sábado, 1 de outubro de 2011

O horror documentado

     Sou um apaixonado pela Segunda Guerra. Leio tudo que posso, vejo filmes e, em especial, os diversos documentários dos canais da tevê paga, com destaque para o History. Durante a semana, foram quatro horas de versões, teorias, fantasias e fatos sobre dois dos principais personagens desse momento deplorável da humanidade: Hitler, o maior de todos, e Mengele, o "Anjo da Morte'.
     O especial sobre Adolf Hitler aposta em uma teoria que beira a conspiração: o líder nazista não teria cometido suicídio (ao lado de Eva Braun, com quem acabara de casar), pouco antes de as tropas russas chegarem ao seu bunker. Tampouco seu corpo teria sido queimado por auxiliares diretos, para que não fosse exposto ao mundo, como prevelece na maior parte das versões sobre os últimos dias do Terceiro Reich.
     Hitler sequer estaria em Berlim no período final da guerra, mas, sim, escondido na sua cidade natal, na vizinha Áustria, de onde teria partido numa viagem de fuga que o levou à Patagônia Argentina, a bordo de um submarino. Não há uma evidência concreta. Apenas suposições, vagos testemunhos, suficientes, no entanto, para mexer com sentimentos, criar dúvidas.
     No caso do médico e assassino Josef Mengele, a versão se aproxima muito da realidade. Mengele, filho de uma família rica (seu pai era industrial), de fato ficou escondido por algum tempo, até se transferir para a Argentina do General Peron (onde chegou em 1949), abrigo seguro para os mentores do nazismo, ideologia com a qual o dirigente sul-americano se identificava muito.
     Ver os locais por onde onde Mengele transitou livremente, até ser encontrado morto em uma praia de Bertioga, cidade paulista, é algo doloroso. Saber que o autor de experimentos bárbaros viveu com certa tranquilidade mais algumas décadas provoca, a cada lembrança, repugnância.
     Presentes em ambos os documentários, cenas dolorosas do extermínio de judeus, ciganos e outros 'inimigos' do Reich exibem de maneira clara o barbarismo de uma geração e não deixam dúvidas sobre o quanto o homem pode ser desumano, cruel, insensível.
     Ao rever todas essas imagens e me remeter à maior tragédia da humanidade, mais aumenta meu desprezo por figuras como o terrorista Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, e quetais, que ousam negar o Holocausto.

(*) Ao reler esse texto, alertado porminha filha Faviana, esbarrei em repetições, troca de letras e outros erros quase inaceitáveis (quase todos causados pela insistência em não reler imediatamente o que escrevo e fazer as postagens no 'grito', vício que me domina e contra o qual procuro lutar). Corrigi os que vi.

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