Leio na Folha que a dissidente cubana Yoani Sánchez pediu ajuda à presidente Dilma Rousseff para conseguir autorização para vir ao Brasil participar do lançamento de um documentário sobre liberdade de imprensa em Cuba e Honduras. Ela - muita gente faz questão de fingir que não sabe - vem sendo perseguida pelo governo do seu país, pelo 'grave' crime de discordar do pensamento oficial.
Pois é assim que a banda toca nessa ilha dominada pela ditadura Castro há cinco décadas - é um dos governos totalitários mais longevos do mundo. Lá, discordou, cadeia. Não é necessário, sequer, fazer uma arruaçazinha, subir em caixotes para denunciar a falta total de liberdade, a manipulação das mentes. Basta escrever um blog, como faz Ioani.
É sua quinta tentativa de vir ao Brasil, país com o qual ela inegavelmente se identifica. Sua esperança é que a nossa presidente interceda a seu favor. Mas é difícil que iso aconteça. Haverá sempre a desculpa da não intervenção em questões internas de outras nações, do respeito a uma nação amiga etc etc. Se foi difícil arrancar uma leve reação à pena de morte por apedrejamento de uma iraniana acusada de adultério, é possível imaginar qual será a reação do Planalto.
Seria mais fácil - é bom que Ioani saiba, para não se iludir - nosso governo deportá-la para o 'paraíso caribenho', caso estivesse por aqui, como aconteceu com dois pugilistas cubanos que tentaram fugir da ilha, durante os Jogos Pan-Americanos. Os dois foram presos e enfiados num avião do governo venezuelano, que por aqui apareceu para fazer parte do serviço sujo.
Portanto, Yoani, cuidado. O pessoal daqui gosta de ajudar assassinos, como o terrorista italiano Cesare Battisti, premiado com asilo e passaporte especial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário