terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os reis da patetice

     A fórmula é a mesma, em todas as ditaduras e assemelhadas, e serve para desviar a atenção da miséria, corrupção, falta de liberdade e vigarices eleitorais. O segredo é saber o momento de pegar um fato desabonador para o país - fracasso mais evidente em qualquer setor - e transformá-lo numa causa nacional (*). Ou, numa receita menos elaborada, simplesmente criar um fato, acusar um 'inimigo comum' de alguma coisa como - por exemplo - ser responsável pela incidência de cânceres em dirigentes de 'esquerda'.
     A vigarice da vez, segundo nos conta o Estadão, fica por conta do governo russo, envolvido até o gorro de pele em falcatruas eleitorais destinadas a eternizar no poder o ex-agente da KGB Vladimir Putin. Tentando se desviar dos destroços de seu projeto espacial, um daqueles burocratas donos de dachas aventou a hipótese de interferência externa nas avarias em uma estação interplanetária e outros artefatos. Por 'externa', consideremos americana. Nada mais simplório.
     Outro exemplo: as sandices espalhadas aos quatro cantos da Terra por essa figura lamentável que é o presidente do Irã, Mahamoud Ahamadinejad, que faz um périplo pelo que há de mais lamentável na América Latina. Acossado dentro do seu país e vendo que o mundo que pensa está decidido a dar um basta nas seus projetos claramente terroristas, veio se apoiar em arremedos de chefes de estado, como o venezuelano Hugo Chávez.
     Certamente para seu desconforto, não conseguiu guarida no Brasil, o país que certamente daria peso à sua investida desesperada atrás de apoio externo. É como se fosse à Disney e não visse o Mickey, só o Pateta.

(*) Nazismo, fascismo e outros 'ismos' usaram e abusaram dessa tática. Os argentinos também, na Guerra das Malvinas. Deu no que deu ...

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