quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Pela greve

     Eu sou totalmente a favor de greves de determinados serviços públicos, como a dos Correios, que acaba de acabar. Elas mostram o quanto esses serviços - do modo como se apresentam - são dispensáveis, por antiquados, modorrentos, burocráticos e - não podemos esquecer - sujeitos à nefasta influência política. A lamentar, apenas, que afetem mais, as pessoas que podem menos.
     No cidade do Rio de Janeiro ninguém corre o risco de ficar sem luz por não receber a conta, pois a própria companhia se encarrega da distribuição. Em relação ao telefone, basta uma ligação para saber o valor. A mesma coisa para para cartões de crédito, que podem ser pagos, ao menos pela internet, usando o código de barras de faturas anteriores. E há sempre a possibilidade de débito em conta, um serviço restrito - eu sei -, mas que vem sendo ampliado.
     Há, paralelamente, o serviço de centenas empresas de transporte de pequenas encomendas, que podem suprir a falta dos serviços oficiais, transfigurados num enorme paquiderme movido a nomeações interesseiras.
     Nada contra os carteiros, em si. Ao contrário. Tive, sempre - e em especial nos últimos anos - uma ótima relação com os responsáveis pela entrega da minha correspondência. Em bairros como a Pedra - praticamente composto apenas por casas - isso não só é possível, como acontece naturalmente, pela relação direta.
     'Meu' carteiro sabe exatamente quem eu sou, quem mora na minha casa. Quando cruzamos na rua, nós nos cumprimentamos pelo nome. Acredito que ele seria mais bem tratado em empresas privadas, que valorizassem seu desempenho profissional, seus resultados, sua capacidade de gerar bons relacionamentos.
     Vocês lembram como eram os serviços de telefonia?

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