sábado, 14 de abril de 2012

A indignidade não tem cor, raça ou ideologia

     Demóstenes Torres (ainda senador goiano, oriundo do DEM) ou Agnelo Queiroz (ainda governador do Distrito Federal, do PT)? Marconi Perillo (governador de Goiás, do PSDB) ou Ideli Salvatti (ministra das Relações Institucionais, do PT). E poderíamos seguir emparelhando nomes, quase indefinidamente.
     Eu não teria a menor dúvida - e acho que esse é um dos diferenciais que me obrigo a ter - em propor uma cadeia metafórica para todos. Quando olho para contraventores, não consigo ver raça, cor da pele, veleidades intelecutais. Vejo, apenas, criminosos. A foto de Che Guevara executando um adversário político indefeso me enche de asco tanto quanto o flagrante forjado do suicídio de Vladimir Herzog. Adolf Hitler me provoca tanta repugnância quanto Stalin ou Mao Tse Tung, genocidas que foram.
     Nada pode ser pior, em termos comportamentais - nessa esfera de discussão, é claro -, do que um político corrupto, mentiroso, ladravaz, capaz de tudo para tirar proveito pessoal do cargo que ocupa.
     Talvez esteja nesse sentimento uma das explicações para minha intolerância com o ex-presidente Lula e seu séquito de 'arautos da dignidade', responsáveis pela fase mais depravada da nossa história recente. O Brasil de hoje - repleto de malfeitores - é o produto, em especial, dos últimos 11 anos, quando tudo foi tolerado e estimulado em nome de um projeto de poder.
     Se fosse possível fazer uma comparação, sem agredir a lógica e a história, faria um paralelo entre a Ditadura e a Era Lula. Ambas começaram cercadas de esperanças. Aos poucos, perderam-se no caminho. O governo militar, que se propunha a defender a democracia contra o evidente risco de baderna, transformou-se, a partir do AI-5, num opressor da liberdade. O 'governo do povo' e da ética, eleito em 2002, em pouco tempo - a partir do Mensalão - enterrou a dignidade, transformando-se num imenso lodaçal.
 

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