segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Marca da paixão, no futebol

     O futebol tem, mesmo, suas idiossincrasias. O exemplo mais recente é o do atacante Dagoberto, do São Paulo, um jogador acima da média nacional, sem a menor dúvida. Dribla bem, é rápido, sabe cabecear e chuta como poucos, especialmente da entrada da área. Essas habilidades, no entanto, parecem não ser suficientes para mantê-lo na equipe. Hoje, segundo jornais paulistas, o técnico sãopaulino, Leão, já admitiu que o atleta vai, mesmo, para o Internacional. Apesar de ser o artilheiro da equipe, no ano.
     É verdade que há algum tempo o relacionamento entre jogador e clube não é bom. Desde sua discussão com o antigo técnico, Paulo César Carpegani, sobre esquema tático, durante uma partida. Multado, Dagoberto começou apensar na mudança de clube. E pediu, para renovar o contrato, um valor acima do que o São Paulo estaria disposto a pagar. Como vai ficar livre de compromissos, Dagoberto aceitou a proposta gaúcha. Vai ganhar, no Brasil, perto de casa (afinal, ele é do Paraná), o que um jogador de sua idade (28 anos) ganharia no exterior: cerca de R$ 25 milhões por cinco anos.
     A mesma situação acontece com o atacante Kléber e o Palmeiras, que já não se entendem há algum tempo, e aconteceu, por exemplo, entre o Vasco e Carlos Alberto. Três jogadores com vaga certa em qualquer clube brasileiro, mas que não conseguiram contornar dissabores. Os que os tinham preferiram abrir mão, mesmo sem ter as peças de reposição. Mantê-los, certamente seria mais barato do que investir em uma contratação com o mesmo perfil. Assim mesmo, o divórcio foi inevitável. São as marcas da paixão.

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