sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O país dos absurdos

     O Globo, repercutindo notícia publicada por um jornal da Coreia do Sul (Daily NK), confirma algo que estava nas mentes e bocas de muita gente ao redor do mundo: aquela choradeira toda quando da morte do ex-iluminado ditador coreano do norte Kim Jong-il, pai do atual fosforecente Kim-Jong-un, não era tão gratuita, assim. A turma que carpia em frente à câmeras de tevê não tinha outra saída: ou chorava, convincentemente, ou acabava em cana.    
     Foi o que aconteceu - segundo o jornal sul-coreano - com boa parte dos lacrimejosos manifestantes e com os que não se dispuseram a prantear seu amado líder. Aqueles que não demonstraram firmeza na choradeira e desmaios, teriam sido enviados a campos de trabalho forçado, no estilo chinês da Revolução Cultural, para reencontrarem o caminho de luz.
     Se já não comiam quando soltos (liberdade eles não têm há 50 anos), os infelizes norte-coreanos, na verdade, estariam sendo condenados a uma morte lenta, por desnutrição e excesso de trabalho, em condições absolutamente desumanas.
     Paralelamente - nos conta o Globo -, está em curso uma campanha intensa e diária destinada a convencer a população que o ditador de plantão é o sol das suas vidas.
     E essa gente já foi apoiada pelo nosso governo.

2 comentários:

  1. Que horror..em pleno século 21..o ser humano consegue ser o ser mais retrógrado e infeliz.

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  2. Ou chora ou morre. E há quem encontre justificativas para esse tipo de governo, Patrícia.

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