terça-feira, 24 de abril de 2012

Indícios de pilantragem

     O Brasil consegue me surpreender a cada dia. Com enorme alvoroço - ajulgar pela repercussão no noticiário -, estamos festejando a decisão da Comissão de Reforma do Código Penal de propor que o enriquecimento ILÍCITO de políticos, juízes e servidores públicos em geral passe a ser considerado crime, sujeito a oito anos e meio de prisão e perda dos bens advindos da ilegalidade. E houve quem reagisse, considerando a abertura de precedentes legais, inversão do ônus da prova etc.

     Eu não consigo entender, sequer, a necessidade da discussão. Se enriqueceu de maneira ilícita, cadeia com o pilantra, seja ele um porteiro de ministério ou um chefe de gabinete. E não tão é difícil vislumbrar o crime. Vou dar um exemplo bem simples: olhar o estacionamento. O sujeito que vive apenas de salário não pode ser dono de uma Ferrari.

     Ou checar os registros imobiliários de paraísos turísticos, como Angra dos Reis, ou dos lagos brasilienses, por exemplo. Coberturas no Leblon e na Barra também são bons indícios de pilantragem.

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