população é composta por 400 gramas de grãos, menos da metade do mínimo considerado ideal.
     E essa gente do governo tem a desfaçatez de testar novas armas e chantagear o mundo. Apesar de seu exército ter sido obrigado reduzir a altura mínima para o alistamento no serviço militar obrigatório de sete anos: 1,45 metro. Uma tropa de pigmeus subalimentados e torturados pelo governo mais fechado do planeta. Um governo assassino e mentiroso.

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