terça-feira, 17 de abril de 2012

Um crime real

     Aproveitando as referências à Espanha, não custa lembrar o deplorável envolvimento do rei Juan Carlos em caçadas, só descoberto graças a um acidente em que ele fraturou o quadril e voltou ao seu país, para uma cirurgia de emergência. Juan Carlos deu, certamente, um irreversível tiro no pé, ao ser flagrado quando se dedicava a matar elefantes, em Botswana, na África.
     E não importa o fato de a caça ser permitida no país escolhido como destino de férias. Importa, sim, o aspecto moral. O representante de um país desenvolvido, atrelado às causas mundiais, não tem o direito de ofender tão gravemente a consciência do mundo. Com um agravante: ainda faz parte de uma fundação de defesa da vida senvagem, a WWF.
     É, portanto, mais do que natural a revolta dos seus 'súditos'. Assassinar animais, por conta própria, já seria por si só algo absolutamente condenável. Às expensas do Governo, então, é uma atitude indesculpável e que pode, até, ter um desdobramento inesperado, em função do desgaste de 'Sua Majestade', especialmente em um momento tão conturbado da vida nacional.

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