segunda-feira, 2 de abril de 2012

Se quiser ser político, não minta

     O personagem não é lá grandes coisas, pelo que sabemos de suas ideias e atos. Mas, tenho que reconhecer, deu um exemplo que poderia ser copiado aqui nas nossas bandas. Segundo Veja, que reproduz agência internacional, o presidente da Hungria, Pál Schimitt, renunciou hoje ao cargo por ter sido flagrado em uma espécie de estelionato cultural: ficou comprovado que plagiou a tese que lhe deu o título de doutor.
     O fato se transformou num escândalo no país - um presidente que faz plágio!!! - e provocou a renúncia, sob o argumento de ter causado a divisão da opinião pública. Imaginemos situação semelhante aqui no Brasil. Talvez não houvesse governo, se considerarmos a quebra de decoro e a mentira como crimes semelhantes ao plágio. Já nem falo em roubalheira, pura e simples, que deveria ser caso de polícia, de cadeia. Mas de uma simplória supressão da verdade.
     Por exemplo: todo político que dissesse a frase "Eu não sabia", quando todos nós sabemos que ele sabia de tudo e mais um pouco, deveria ser imediatamente cassado. Indo além: todo dirigente, de qualquer nível, que 'pedisse demissão do cargo' para "se defender melhor das acusações infundadas disseminadas pela imprensa e seus inimigos" seria condenado imediatamente à prisão, sem direito a recurso.
     E seguiríamos nesse caminho, fiscalizando e punindo rigorosamente todo e qualquer desvio de conduta; todas as declarações deploráveis (como comparar a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, durante a Copa, com a liberdade que damos aos pilotos de Fórmula Um para ultrapassar limites de velocidade); as desculpas esfarrapadas para defender ditaduras assassinas pelo mundo etc etc.
     Exemplos não faltam, em todos os continentes.

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