Uma boa notícia na área internacional. A Folha nos revela que ninguém menos do que um tal de Ali Akbar Javenfekr, o porta-voz pessoal do ditador iraniano, Mahmoud Ahamadinejad, fez críticas muito duras à postura recente do Brasil em relação ao seu país e, em especial, ao seu governo. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff teria 'golpeado' tudo o que o ex-presidente Lula teria feito ao longo dos anos e "destruiu um bom relacionamento".
Essa irritação ficou ainda mais clara após a melancólica visita de Ahmadinejad à América Latina, quando não foi recebido por Dilma, num roteiro pensado para dar força ao Irã, justamente quando o país se vê mais pressionado do que nunca, em razão das suas atitudes belicosas e fanfarronices, como a ameça de fechar o Estreito de Ormuz, rota obrigatória dos superpetroleiros que partem do Golfo Pérsico.
Na época, escrevi que o presidente iraniano fora à Disney e não vira o Mickey, apenas o Pateta, em uma referência explícita aos encontros que ele teve com líderes da estatura do cubano Raul Quadros e do bufão venezuelano Hugo Chávez.
Pelo que podemos depreender, agora, o descaso brasileiro aprofundou as marcas que já vinham sendo deixadas pela mudança na orientação da nossa política externa, não mais alinhada obrigatoriamente com o que há de pior no mundo, como aconteceu nos oito anos do governo anterior.
As reações iranianas, nos lembra a Folha, já haviam começado, com boicotes às importações de determinados produtos brasileiros, como as carnes de frango e bovina. É um preço pequeno a pagar pelo destanciamento de um governo terrorista, que não respeita os mínimos direitos individuais e se esbalda perigosamente na idade das trevas.
Não fui ouvido na consulta Datafolha que avaliou o Governo Dilma (59% de aprovação). Se fosse, especialmente hoje, tenderia a marcar um 'razoável para bom', levando em conta apenas a política externa. Finalmente estamos começando a nos afastar dos mais medíocres líderes com os quais o mundo nos pune atualmente.
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