quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não adiante chorar, a guerra está perdida!

     O horário já estava reservado há muito tempo. O script do programa, no entanto mudou, e muito. Imagino a correria, o corte de algumas cenas apoteóticas do ainda ministro do Esporte, Orlando Silva, falando da próxima Copa, tirando uma casquinha da Olímpíada. Quem sabe, comemorando com o paulistano a escolha do tal do Itaquerão para abir os jogos de 2014 (*).
     Atônito e atingido pelo 'tiroteio amigo' que começa a pipocar lá das imediações do Palácio do Planalto, o PCdoB foi obrigado a apelar para uma história encardida, para a cantoria do vereador Netinho - aquele mesmo de sorriso aberto e mão pesada - e para cenas da musa gaúcha Manoela D'Ávila, também citada como benefiária das propinas arrecadadas pelo seu partido, segundo denúncias do ex-militante João Dias Ferreira, 'dono' de uma das ONGs envolvidas na pilantragem.
     Todos no partido sabem, no entanto, que a guerra já está perdida. A presidente Dilma Roussef, com a ressalva de que condena o "apedrejamento moral do ministro", segundo O Globo, já prepara a cena para descartar mais um dos seus ministros. E posar para a galera como 'A Grande Faxineira', sem melindrar - por óbvio - seu antecessor, com eventuais referências a uma herança maldita.
     Afinal, ela e Orlando Silva sentavam à mesma mesa, "farinha do mesmo saco", talvez dissesse o ex-governador Leonal Brizola, ídolo e mentor da presidente, nos seus tempos de PDT.


(*) A presença do ministro, defendendo-se das acusações, foi lamentável, como as demais, até agora.

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