segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Vazou, ministro, vazou!!!

     Assisti, no Jornal Nacional, à entrevista da diretora (ou coisa parecida) do Inep, órgão responsável pela elaboração do exame do Enem. Fiquei impressionado. Acho que esse pessoal faz um cursinho de diversionismo antes de assumir postos em Brasília. A tal senhora, com um ar de ministra Ideli Salvati, confessou que as questões faziam parte de dois cadernos de um pré-teste, aplicado há um ano, mas que não houve vazamento.
     Não satisfeita, repetiu: "Não houve vazamento". Houve o quê, então? As questões saíram dos tais cadernos e, por osmose, em uma espécie de movimento passivo, surgiram diretamente nas apostilas de um determinado colégio cearense, exatamente iguais?
     Pois foi o que aconteceu, um enorme e absurdo vazamento. Vazou, cara diretora (ou algo semelhante), que essas perguntas seriam usadas no exame, como foram. E alguém aproveitou. Simples assim.
     Pode ter sido um vazamento qualificado, pago, comprado. É bem provável que tenha sido. Mas não resta a menor dúvida que a culpa é, mais uma vez, desse incrível Ministério da Educação, dirigido por um catedrático em bobagens (Fernando Haddad) que, oportunamente, saiu de cena, para não ligar sua 'imagem' de candidato à Prefeitura de São Paulo a mais uma estultícia.
     O resultado não poderia ser outro: a Justiça Federal cancelou, em todo o país, as tais 13 questões que vazaram, sim. Mais uma atuação vexaminosa dos apologistas do "nós vai" e do "a gente fomos".
     E antes que eu esqueça: que mediocridade dessa turma que produz as provas. Faz um pré-teste e repete, um ano depois, 13 questões. Bastava mudar o enunciado. Mas talvez seja pedir muito.

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