sábado, 14 de janeiro de 2012

Mais uma do meu personagem favorito

     Não sei onde foi parar o texto. Talvez na lixeira, quem sabe? Ou desapareceu em algum momento da falta da energia elétrica e do colapso do Velox ocorridos ontem. Mas como o personagem principal é um dos meus favoritos, vou tentar reproduzir algumas linhas, com a atualidade que a notícia ainda proporciona. Estou falando - e quem tem a paciência de me ler já imagina - do canastrão venezuelano Hugo Chávez, poço sem fundo de bobagens e impropriedades, campeão mundial de charlatanismo, seguido bem de perto por outros expoentes latino-americanos (Evo Morales, Rafael Correa, irmãos Castro, Daniel Ortega, Cristina Kirchner e o nosso brasileiríssimo ex-presidente Lula).
     Nos contam os jornais e revistas, que o aprendiz de ditador venezuelano, num 'arroubo democrático', garantiu que, se perder as próximas eleições, vai entregar o cargo de presidente do país, que ele considera vitalício, não tenham dúvida. Isso quer dizer que ele vai fazer o que todos os dirigentes razoavelmente dignos fazem, em países onde prevalece o direito. Quem perde, sai, e ponto final. Vai para a oposição, faz campanha e, no máximo, tenta voltar na eleição seguinte.
      No caso do coronel bolivariano, no entanto, a entrega do poder a um eventual adversário é apresentada como uma concessão, uma liberalidade de alguém iluminado e que está acima do bem e do mal. Ninguém contou - ou, se contou, ele não entendeu - que a alternância de poder é uma das dádivas da democracia, algo saudável e que rejuvenesce as nações.
     A eternização de uma pessoa ou de um grupo corrompe e atrofia um país, que se vê sob constante ameaça dos detentores do poder. Hugo Chávez jamais absorveu os conceitos de liberdade, direito, autodeterminação. Golpista histórico, é um dos remanescentes da geração de militares que, sob o argumento do nacionalismo, vilipendiaram a democracia no nosso continente.

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