sábado, 28 de abril de 2012

Cabral, pede para sair ...

     Por onde anda o governador fluminense Sérgio Cabral, do onipresente PMDB? Vai repetir o providencial sumiço a que se submete, a cada notícia ruim, a cada escândalo, a cada denúncia? É o que eu imagino. Cabral segue à risca as recomendações de seu guru, o ex-presidente Lula. Desaparece de cena e torce para o assunto desagradável esfriar, sair das manchetes. Ou, quando aparece, exibe aquela expressão de paisagem atingida por uma tormenta.
     No caso atual - suas estreitíssimas relações com o empresário Fernando Cavendish, da empreiteira Delta, a queridinha do PAC -, vai ser difícil escapar, deixando o vice no seu lugar. As fotos e o vídeo divulgados por seu desafeto, o ex-governador Anthony Garotinho, são absolutamente desabonadores, deprimentes, vergonhosos, incompatíveis com a liturgia do cargo de governador.
     As cenas da festança em Paris, em comemoração ao aniversário da primeira-dama, em 2009, remetem à mais total mediocridade, a uma promiscuidade inaceitável entre o governador , vários secretários e um empresário (Cavendish) com altíssimos interesses no Estado. Não há desculpas. E não adianta alegar que fotos e vídeo partiram de um inimigo político. Esse fato não modifica o conteúdo, as 'brincadeirinhas', a risadaria, pagos com dinheiro público. Mesmo que esse dinheiro tenha saído da conta da Delta. A fonte é a mesma.

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