sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Semeando com o inimigo

     A manchete de hoje de O Globo talvez ajude a começar o processo de desmitificação de personagens elaborados pelo viés 'politicamente correto'. Baseado em pesquisas incontestáveis, o jornal denuncia que o desmatamente é maior justamente em áreas de proteção ambiental, ocupadas pelos supostos amigos da terra.
     Só não via isso quem não queria. Por falta de um acompanhamento verdadeiro, de um processo educativo e - não podemos ignorar - de ajuda financeira, nossos assentados e populações indígenas são os grandes aliados dos exploradores profissionais das riquezas naturais do país.
     Um ex-sem-terra que ganha um lote, não tem o menor constrangimento - nem sensibilidade político-ambiental - em derrubar todas as árvores do local para vender ao primeiro madeireiro que apareça na 'esquina'. Essa afirmação vale, também, para os povos indígenas - especialmente os que registram contatos mais íntimos com a 'civilização'.
     A fantasia dos defensores do verde não resiste a uma visão mais crítica. E não estou condenando esse tipo de devastador à forca. Cobrar consciência ecológica de quem não tem comida em casa seria um absurdo. Ou de quem não teve qualquer apoio para desenvolver seriamente projetos de agricultura ou de manejo ambiental.
     As áreas de proteção, pelo abandono e cegueira dos responsáveis, transformaram-se em campos avançados da destruição e áreas férteis para o crescimento da demagocia.

2 comentários:

  1. Gostei do seu comentário a respeito desse assunto.
    Tive aula de Teosofia que está acima das leis (religiões)dos homens,é a sabedoria divina. Aulas sobre como a natureza,seja uma árvore com tronco forte até uma planta,elas têm devas,proteções e o homem que se acha o mais sábio de todos os seres,destróem.. Nos encontros sobre Teosofia aprendi assuntos variados,cuja curiosidade e a simpatia pelo espiritismo,me fez admirar mais a Teosofia:Karma,reencarnação...história do líder espiritual da India- Mahatma (A Grande Alma) Gandhi, e por aí vai...
    Quem somos nós pra acabar com a natureza,se ela mesma nos fornece muitas coisas benéficas? O homem,seja sem-terra,índio (capitalista),não podem se achar no direito de exterminar e passar por cima de fazendas,territórios que as pessoas construíram com o trabalho..Tem tanta coisa errada..Falta consciência ecológica,como você escreveu..falta humanidade..

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  2. Essa mitificação ajuda a encobrir as falhas dos organismos oficiais e vender fantasias, certamente.

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