terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O pior dos piores

     O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário apenas confirmou o que o brasileiro sente na pele há muitos anos: nosso país é o que menos oferece, em relação ao que cobra, em impostos. Foram analisados 30 países, justamente os que ostentam as maiores cargas tributárias, que foram comparadas à assistência prestada. Somos os campeões absolutos da obsolescência.
     O assunto foi destaque, ontem, no Jornal Nacional, e continua em evidência, pelo descalabro que encerra. Pagamos muito - nossos impostos correspondem a 35, 13% do Produto Interno Bruto - e, em contrapartida, somos obrigados a recorrer a planos de saúde particulares (ou a morrer nas filas dos hospitais públicos), a pagar escolas para nossos filhos (ou a nos contentarmos com um sistema falido e medíocre) e a contratar seguranças para nossas casas (ou a nos arriscarmos, como a maioria absolura da população, à violência que assola nossas cidades).
     O sistema de transporte público é risível e as estradas sem pedágio são meras sequências de buracos. Comprar qualquer coisa no Brasil custa muito mais do que na maior parte do mundo e nossos salários estão entre os menores, excetuando mediocridades totais, como Cuba e Coreia do Norte; países da África, que mal se sustentam; e casos específicos, como o do Haiti.
     A estúpida carga tributária, além de achatar os ganhos, inibe o crescimento da economia, o que nos mantém nessa faixa insossa e inodora que, eventualmente, se beneficia das crises mundiais. E, para completar esse caos, há a absurda 'cultura' da corrupção, aliada incondicional do inchaço da máquina pública.

Nenhum comentário:

Postar um comentário