Um ano inteiro praticamente sem providências. Já não falo em melhorias, obras reais. Apenas em ajeitar o que foi destruído na catástrofe que atingiu a Região Serrana, ano passado, nessa mesma época. Nesse período - confessam os entrevistados pelo O Globo, hoje -, apenas medidas paliativas. O trabalho duro, de desobstrução de rios e córregos e contenção de encostas, ficou nas promessas de administradores irresponsáveis, alguns, e criminosos e irresponsáveis, outros.
O temporal que cai sobre o Estado há quase 48 horas estava mais do que previsto, em virtude de fenômenos climáticos (zonas de convergência e outros), explicados e anunciados diariamente pelas moças e rapazes do tempo, em todas as emissoras, várias vezes por dia. Não há surpresas, há descaso. E roubo, sim, muito roubo. As verbas prometidas chegaram em doses homeopáticas e foram - segundo denúncias formais - desviadas ou gastas indevidamente.
Municípios, como Nova Friburgo, estão vivendo as vésperas de outra tragédia. Os rios e córregos não dão vazão à enxurrada, que cresce pelas margens e afoga casas e moradores. Queda de barreiras, desabamentos de casas que já não deveriam estar onde estavam. Enfim: um retrato de incompetência administrativa.
À população, resta torcer e rezar para que as chuvas diminuam e que não sejam obrigadas a ouvir as sirenes de mau agouro, praticamente a única 'realização' das autoridades municipais e estadual. E sentir vergonha de viver num país onde são desviados bilhões de reais por ano, como o próprio O Globo denunciou.
Chega a 3 mil o número de desalojados em todo o estado.
ResponderExcluirEssa notícia segue no jornal impresso de hoje,como em outros jornais vinculados do Rio de Janeiro.Lamentável. Na primeira capa aparece uma família deixando a cidade da região serrana: Friburgo.
Ontem ouvi sobre barreiras que caíram nas estradas que ligam Rio- MG,entre outras..
Por enquanto a única solução é continuar rezando,por que se depender da ajuda dos políticos..
Só há reação, de fato, no momento das tragédias, sob a luz dos refletores. Essa gente sabe que a memória do povo curtíssima, Patrícia.
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