quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A caminho do passado

     Não podemos reclamar da falta de opções ideológicas. O Brasil, com a aprovação do Partido da Pátria Livre (PPL), está entre os que oferecem a maior diversidade do mundo, com suas três dezenas de agremiações, todas devidamente aquinhoadas - é claro - com a grana que emana dos cofres públicos.    
    Há alguns dias, acompanhamos a festa do PSD do prefeito Gilberto Kassab, um partido autointitulado de 'centro', com clara e determinada tendência a apoiar o governo, e que caminha celeremente para se tornar no terceiro mais importante do país, superando, em número de deputados federais, o indefinido PSDB.
     O 'novo' PPL reúne um pessoal bem - digamos assim - 'atualizado': a base está na turma do MR-8 (é isso mesmo, o Movimento Revolucionário 8 de Outubro, do fim dos anos 60), que se abrigava no PMDB do ex-senador e ex-governador paulista Orestes Quércia. A prevalecer a proposta ideológica, nada mudou. Segundo entrevista de um de seus dirigentes a O Globo, a definição pelo nome - Pátria Livre - deve-se ao objetivo de "libertar a nação dos interesses do capital financeiro internacional."
     Entre os gurus do PPL, Che Guevara, por óbvio (o MR-8 é uma homenagem ao guerrilheiro, que morreu no dia 8 de outubro de 1967), e os ex-presidentes Getúlio Vargas, João Goulart e Juscelino Kubitscheck, representantes - de acordo com o partido - de uma linha nacionalista.
     Se elevado ao poder, o PPL certamente nos remeteria a meados do século passado, com grandes chances de virarmos uma Argentina ao estilo peronista.

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