Chuva e frio, ótima combinação para um mergulho na ... tevê. Animado com os primeiros resultados da equipe brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (cinco medalhas de ouro, 13 no total), resolvi abrir uma exceção e, contra minhas convicções (não assisto à programação aberta), sintonizei na Record, detentora da exclusividade da transmissão.
Esse ato de coragem serviu para reforçar meus sentimentos mais profundos em relação à qualidade das nossas emissoras, em especial das subemissoras (todas, excetuando a Globo, a única que merece essa denominação, por menos ruim, não há a menor dúvida).
Um locutor , que não conseguia disfarçar a 'influência' de Luciano do Vale, da concorrente Bandeirantes (eu não vejo, mas conheço alguns, confesso), exibia toda a sua emoção ao transmitir uma luta de taekwondo entre atletas da Guatemala e de Aruba. É verdade. Não estou fazendo graça. E isso, frisando que imaginava a comoção que inundaria a ilha, ao ganhar sua primeira medalha na história dos Jogos.
Sem exageros, o animado locutor deve ter repetido essa frase umas dez vezes, nos poucos minutos que faltavam para o encerramento da luta. E, sem constrangimento, assumia sua evidente torcida pela "ilha que todos os brasileiros adoram".
Como a disputa terminou empatada (4 a 4), coube aos juízes decidir, atendendo a quesitos específicos, como técnica, agressividade etc. Deu Guatemala, para desencanto do nosso vibrante locutor, que anunciou o resultado com a voz embargada.
Foi o suficiente para mim. Vou me contentar com as notícias.
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