quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Passa fora, Battisti!

     Há alguns dias fiz um libelo, aqui, pela isonomia no tratamento de crimes e criminosos semelhantes, embora não necessariamente iguais. Na época, lembrei o absurdo da cassação da prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, por uso excessivo de poder econômico, se comparado com as agressões cometidas pelo ex-presidente Lula, quando da campanha que terminou com a eleição da presidente Dilma Roussef.     
     Não defendo os malfeitos de Rosinha, é claro. Quero, apenas, que receba o mesmo tratamento dispensado aos ocupantes do governo passado. Simples assim.
     Sou obrigado, hoje, por convicção, a exigir que o Governo Brasileiro dê, ao terrorista e assassino italiano Cesare Battisti, o tratamento que justamente concedeu ao também assassino Norberto Raul Tozzo, um ex-major argentino acusado de participar da morte de presos políticos e que já deve ter sido extraditado, a essa hora.
     Ambos são assassinos. Um, o matador que se dizia de esquerda, mereceu do nosso governo e entidades 'libertárias', tratamento de herói, de combatente pela liberdade, embora lutasse pelo fim da democracia, pelo predomínio de um asqueroso regime de trevas, inspirado nos genocidas da antiga União Soviética.
     O outro, não. Afinal, defendeu uma ditadura de direita, assassinou indefesos - como se as vítimas de Batistti não fossem simples cidadãos. Há algum tempo (na época dos Jogos Pan-americano, lembram?), enfiamos num avião venezuelano dois simplórios lutadores cubanos, que ousaram fugir da ilha dos irmãos Castro.
     Espero que o STF, autor de uma 'jabuticaba jurídica' no caso Battisti, aceite a ação impetrada hoje pelo Ministério Público Federal, no Distrito federal, na qual é solicitada a anulação do visto de permanência do terrorista italiano no Brasil e sua imediata deportação.
     Isonomia, meus caros. Especialmente no julgamento de bandidos.

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