quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tiro de festim

     A grande virada do Governo Dilma, o seu grito de independência, a ansiada e esperada Reforma Ministérial, não passou de um tiro de festim, saído - com certeza - de uma arma semelhante à do ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Um daqueles revólveres de espoleta que faziam a alegria dos meninos da minha época, e que desapareceram sob o peso do politicamente correto.
     Sai Fernando Haddad, da Educação - aquele que afundou o Enen em vergonhosas falhas e vazamentos e dilacerou a língua portuguesa, atingida por uma saraivada mortal de 'nós vai' e a 'gente fomos' - e entra o polivalente e sem mandato Aloísio Mercadante, que ocupava a pasta de Ciência e Tecnologia e que recebera um título de 'doutor' em economia e quetais graças a uma redação primária sobre o governo Lula. Haddad ameaça São Paulo, candidato à Prefeitura.
     E estamos conversados, por enquanto. Fernando Pimentel, do Desenvolvimento e outras coisas, o mago das consultorias, continua por lá, calado num canto, torcendo para ninguém lembrar que ele recebeu R$ 2 milhões para não trabalhar, em pouco mais de um ano, logo apóps ter deixado a Prefeitura de Belo Horizonte. Mas ele é amigo da rainha e um destacado líder do PT.
     Fernando Bezerra (PSB), aquele que desviou 90% das verbas contra enchentes para seu estado natal, Pernambuco, e que berrou alto quando sentiu que o cutelo estava caindo no seu pescoço, também ficou, apoiado na cerca construída pelo governador Eduardo Campos.
     Pelo menos, ao que nos informa o Governo, teremos um nome de peso para substituir Mercadante. A ciência brasileira vai ficar a cargo do atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Raupp.
     Um leve consolo.

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