quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Padrão de qualidade

     Eventualmente - e isso é um risco que se corre ao escrever diariamente - cometo erros de avaliação, de forma, de conteúdo. Sempre que volto aos meus textos passados, descubro falhas que poderiam ter sido corrigidas, enfoques desnecessários, palavras colocadas indevidamente, resvaladas. É o preço que pago, nesse dia a dia.
     No caso específico das minhas críticas ao programa BBB, da Rede Globo, não pretendi, em momento algum, desmerecer seus espectadores, entre os quais tenho alguns amigos diletos.
     Talvez não tenha sido suficientemente claro ao mirar o alvo - e fui alertado para isso. A responsabilidade é toda da Rede Globo, ao optar pela vulgaridade, de olho nos pontos do Ibope e nos números do faturamento, que andam lado a lado, como sabemos.
     Acredito, mesmo, que é possível fazer uma televisão de nível, sem necessidade de mergulhar tão fundo no poço. E a Globo, mais do que qualquer outra concorrente, sabe disso. Já deu seguidas provas da sua capacidade de produzir bons momentos, sem resvalar na chatice ou tropeçar no deletério. Para isso existe o saudável meio-termo, que comporta variações, para cima e para baixo, desde que sob controle.
     Por isso, por reconhecer as imensas capacidade e qualidade da Globo, é que meu inconformismo aumenta. Não teria - como não tenho - uma visão tão crítica em relação às redes Bandeirantes, Record ou SBT. Seria exigir muito de quem não tem meios de responder. Nesses canais, a mediocridade é a única proposta, o que sobra. Na Globo, a qualidade deveria ser a única opção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário